Bullying em adolescentes de um centro urbano brasileiro – Estudo “Saúde em Beagá”

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Michelle Ralil da
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Xavier, César Coelho, Andrade, Amanda Cristina de Souza, Proietti, Fernando Augusto, Caiaffa, Waleska Teixeira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/130432
Resumo: OBJETIVO Analisar a prevalência e fatores associados ao bullying em adolescentes brasileiros.MÉTODOS Estudo populacional com 598 adolescentes de 14 a 17 anos da área urbana de Belo Horizonte em 2009. Foram utilizados dados de um inquérito domiciliar realizado pelo Observatório de Saúde Urbana, com amostragem probabilística em três estágios: setores censitários, residência e indivíduos. Os adolescentes responderam questões sobre bullying, características sociodemográficas, comportamentos de risco à saúde, bem-estar educacional, estrutura familiar, atividade física, marcadores de hábitos alimentares e bem-estar subjetivo (percepção corporal, satisfação pessoal e satisfação com a vida atual e futura). Foram realizadas análises univariadas e múltiplas por meio do modelo de Poisson robusto.RESULTADOS A prevalência de bullying foi de 26,4% (28,0% no sexo masculino, 24,0% no sexo feminino). O bullying associou-se com insatisfação com a vida, dificuldades de relacionamento com os pais, envolvimento em brigas com pares e insegurança na vizinhança. O local de maior ocorrência foi a escola ou percurso escolar (70,5%), seguido por rua (28,5%), domicílio (9,8%), praticando esporte (7,3%), festa (4,6%), trabalho (1,7%) e outros locais (1,67%).CONCLUSÕES Há alta prevalência de bullying entre os adolescentes investigados, e a escola é apontada como principal local de ocorrência, embora locais como domicílio, festa e trabalho também sejam relatados. A percepção que o indivíduo tem de si e do seu contexto associa-se aobullying, avançando, portanto, no conhecimento deste tipo de violência especialmente em centros urbanos de países em desenvolvimento.
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spelling Bullying em adolescentes de um centro urbano brasileiro – Estudo “Saúde em Beagá”Bullying among adolescents in a Brazilian urban center – “Health in Beagá” StudyComportamento do AdolescenteFatores de RiscoFatores SocioeconômicosViolênciaInquéritos EpidemiológicosAdolescent BehaviorBullyingRisk FactorsSocioeconomic FactorsViolenceHealth SurveysOBJETIVO Analisar a prevalência e fatores associados ao bullying em adolescentes brasileiros.MÉTODOS Estudo populacional com 598 adolescentes de 14 a 17 anos da área urbana de Belo Horizonte em 2009. Foram utilizados dados de um inquérito domiciliar realizado pelo Observatório de Saúde Urbana, com amostragem probabilística em três estágios: setores censitários, residência e indivíduos. Os adolescentes responderam questões sobre bullying, características sociodemográficas, comportamentos de risco à saúde, bem-estar educacional, estrutura familiar, atividade física, marcadores de hábitos alimentares e bem-estar subjetivo (percepção corporal, satisfação pessoal e satisfação com a vida atual e futura). Foram realizadas análises univariadas e múltiplas por meio do modelo de Poisson robusto.RESULTADOS A prevalência de bullying foi de 26,4% (28,0% no sexo masculino, 24,0% no sexo feminino). O bullying associou-se com insatisfação com a vida, dificuldades de relacionamento com os pais, envolvimento em brigas com pares e insegurança na vizinhança. O local de maior ocorrência foi a escola ou percurso escolar (70,5%), seguido por rua (28,5%), domicílio (9,8%), praticando esporte (7,3%), festa (4,6%), trabalho (1,7%) e outros locais (1,67%).CONCLUSÕES Há alta prevalência de bullying entre os adolescentes investigados, e a escola é apontada como principal local de ocorrência, embora locais como domicílio, festa e trabalho também sejam relatados. A percepção que o indivíduo tem de si e do seu contexto associa-se aobullying, avançando, portanto, no conhecimento deste tipo de violência especialmente em centros urbanos de países em desenvolvimento.OBJECTIVE To analyze the prevalence of bullying and its associated factors in Brazilian adolescents.METHODS Data were used from a population-based household survey conducted by the Urban Health Observatory (OSUBH) utilizing probability sampling in three stages: census tracts, residences, and individuals. The survey included 598 adolescents (14-17 years old) who responded questions on bullying, sociodemographic characteristics, health-risk behaviors, educational well-being, family structure, physical activity, markers of nutritional habits, and subjective well-being (body image, personal satisfaction, and satisfaction with their present and future life). Univariate and multivariate analysis was done using robust Poisson regression.RESULTS The prevalence of bullying was 26.2% (28.0% among males, 24.0% among females). The location of most bullying cases was at or on route to school (70.5%), followed by on the streets (28.5%), at home (9.8%), while practicing sports (7.3%), at parties (4.6%), at work (1.7%), and at other locations (1.6%). Reports of bullying were associated with life dissatisfaction, difficulty relating to parents, involvement in fights with peers and insecurity in the neighborhood.CONCLUSIONS A high prevalence of bullying among participating adolescents was found, and the school serves as the main bullying location, although other sites such as home, parties and workplace were also reported. Characteristics regarding self-perception and adolescent perceptions of their environment were also associated with bullying, thus advancing the knowledge of this type of violence, especially in urban centers of developing countries.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2015-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/13043210.1590/S0034-8910.2015049005188Revista de Saúde Pública; Vol. 49 (2015); 56-Revista de Saúde Pública; Vol. 49 (2015); 56-Revista de Saúde Pública; v. 49 (2015); 56-1518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/130432/126826Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessCosta, Michelle Ralil daXavier, César CoelhoAndrade, Amanda Cristina de SouzaProietti, Fernando AugustoCaiaffa, Waleska Teixeira2017-09-27T11:03:36Zoai:revistas.usp.br:article/130432Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2017-09-27T11:03:36Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
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