Prevalência e preditores do aleitamentomaterno na coorte MINA-Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por eng |
Título da fonte: | Revista de Saúde Pública |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/219345 |
Resumo: | OBJETIVO: Descrever a prevalência e os fatores associados às práticas de aleitamento materno exclusivo (AME) e continuado (AM) entre crianças amazônicas.MÉTODOS: Foram utilizados dados de 1.143 pares mãe-filho registrados na coorte de nascimento Materno-Infantil no Acre (MINA-Brasil). As informações sobre AME e AM foram coletadas após o parto (julho de 2015–junho de 2016) e durante as consultas de acompanhamento com 1 e 6 meses pós-parto e com 1, 2 e 5 anos de idade. A análise longitudinal considerou a duração do AME e AM como desfechos. A probabilidade das práticas de aleitamento materno foi estimada pela análise de sobrevida de Kaplan-Meier. As associações entre as variáveis preditoras basais e os desfechos entre crianças nascidas a termo foram avaliadas por modelosde regressão de Cox estendidos.RESULTADOS: As frequências de AME (intervalo de confiança de 95% [IC95%]) aos 3 e 6 meses de idade foram de 33% (IC95%: 30,2–36,0) e 10,8% (IC95%: 8,9–12,9), respectivamente. A razão de risco ajustada para preditores de interrupção precoce do AME foi: ser primípara = 1,47 (IC95%: 1,19–1,80), alimentar recém-nascidos com pré-lácteos = 1,70 (IC95%: 1,23–2,36), usar chupeta na primeira semana de vida = 1,79 (IC95%: 1,44–2,23) e apresentar diarreia nas duas primeiras semanas de vida = 1,70 (IC95%: 1,15–2,52). A frequência do AM continuado foi de 67,9% (IC95%: 64,9–70,8), 29,3% (IC95%: 26,4–32,4) e 1,7% (IC95%: 0,9–2,8) aos 1, 2 e 5 anos de idade, respectivamente. A razão de risco ajustada para preditores de cessação precoce do AM foi: sexo masculino = 1,23 (IC95%: 1,01–1,49), uso de chupeta na primeira semana de vida = 4,66 (IC95%: 2,99–7,26) e AME menor que 3 meses = 2,76 (IC95%: 1,64–4,66).CONCLUSÕES: A duração do A ME e do AM continuado entre crianças amazônicas é consideravelmente menor do que as recomendações da Organização Mundial da Saúde.Preditores significativos das práticas de aleitamento materno devem ser considerados na avaliação das estratégias locais para alcançar práticas ideais de aleitamento materno. |
id |
USP-23_7b510bd2d9f113d80d2c798a4e366e5e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/219345 |
network_acronym_str |
USP-23 |
network_name_str |
Revista de Saúde Pública |
repository_id_str |
|
spelling |
Prevalência e preditores do aleitamentomaterno na coorte MINA-BrasilPrevalence and predictors of breastfeeding in the MINA-Brazil cohortBreastfeedingSurvival AnalysisRisk FactorsCohort StudiesAleitamento MaternoAnálise de SobrevidaFatores de RiscoEstudos de CoortesOBJETIVO: Descrever a prevalência e os fatores associados às práticas de aleitamento materno exclusivo (AME) e continuado (AM) entre crianças amazônicas.MÉTODOS: Foram utilizados dados de 1.143 pares mãe-filho registrados na coorte de nascimento Materno-Infantil no Acre (MINA-Brasil). As informações sobre AME e AM foram coletadas após o parto (julho de 2015–junho de 2016) e durante as consultas de acompanhamento com 1 e 6 meses pós-parto e com 1, 2 e 5 anos de idade. A análise longitudinal considerou a duração do AME e AM como desfechos. A probabilidade das práticas de aleitamento materno foi estimada pela análise de sobrevida de Kaplan-Meier. As associações entre as variáveis preditoras basais e os desfechos entre crianças nascidas a termo foram avaliadas por modelosde regressão de Cox estendidos.RESULTADOS: As frequências de AME (intervalo de confiança de 95% [IC95%]) aos 3 e 6 meses de idade foram de 33% (IC95%: 30,2–36,0) e 10,8% (IC95%: 8,9–12,9), respectivamente. A razão de risco ajustada para preditores de interrupção precoce do AME foi: ser primípara = 1,47 (IC95%: 1,19–1,80), alimentar recém-nascidos com pré-lácteos = 1,70 (IC95%: 1,23–2,36), usar chupeta na primeira semana de vida = 1,79 (IC95%: 1,44–2,23) e apresentar diarreia nas duas primeiras semanas de vida = 1,70 (IC95%: 1,15–2,52). A frequência do AM continuado foi de 67,9% (IC95%: 64,9–70,8), 29,3% (IC95%: 26,4–32,4) e 1,7% (IC95%: 0,9–2,8) aos 1, 2 e 5 anos de idade, respectivamente. A razão de risco ajustada para preditores de cessação precoce do AM foi: sexo masculino = 1,23 (IC95%: 1,01–1,49), uso de chupeta na primeira semana de vida = 4,66 (IC95%: 2,99–7,26) e AME menor que 3 meses = 2,76 (IC95%: 1,64–4,66).CONCLUSÕES: A duração do A ME e do AM continuado entre crianças amazônicas é consideravelmente menor do que as recomendações da Organização Mundial da Saúde.Preditores significativos das práticas de aleitamento materno devem ser considerados na avaliação das estratégias locais para alcançar práticas ideais de aleitamento materno.OBJECTIVE: To describe the prevalence and factors associated with exclusive (EBF) and continued breastfeeding (BF) practices among Amazonian children. METHODS: Data from 1,143 mother-child pairs recorded on the Maternal and Child Health and Nutrition in Acre (MINA-Brazil) birth cohort were used. Information on EBF and BF was collected after childbirth (July 2015–June 2016) and during the follow-up visits at 1 and 6 months postpartum, 1, 2, and 5 years of age. For longitudinal analysis, the outcomes were EBF and BF duration. Probability of breastfeeding practices were estimated by Kaplan-Meier survival analysis. Associations between baseline predictors variables and outcomes among children born at term were assessed by extended Cox regression models. RESULTS: EBF frequencies (95% confidence interval [95%CI]) at 3 and 6 months of age were 33% (95%CI: 30.2–36.0) and 10.8% (95%CI: 8.9–12.9), respectively. Adjusted hazard ratio for predictors of early EBF cessation were: being a first-time mother = 1.47 (95%CI: 1.19–1.80), feeding newborns with prelacteals = 1.70 (95%CI: 1.23–2.36), pacifier use in the first week of life = 1.79 (95%CI: 1.44–2.23) or diarrhea in the first two weeks of life = 1.70 (95%CI: 1.15–2.52). Continued BF frequency was 67.9% (95%CI: 64.9–70.8), 29.3% (95%CI: 26.4–32.4), and 1.7% (95%CI: 0.9–2.8) at 1, 2 and 5 years of age, respectively. Adjusted hazard ratio for predictors of early BF cessation were: male sex = 1.23 (95%CI: 1.01–1.49), pacifier use in the first week of life = 4.66 (95%CI: 2.99–7.26), and EBF less than 3 months = 2.76 (95%CI: 1.64–4.66). CONCLUSIONS: EBF and continued BF duration among Amazonian children is considerably shorter than recommendations from the World Health Organization. Significant predictors of breastfeeding practices should be considered for evaluating local strategies to achieve optimal breastfeeding practices.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2023-11-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdftext/xmlhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/21934510.11606/s1518-8787.2023057005563Revista de Saúde Pública; v. 57 n. Supl.2 (2023): Suplemento Mina-Brasil; 1-13Revista de Saúde Pública; Vol. 57 Núm. Supl.2 (2023): Suplemento Mina-Brasil; 1-13Revista de Saúde Pública; Vol. 57 No. Supl.2 (2023): Suplemento Mina-Brasil; 1-131518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/219345/202970https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/219345/202969https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/219345/202967Copyright (c) 2023 Paola S. Mosquera, Bárbara H. Lourenço, Alicia Matijasevich, Marcia C. Castro, Marly A. Cardosohttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessMosquera, Paola S.Lourenço, Bárbara H.Matijasevich, AliciaCastro, Marcia C.Cardoso, Marly A.Mosquera, Paola S.Lourenço, Bárbara H.Matijasevich, AliciaCastro, Marcia C.Cardoso, Marly A.Mosquera, Paola S.Lourenço, Bárbara H.Matijasevich, AliciaCastro, Marcia C.Cardoso, Marly A.2024-03-15T21:26:24Zoai:revistas.usp.br:article/219345Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2024-03-15T21:26:24Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Prevalência e preditores do aleitamentomaterno na coorte MINA-Brasil Prevalence and predictors of breastfeeding in the MINA-Brazil cohort |
title |
Prevalência e preditores do aleitamentomaterno na coorte MINA-Brasil |
spellingShingle |
Prevalência e preditores do aleitamentomaterno na coorte MINA-Brasil Mosquera, Paola S. Breastfeeding Survival Analysis Risk Factors Cohort Studies Aleitamento Materno Análise de Sobrevida Fatores de Risco Estudos de Coortes |
title_short |
Prevalência e preditores do aleitamentomaterno na coorte MINA-Brasil |
title_full |
Prevalência e preditores do aleitamentomaterno na coorte MINA-Brasil |
title_fullStr |
Prevalência e preditores do aleitamentomaterno na coorte MINA-Brasil |
title_full_unstemmed |
Prevalência e preditores do aleitamentomaterno na coorte MINA-Brasil |
title_sort |
Prevalência e preditores do aleitamentomaterno na coorte MINA-Brasil |
author |
Mosquera, Paola S. |
author_facet |
Mosquera, Paola S. Lourenço, Bárbara H. Matijasevich, Alicia Castro, Marcia C. Cardoso, Marly A. |
author_role |
author |
author2 |
Lourenço, Bárbara H. Matijasevich, Alicia Castro, Marcia C. Cardoso, Marly A. |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mosquera, Paola S. Lourenço, Bárbara H. Matijasevich, Alicia Castro, Marcia C. Cardoso, Marly A. Mosquera, Paola S. Lourenço, Bárbara H. Matijasevich, Alicia Castro, Marcia C. Cardoso, Marly A. Mosquera, Paola S. Lourenço, Bárbara H. Matijasevich, Alicia Castro, Marcia C. Cardoso, Marly A. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Breastfeeding Survival Analysis Risk Factors Cohort Studies Aleitamento Materno Análise de Sobrevida Fatores de Risco Estudos de Coortes |
topic |
Breastfeeding Survival Analysis Risk Factors Cohort Studies Aleitamento Materno Análise de Sobrevida Fatores de Risco Estudos de Coortes |
description |
OBJETIVO: Descrever a prevalência e os fatores associados às práticas de aleitamento materno exclusivo (AME) e continuado (AM) entre crianças amazônicas.MÉTODOS: Foram utilizados dados de 1.143 pares mãe-filho registrados na coorte de nascimento Materno-Infantil no Acre (MINA-Brasil). As informações sobre AME e AM foram coletadas após o parto (julho de 2015–junho de 2016) e durante as consultas de acompanhamento com 1 e 6 meses pós-parto e com 1, 2 e 5 anos de idade. A análise longitudinal considerou a duração do AME e AM como desfechos. A probabilidade das práticas de aleitamento materno foi estimada pela análise de sobrevida de Kaplan-Meier. As associações entre as variáveis preditoras basais e os desfechos entre crianças nascidas a termo foram avaliadas por modelosde regressão de Cox estendidos.RESULTADOS: As frequências de AME (intervalo de confiança de 95% [IC95%]) aos 3 e 6 meses de idade foram de 33% (IC95%: 30,2–36,0) e 10,8% (IC95%: 8,9–12,9), respectivamente. A razão de risco ajustada para preditores de interrupção precoce do AME foi: ser primípara = 1,47 (IC95%: 1,19–1,80), alimentar recém-nascidos com pré-lácteos = 1,70 (IC95%: 1,23–2,36), usar chupeta na primeira semana de vida = 1,79 (IC95%: 1,44–2,23) e apresentar diarreia nas duas primeiras semanas de vida = 1,70 (IC95%: 1,15–2,52). A frequência do AM continuado foi de 67,9% (IC95%: 64,9–70,8), 29,3% (IC95%: 26,4–32,4) e 1,7% (IC95%: 0,9–2,8) aos 1, 2 e 5 anos de idade, respectivamente. A razão de risco ajustada para preditores de cessação precoce do AM foi: sexo masculino = 1,23 (IC95%: 1,01–1,49), uso de chupeta na primeira semana de vida = 4,66 (IC95%: 2,99–7,26) e AME menor que 3 meses = 2,76 (IC95%: 1,64–4,66).CONCLUSÕES: A duração do A ME e do AM continuado entre crianças amazônicas é consideravelmente menor do que as recomendações da Organização Mundial da Saúde.Preditores significativos das práticas de aleitamento materno devem ser considerados na avaliação das estratégias locais para alcançar práticas ideais de aleitamento materno. |
publishDate |
2023 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2023-11-30 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/219345 10.11606/s1518-8787.2023057005563 |
url |
https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/219345 |
identifier_str_mv |
10.11606/s1518-8787.2023057005563 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por eng |
language |
por eng |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/219345/202970 https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/219345/202969 https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/219345/202967 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/pdf text/xml |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista de Saúde Pública; v. 57 n. Supl.2 (2023): Suplemento Mina-Brasil; 1-13 Revista de Saúde Pública; Vol. 57 Núm. Supl.2 (2023): Suplemento Mina-Brasil; 1-13 Revista de Saúde Pública; Vol. 57 No. Supl.2 (2023): Suplemento Mina-Brasil; 1-13 1518-8787 0034-8910 reponame:Revista de Saúde Pública instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Revista de Saúde Pública |
collection |
Revista de Saúde Pública |
repository.name.fl_str_mv |
Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
revsp@org.usp.br||revsp1@usp.br |
_version_ |
1800221766339002368 |