Covid-19 no Nordeste do Brasil: primeiro ano de pandemia e incertezas que estão por vir

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kerr, Ligia Regina Franco Sansigolo
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Kendall, Carl, Almeida, Rosa Lívia Freitas de, Ichihara, Maria Yury, Aquino, Estela Maria L, Silva, Antônio Augusto Moura da, Ximenes, Ricardo Arraes de Alencar, Albuquerque, Maria de Fatima Pessoa Militão de, Almeida-Filho, Naomar, Souza, Rafael Felipe, Brandão Filho, Sinval Pinto, Souza, Wayner Vieira de, Barreto, Maurício Lima
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/186705
Resumo: OBJETIVO Analisar a epidemia da covid-19 na região Nordeste do Brasil, uma das mais atingidas por essa virose. MÉTODOS Os dados oficiais para covid-19 dos estados do Nordeste são referentes ao período de março de 2020 a março de 2021. A análise para capitais e estados da série do acumulado semanal de casos e de óbitos confirmados foi feita com emprego do aplicativo JoinPoint Trend Analysis. RESULTADOS Em um ano, o Nordeste acumulou 22,9% dos casos e 21,5% dos óbitos do país pela covid-19. No início da pandemia, todos os estados apresentaram um crescimento sustentável de casos, primeiro nas capitais e depois interior. Em seguida, observam-se decréscimos em todos os estados e suas capitais, porém muitos permanecem com números elevados. Em meados do segundo semestre de 2020, o número de casos começa a crescer nos estados e suas capitais, alguns em velocidade explosiva, em especial no final de 2020 e início de 2021. Padrão similar é observado para os óbitos, os quais ultrapassaram ou aproximam-se do teto observado na primeira onda, na qual todas as capitais e estados do Nordeste adotaram intensas medidas de isolamento. Fortaleza, Recife e Teresina atingiram os maiores índices de isolamento de todas as capitais, perto de 0,60. Esse índice decresce, com tendência leve de crescimento até final de dezembro, voltando a decrescer. Com exceção de Fortaleza e Salvador, as demais capitais caíram para menos de 0,40. CONCLUSÃO O Nordeste brasileiro e o país estão em uma situação sanitária, social e econômica cada vez mais complexa. É necessário acelerar o processo de vacinação e manter as medidas não farmacológicas – constante uso de máscaras faciais, medidas de distanciamento e cuidados de higiene –, além de políticas de proteção aos trabalhadores que perderam as suas rendas e subsídios aos pequenos empresários.
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No início da pandemia, todos os estados apresentaram um crescimento sustentável de casos, primeiro nas capitais e depois interior. Em seguida, observam-se decréscimos em todos os estados e suas capitais, porém muitos permanecem com números elevados. Em meados do segundo semestre de 2020, o número de casos começa a crescer nos estados e suas capitais, alguns em velocidade explosiva, em especial no final de 2020 e início de 2021. Padrão similar é observado para os óbitos, os quais ultrapassaram ou aproximam-se do teto observado na primeira onda, na qual todas as capitais e estados do Nordeste adotaram intensas medidas de isolamento. Fortaleza, Recife e Teresina atingiram os maiores índices de isolamento de todas as capitais, perto de 0,60. Esse índice decresce, com tendência leve de crescimento até final de dezembro, voltando a decrescer. Com exceção de Fortaleza e Salvador, as demais capitais caíram para menos de 0,40. CONCLUSÃO O Nordeste brasileiro e o país estão em uma situação sanitária, social e econômica cada vez mais complexa. É necessário acelerar o processo de vacinação e manter as medidas não farmacológicas – constante uso de máscaras faciais, medidas de distanciamento e cuidados de higiene –, além de políticas de proteção aos trabalhadores que perderam as suas rendas e subsídios aos pequenos empresários.OBJECTIVE To analyze the epidemic of COVID-19 in northeastern Brazil, one of the regions most affected by the virus. METHODS The official data for COVID-19, from March 2020 to March 2021 in the states of the Northeast Region (NE), were used. The analysis of capital cities and states for accumulated weekly cases and confirmed deaths was made using the JoinPoint Trend Analysis application. RESULTS In one year, the Northeast region reported 22.9% of the cases and 21.5% of the deaths in the country due to COVID-19. At the beginning of the pandemic, all states showed a growing number of cases, first in the capitals and then in the interior. Following this wave, decreases are observed in all states and their capitals, but with many still reporting a large number of cases. In the middle of the 2nd semester of 2020 the number of cases begins to increase again simultaneously in states and their capitals—some at explosive speed—especially in late 2020 and early 2021. A similar pattern is observed in deaths, which exceed or approach the peak seen in the first wave. In the first wave, all capitals and northeastern states adopted intense isolation measures. Fortaleza, Recife and Teresina reached the highest isolation index of all capitals, close to 0.60. This index decreases, with a slight growth trend until the end of December. With the exception of Fortaleza and Salvador, the other capitals fell to less than 0.40. CONCLUSION The Brazilian NE and the country are in increasingly complicated health, social and economic situations. It is necessary to speed up vaccinations and maintain non-pharmacological measures: face masks, social distancing measures and hygiene care, in addition to policies to protect workers who have lost their incomes and to subsidize small business owners.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2021-06-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdftext/xmlapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/18670510.11606/s1518-8787.2021055003728Revista de Saúde Pública; Vol. 55 (2021); 35Revista de Saúde Pública; Vol. 55 (2021); 35Revista de Saúde Pública; v. 55 (2021); 351518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/186705/172292https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/186705/172290https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/186705/172291Copyright (c) 2021 Ligia Regina Franco Sansigolo kerr, Carl Kendall, Rosa Lívia Freitas de Almeida, Maria Yury Ichihara, Estela Maria L Aquino, Antônio Augusto Moura da Silva, Ricardo Arraes de Alencar Ximenes, Maria de Fatima Pessoa Militão de Albuquerque, Naomar Almeida-Filho, Rafael Felipe Souza, Sinval Pinto Brandão Filho, Wayner Vieira de Souza, Maurício Lima Barretohttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessKerr, Ligia Regina Franco Sansigolo Kendall, CarlAlmeida, Rosa Lívia Freitas de Ichihara, Maria YuryAquino, Estela Maria LSilva, Antônio Augusto Moura daXimenes, Ricardo Arraes de Alencar Albuquerque, Maria de Fatima Pessoa Militão deAlmeida-Filho, NaomarSouza, Rafael FelipeBrandão Filho, Sinval Pinto Souza, Wayner Vieira deBarreto, Maurício Lima2021-06-09T19:17:40Zoai:revistas.usp.br:article/186705Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2021-06-09T19:17:40Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
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