Diferenças socioeconômicas e regionais na prática do deslocamento ativo no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sá, Thiago Hérick de
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Pereira, Rafael Henrique Moraes, Duran, Ana Clara, Monteiro, Carlos Augusto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
por
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126519
Resumo: OBJETIVO Apresentar estimativas nacionais sobre o deslocamento a pé ou de bicicleta no trajeto casa-trabalho no Brasil e em 10 de suas regiões metropolitanas. MÉTODOS Utilizando dados do Suplemento sobre Saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2008, estimamos a frequência de pessoas empregadas que se deslocam a pé ou de bicicleta no trajeto casa-trabalho estratificada por sexo, e segundo faixa etária, escolaridade, renda domiciliar per capita, residência em área urbana ou rural, regiões metropolitanas e macrorregiões do país. Adicionalmente, estimamos a distribuição da mesma frequência segundo quintos da distribuição da renda domiciliar per capita em cada região metropolitana. RESULTADOS Um terço dos homens e mulheres empregados desloca-se a pé ou de bicicleta de casa para o trabalho no Brasil. Em ambos os sexos, esta proporção diminui com o aumento da renda e da escolaridade e é maior entre os mais jovens, entre os que residem em área rural e naqueles residentes na região Nordeste. A depender da região metropolitana, a prática de deslocamento ativo entre os mais pobres é de duas a cinco vezes maior do que entre os mais ricos. CONCLUSÕES O deslocamento a pé ou de bicicleta para o trabalho no Brasil é mais frequente entre os mais pobres e entre pessoas que vivem em áreas e regiões economicamente menos desenvolvidas. A avaliação do deslocamento ativo no País traz informações importantes para a discussão de políticas públicas de mobilidade.
id USP-23_9cbc155daa51d9ee2555618ff5169008
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/126519
network_acronym_str USP-23
network_name_str Revista de Saúde Pública
repository_id_str
spelling Diferenças socioeconômicas e regionais na prática do deslocamento ativo no Brasil Socioeconomic and regional differences in active transportation in Brazil OBJETIVO Apresentar estimativas nacionais sobre o deslocamento a pé ou de bicicleta no trajeto casa-trabalho no Brasil e em 10 de suas regiões metropolitanas. MÉTODOS Utilizando dados do Suplemento sobre Saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2008, estimamos a frequência de pessoas empregadas que se deslocam a pé ou de bicicleta no trajeto casa-trabalho estratificada por sexo, e segundo faixa etária, escolaridade, renda domiciliar per capita, residência em área urbana ou rural, regiões metropolitanas e macrorregiões do país. Adicionalmente, estimamos a distribuição da mesma frequência segundo quintos da distribuição da renda domiciliar per capita em cada região metropolitana. RESULTADOS Um terço dos homens e mulheres empregados desloca-se a pé ou de bicicleta de casa para o trabalho no Brasil. Em ambos os sexos, esta proporção diminui com o aumento da renda e da escolaridade e é maior entre os mais jovens, entre os que residem em área rural e naqueles residentes na região Nordeste. A depender da região metropolitana, a prática de deslocamento ativo entre os mais pobres é de duas a cinco vezes maior do que entre os mais ricos. CONCLUSÕES O deslocamento a pé ou de bicicleta para o trabalho no Brasil é mais frequente entre os mais pobres e entre pessoas que vivem em áreas e regiões economicamente menos desenvolvidas. A avaliação do deslocamento ativo no País traz informações importantes para a discussão de políticas públicas de mobilidade. OBJECTIVE To present national estimates regarding walking or cycling for commuting in Brazil and in 10 metropolitan regions. METHODS By using data from the Health section of 2008’s Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Brazil’s National Household Sample Survey), we estimated how often employed people walk or cycle to work, disaggregating our results by sex, age range, education level, household monthly income per capita, urban or rural address, metropolitan regions, and macro-regions in Brazil. Furthermore, we estimated the distribution of this same frequency according to quintiles of household monthly income per capita in each metropolitan region of the country. RESULTS A third of the employed men and women walk or cycle from home to work in Brazil. For both sexes, this share decreases as income and education levels rise, and it is higher among younger individuals, especially among those living in rural areas and in the Northeast region of the country. Depending on the metropolitan region, the practice of active transportation is two to five times more frequent among low-income individuals than among high-income individuals. CONCLUSIONS Walking or cycling to work in Brazil is most frequent among low-income individuals and the ones living in less economically developed areas. Active transportation evaluation in Brazil provides important information for public health and urban mobility policy-making Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2016-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/12651910.1590/S1518-8787.2016050006126Revista de Saúde Pública; Vol. 50 (2016); 37Revista de Saúde Pública; Vol. 50 (2016); 37Revista de Saúde Pública; v. 50 (2016); 371518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengporhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126519/123484https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126519/123485Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessSá, Thiago Hérick dePereira, Rafael Henrique MoraesDuran, Ana ClaraMonteiro, Carlos Augusto2018-02-26T17:09:52Zoai:revistas.usp.br:article/126519Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2018-02-26T17:09:52Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Diferenças socioeconômicas e regionais na prática do deslocamento ativo no Brasil
Socioeconomic and regional differences in active transportation in Brazil
title Diferenças socioeconômicas e regionais na prática do deslocamento ativo no Brasil
spellingShingle Diferenças socioeconômicas e regionais na prática do deslocamento ativo no Brasil
Sá, Thiago Hérick de
title_short Diferenças socioeconômicas e regionais na prática do deslocamento ativo no Brasil
title_full Diferenças socioeconômicas e regionais na prática do deslocamento ativo no Brasil
title_fullStr Diferenças socioeconômicas e regionais na prática do deslocamento ativo no Brasil
title_full_unstemmed Diferenças socioeconômicas e regionais na prática do deslocamento ativo no Brasil
title_sort Diferenças socioeconômicas e regionais na prática do deslocamento ativo no Brasil
author Sá, Thiago Hérick de
author_facet Sá, Thiago Hérick de
Pereira, Rafael Henrique Moraes
Duran, Ana Clara
Monteiro, Carlos Augusto
author_role author
author2 Pereira, Rafael Henrique Moraes
Duran, Ana Clara
Monteiro, Carlos Augusto
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Sá, Thiago Hérick de
Pereira, Rafael Henrique Moraes
Duran, Ana Clara
Monteiro, Carlos Augusto
description OBJETIVO Apresentar estimativas nacionais sobre o deslocamento a pé ou de bicicleta no trajeto casa-trabalho no Brasil e em 10 de suas regiões metropolitanas. MÉTODOS Utilizando dados do Suplemento sobre Saúde da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2008, estimamos a frequência de pessoas empregadas que se deslocam a pé ou de bicicleta no trajeto casa-trabalho estratificada por sexo, e segundo faixa etária, escolaridade, renda domiciliar per capita, residência em área urbana ou rural, regiões metropolitanas e macrorregiões do país. Adicionalmente, estimamos a distribuição da mesma frequência segundo quintos da distribuição da renda domiciliar per capita em cada região metropolitana. RESULTADOS Um terço dos homens e mulheres empregados desloca-se a pé ou de bicicleta de casa para o trabalho no Brasil. Em ambos os sexos, esta proporção diminui com o aumento da renda e da escolaridade e é maior entre os mais jovens, entre os que residem em área rural e naqueles residentes na região Nordeste. A depender da região metropolitana, a prática de deslocamento ativo entre os mais pobres é de duas a cinco vezes maior do que entre os mais ricos. CONCLUSÕES O deslocamento a pé ou de bicicleta para o trabalho no Brasil é mais frequente entre os mais pobres e entre pessoas que vivem em áreas e regiões economicamente menos desenvolvidas. A avaliação do deslocamento ativo no País traz informações importantes para a discussão de políticas públicas de mobilidade.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126519
10.1590/S1518-8787.2016050006126
url https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126519
identifier_str_mv 10.1590/S1518-8787.2016050006126
dc.language.iso.fl_str_mv eng
por
language eng
por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126519/123484
https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/126519/123485
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Pública
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Pública
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública
dc.source.none.fl_str_mv Revista de Saúde Pública; Vol. 50 (2016); 37
Revista de Saúde Pública; Vol. 50 (2016); 37
Revista de Saúde Pública; v. 50 (2016); 37
1518-8787
0034-8910
reponame:Revista de Saúde Pública
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Revista de Saúde Pública
collection Revista de Saúde Pública
repository.name.fl_str_mv Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv revsp@org.usp.br||revsp1@usp.br
_version_ 1800221766510968832