ERICA: prevalence of common mental disorders in Brazilian adolescents
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng por |
Título da fonte: | Revista de Saúde Pública |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/114205 |
Resumo: | OBJETIVO Descrever a prevalência de transtornos mentais comuns em adolescentes escolares brasileiros, segundo macrorregiões, tipo de escola, sexo e idade. MÉTODOS Foram avaliados 74.589 adolescentes participantes do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), estudo transversal, nacional, de base escolar, realizado em 2013-2014 em municípios com mais de 100 mil habitantes. Utilizou-se questionário autopreenchível e coletor eletrônico de dados. Presença de transtornos mentais comuns foi avaliada por meio do General Health Questionnaire (GHQ-12). Estimaram-se prevalências e intervalos de confiança de 95% de transtornos mentais comuns por sexo, idade e tipo de escola, no Brasil e nas macrorregiões, considerando o desenho da amostra. RESULTADOS A prevalência de transtornos mentais comuns foi de 30,0% (IC95% 29,2-30,8), sendo mais elevada entre meninas (38,4%; IC95% 37,1-39,7), quando comparadas aos meninos (21,6%; IC95% 20,5-22,8) e entre os adolescentes de 15 a 17 anos (33,6%; IC95% 32,2-35,0), em relação àqueles entre 12 e 14 anos (26,7%; IC95% 25,8-27,6). As prevalências de transtornos mentais comuns aumentaram conforme a idade, para ambos os sexos, sempre maior nas meninas (variando de 28,1% aos 12 anos, até 44,1% aos 17 anos), do que nos meninos (variando de 18,5% aos 12 anos até 27,7% aos 17 anos). Não houve diferença importante por macrorregião ou tipo de escola. Análises estratificadas mostraram maior prevalência de transtornos mentais comuns entre meninas de 15 a 17 anos de escolas privadas da região Norte (53,1; IC95% 46,8-59,4). CONCLUSÕES A elevada prevalência de transtornos mentais comuns entre os adolescentes e o fato de os sintomas serem muitas vezes vagos fazem com que esses transtornos sejam pouco identificados por gestores escolares ou mesmo serviços de saúde. Os resultados deste estudo podem ajudar na proposição de medidas de prevenção e controle mais específicas e voltadas para os subgrupos sob maior risco. |
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ERICA: prevalence of common mental disorders in Brazilian adolescents ERICA: prevalência de transtornos mentais comuns em adolescentes brasileiros OBJETIVO Descrever a prevalência de transtornos mentais comuns em adolescentes escolares brasileiros, segundo macrorregiões, tipo de escola, sexo e idade. MÉTODOS Foram avaliados 74.589 adolescentes participantes do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA), estudo transversal, nacional, de base escolar, realizado em 2013-2014 em municípios com mais de 100 mil habitantes. Utilizou-se questionário autopreenchível e coletor eletrônico de dados. Presença de transtornos mentais comuns foi avaliada por meio do General Health Questionnaire (GHQ-12). Estimaram-se prevalências e intervalos de confiança de 95% de transtornos mentais comuns por sexo, idade e tipo de escola, no Brasil e nas macrorregiões, considerando o desenho da amostra. RESULTADOS A prevalência de transtornos mentais comuns foi de 30,0% (IC95% 29,2-30,8), sendo mais elevada entre meninas (38,4%; IC95% 37,1-39,7), quando comparadas aos meninos (21,6%; IC95% 20,5-22,8) e entre os adolescentes de 15 a 17 anos (33,6%; IC95% 32,2-35,0), em relação àqueles entre 12 e 14 anos (26,7%; IC95% 25,8-27,6). As prevalências de transtornos mentais comuns aumentaram conforme a idade, para ambos os sexos, sempre maior nas meninas (variando de 28,1% aos 12 anos, até 44,1% aos 17 anos), do que nos meninos (variando de 18,5% aos 12 anos até 27,7% aos 17 anos). Não houve diferença importante por macrorregião ou tipo de escola. Análises estratificadas mostraram maior prevalência de transtornos mentais comuns entre meninas de 15 a 17 anos de escolas privadas da região Norte (53,1; IC95% 46,8-59,4). CONCLUSÕES A elevada prevalência de transtornos mentais comuns entre os adolescentes e o fato de os sintomas serem muitas vezes vagos fazem com que esses transtornos sejam pouco identificados por gestores escolares ou mesmo serviços de saúde. Os resultados deste estudo podem ajudar na proposição de medidas de prevenção e controle mais específicas e voltadas para os subgrupos sob maior risco. OBJECTIVE To describe the prevalence of common mental disorders in Brazilian adolescent students, according to geographical macro-regions, school type, sex, and age. METHODS We evaluated 74,589 adolescents who participated in the Cardiovascular Risk Study in Adolescents (ERICA), a cross-sectional, national, school-based study conducted in 2013-2014 in cities with more than 100,000 inhabitants. A self-administered questionnaire and an electronic data collector were employed. The presence of common mental disorders was assessed using the General Health Questionnaire (GHQ-12). We estimated prevalence and 95% confidence intervals of common mental disorders by sex, age, and school type, in Brazil and in the macro-regions, considering the sample design. RESULTS The prevalence of common mental disorders was of 30.0% (95%CI 29.2-30.8), being higher among girls (38.4%; 95%CI 37.1-39.7) when compared to boys (21.6%; 95%CI 20.5-22.8), and among adolescents who were from 15 to 17 years old (33.6%; 95%CI 32.2-35.0) compared to those aged between 12 and 14 years (26.7%; 95%CI 25.8-27.6). The prevalence of common mental disorders increased with age for both sexes, always higher in girls (ranging from 28.1% at 12 years to 44.1% at 17 years) than in boys (ranging from 18.5% at 12 years to 27.7% at 17 years). We did not observe any significant difference by macro-region or school type. Stratified analyses showed higher prevalence of common mental disorders among girls aged from 15 to 17 years of private schools in the North region (53.1; 95%CI 46.8-59.4). CONCLUSIONS The high prevalence of common mental disorders among adolescents and the fact that the symptoms are often vague mean these disorders are not so easily identified by school administrators or even by health services. The results of this study can help the proposition of more specific prevention and control measures, focused on highest risk subgroups. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2016-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/11420510.1590/S01518-8787.2016050006690Revista de Saúde Pública; Vol. 50 (2016): Suplement 1; 14sRevista de Saúde Pública; Vol. 50 (2016): Suplement 1; 14sRevista de Saúde Pública; v. 50 (2016): Suplemento 1; 14s1518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengporhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/114205/112125https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/114205/112126Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessLopes, Claudia SAbreu, Gabriela de AzevedoSantos, Debora França dosMenezes, Paulo RossiCarvalho, Kenia Mara Baiocchi deCunha, Cristiane de FreitasVasconcellos, Mauricio Teixeira Leite deBloch, Katia VergettiSzklo, Moyses2018-01-16T13:08:35Zoai:revistas.usp.br:article/114205Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2018-01-16T13:08:35Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false |
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