Socioanthropological notes on community and health
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por eng |
Título da fonte: | Revista de Saúde Pública |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/32070 |
Resumo: | A noção de comunidade utilizada pelos planejadores e prestadores de assistência à saúde é duplamente enganosa. De um lado, pressupõe uma aparente igualdade e ausência de conflitos entre pessoas de um mesmo grupo populacional. De outro lado, supõe uma certa possibilidade de intervenção dos serviços sobre comportamentos considerados indesejáveis, do ponto de vista do controle de doenças ou de promoção de saúde. Utilizada deste modo, acaba encobrindo a "natureza" social da população-alvo: os pobres e os desarranjos que a condição de pobreza acarreta. Para problematizar o eufemismo implícito nesta noção de comunidade, o objetivo do presente artigo foi apresentar a abordagem radicalmente relacional de Simmel para caracterizar a subordinação destes grupos populacionais às políticas e programas de atenção à saúde. Para esta finalidade, partiu-se da apropriação da noção sociológica de comunidade pelos serviços de saúde, a partir da clássica formulação de Töennies e sua influência nos autores da Escola de Chicago. |
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Socioanthropological notes on community and health Apontamentos socioantropológicos sobre comunidade e saúde Social developmentSocial inequityHealth inequityHealth servicesHealth promotionDesenvolvimento socialIniqüidade socialIniqüidade na saúdeServiços de saúdePromoção da saúde A noção de comunidade utilizada pelos planejadores e prestadores de assistência à saúde é duplamente enganosa. De um lado, pressupõe uma aparente igualdade e ausência de conflitos entre pessoas de um mesmo grupo populacional. De outro lado, supõe uma certa possibilidade de intervenção dos serviços sobre comportamentos considerados indesejáveis, do ponto de vista do controle de doenças ou de promoção de saúde. Utilizada deste modo, acaba encobrindo a "natureza" social da população-alvo: os pobres e os desarranjos que a condição de pobreza acarreta. Para problematizar o eufemismo implícito nesta noção de comunidade, o objetivo do presente artigo foi apresentar a abordagem radicalmente relacional de Simmel para caracterizar a subordinação destes grupos populacionais às políticas e programas de atenção à saúde. Para esta finalidade, partiu-se da apropriação da noção sociológica de comunidade pelos serviços de saúde, a partir da clássica formulação de Töennies e sua influência nos autores da Escola de Chicago. The notion of community utilized by planners and healthcare providers is doubly deceptive. On the one hand, it presupposes apparent equality and absence of conflicts between people in the same population group. On the other hand, it supposes a certain possibility of intervention by healthcare services in relation to behavioral patterns that are considered undesirable, from the point of view of disease control or health promotion. Used this way, this concept ends up concealing the "social nature" of the target population: poor people and the setbacks that their condition of poverty causes. To bring to light the problem of the euphemism implicit in this notion of community, the objective of the present article was to present Simmel's radically relational approach for characterizing the subordination of these population groups to healthcare policies and programs. For this purpose, the starting point was the appropriation of the sociological notion of community by the healthcare services, from Tönnies' classic formulation and its influence on the authors of the Chicago school. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2006-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/3207010.1590/S0034-89102006000300023Revista de Saúde Pública; Vol. 40 No. 3 (2006); 528-536 Revista de Saúde Pública; Vol. 40 Núm. 3 (2006); 528-536 Revista de Saúde Pública; v. 40 n. 3 (2006); 528-536 1518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/32070/34123https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/32070/34124Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessGomes, Mara H de Andréa2012-07-08T23:07:10Zoai:revistas.usp.br:article/32070Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2012-07-08T23:07:10Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A noção de comunidade utilizada pelos planejadores e prestadores de assistência à saúde é duplamente enganosa. De um lado, pressupõe uma aparente igualdade e ausência de conflitos entre pessoas de um mesmo grupo populacional. De outro lado, supõe uma certa possibilidade de intervenção dos serviços sobre comportamentos considerados indesejáveis, do ponto de vista do controle de doenças ou de promoção de saúde. Utilizada deste modo, acaba encobrindo a "natureza" social da população-alvo: os pobres e os desarranjos que a condição de pobreza acarreta. Para problematizar o eufemismo implícito nesta noção de comunidade, o objetivo do presente artigo foi apresentar a abordagem radicalmente relacional de Simmel para caracterizar a subordinação destes grupos populacionais às políticas e programas de atenção à saúde. Para esta finalidade, partiu-se da apropriação da noção sociológica de comunidade pelos serviços de saúde, a partir da clássica formulação de Töennies e sua influência nos autores da Escola de Chicago. |
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