Consulta ginecológica sob a ótica de estudantes do ensino médio do Rio de Janeiro, RJ

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Sandra de Morais
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Taquette, Stella Regina, Pérez, Maurício de Andrade
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76575
Resumo: OBJETIVO: Analisar diferenças socioculturais e percepções sobre a consulta ginecológica por adolescentes. MÉTODOS: Estudo transversal com 418 alunas do ensino médio de três escolas de diferentes perfis, localizadas na cidade do Rio de Janeiro, RJ, em 2010. Aplicou-se questionário estruturado, abordando características sociodemográficas, comportamento sexual e avaliação da consulta ginecológica. Utilizou-se o teste de Qui-quadrado (Yates) e o t de Student, adotando-se p < 0,05. RESULTADOS: Alunas dos colégios privado e público apresentaram perfis semelhantes e diferiram daquelas da rede pública estadual que tiveram nível socioeconômico mais baixo, menor escolaridade dos responsáveis, predominância da raça negra, maior número de parceiros, gestações e histórico de violência sexual. As médias de idades da menarca e sexarca foram semelhantes entre as estudantes e a primeira consulta ginecológica foi significativamente mais tardia nas alunas da rede estadual. A maioria referiu conhecimento sobre anticoncepção e doenças sexualmente transmissíveis, porém pequena parte obteve essas orientações na consulta. As estudantes manifestaram desejo de que o profissional investisse mais tempo, paciência e disponibilidade no atendimento. CONCLUSÕES: O atendimento ginecológico na adolescência é insatisfatório segundo a avaliação das adolescentes estudadas. As usuárias dos serviços privados submetem-se à consulta ginecológica em idade mais precoce do que aquelas que têm acesso apenas à rede pública. É necessário criar mecanismos que facilitem o acesso e a adesão desse grupo etário à rotina preventiva ginecológica.
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RESULTADOS: Alunas dos colégios privado e público apresentaram perfis semelhantes e diferiram daquelas da rede pública estadual que tiveram nível socioeconômico mais baixo, menor escolaridade dos responsáveis, predominância da raça negra, maior número de parceiros, gestações e histórico de violência sexual. As médias de idades da menarca e sexarca foram semelhantes entre as estudantes e a primeira consulta ginecológica foi significativamente mais tardia nas alunas da rede estadual. A maioria referiu conhecimento sobre anticoncepção e doenças sexualmente transmissíveis, porém pequena parte obteve essas orientações na consulta. As estudantes manifestaram desejo de que o profissional investisse mais tempo, paciência e disponibilidade no atendimento. CONCLUSÕES: O atendimento ginecológico na adolescência é insatisfatório segundo a avaliação das adolescentes estudadas. As usuárias dos serviços privados submetem-se à consulta ginecológica em idade mais precoce do que aquelas que têm acesso apenas à rede pública. É necessário criar mecanismos que facilitem o acesso e a adesão desse grupo etário à rotina preventiva ginecológica.OBJETIVO: Analizar diferencias socioculturales y percepciones sobre la consulta ginecológica en adolescentes. MÉTODOS: Estudio transversal con 418 alumnas de educación secundaria de tres escuelas con diferentes perfiles, localizadas en la ciudad de Rio de Janeiro, RJ, en 2010. Se aplicó cuestionario estructurado, abordando características sociodemográficas, comportamiento sexual y evaluación de la consulta ginecológica. Se utilizó la prueba de Chi-cuadrado (Yates) y el t de Student, adoptándose un pOBJECTIVE: To analyze sociocultural differences and perceptions of gynecological consultations for high school girls. METHODS: A transversal study with 418 high school girls from three schools of different profiles in the city of Rio de Janeiro, Southeastern Brazil in 2010. A structured questionnaire encompassing socio-demographic characteristics, sexual behavior and evaluation of gynecological consultations was completed. Yates' Chi-square test and the Student's t-test were utilized adopting a value of p < 0.05. RESULTS: The students of private and federal public schools presented similar profiles but both were different from the state school girls. The latter had lower socioeconomic status, and their parents had lower levels of education, the predominance of afro-descendants was observed, as were a larger number of sexual partners, pregnancy and cases of sexual violence. The average age of menarche and sexarche among the students were similar, but the first gynecological consultation was significantly later among the state school students. The majority showed some knowledge of contraception and STDs, although only a minority received guidance from the consultations. Students expressed the desire that the professionals dedicate more time, patience and availability to them during consultations. CONCLUSIONS: The provision of gynecological services for teenagers is not satisfactory, according to the teenagers' evaluations. Users of the private health system have gynecological consultations earlier than those who only have access to the public system. It is necessary to create mechanisms that facilitate access and adhesion to a routine of gynecological prevention for this age group.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2013-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/7657510.1590/rsp.v47i1.76575Revista de Saúde Pública; Vol. 47 No. 1 (2013); 2-10Revista de Saúde Pública; Vol. 47 Núm. 1 (2013); 2-10Revista de Saúde Pública; v. 47 n. 1 (2013); 2-101518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76575/80315https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76575/80316Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessPereira, Sandra de MoraisTaquette, Stella ReginaPérez, Maurício de Andrade2014-03-20T14:38:59Zoai:revistas.usp.br:article/76575Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2014-03-20T14:38:59Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
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