Fatores associados à amamentação na primeira hora de vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Boccolini,Cristiano Siqueira
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Carvalho,Márcia Lazaro de, Oliveira,Maria Inês Couto de, Vasconcellos,Ana Glória Godoi
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102011000100008
Resumo: OBJETIVO: Identificar fatores associados à amamentação na primeira hora de vida (Passo 4 da Iniciativa Hospital Amigo da Criança). MÉTODOS: Foi realizado estudo transversal com amostra representativa de parturientes em maternidades do Rio de Janeiro, RJ, entre 1999 e 2001. Foram excluídos recém-nascidos ou mães com restrição ao aleitamento materno, resultando em amostra de 8.397 binômios. Foi adotado modelo Poisson com efeitos aleatórios ao nível das maternidades, em abordagem hierarquizada com três níveis: distal, intermediário e proximal para características maternas, do recém-nascido, e de assistência ao pré-natal e hospitalar. RESULTADOS: Amamentaram na primeira hora de vida 16% das mães. O aleitamento materno nesse período foi menos prevalente entre os recém-nascidos com intercorrências imediatas após o parto (RP = 0,47; IC99% 0,15;0,80); entre as mães que não tiveram contato com os recém-nascidos na sala de parto (RP = 0,62; IC99% 0,29;0,95), as que tiveram parto cesariano (RP = 0,48; IC99% 0,24;0,72); e cujo parto ocorreu em maternidade privada (RP = 0,06; IC99% 0,01;0,19) ou conveniada com o Sistema Único de Saúde (RP = 0,16; IC99% 0,01;0,30). O efeito de contexto das maternidades foi estatisticamente significativo. CONCLUSÕES: Em nível individual, a amamentação na primeira hora de nascimento foi prejudicada por práticas inadequadas nas maternidades, em particular as privadas e conveniadas com o Sistema Único de Saúde. O efeito de grupo das maternidades e a ausência de fatores individuais maternos que expliquem o desfecho sugerem que as mães têm pouco ou nenhum poder de decisão sobre essa amamentação e dependem das práticas institucionais vigentes nas maternidades.
id USP-23_ef06e7d8ecdd93c17ff02fa6949fe314
oai_identifier_str oai:scielo:S0034-89102011000100008
network_acronym_str USP-23
network_name_str Revista de Saúde Pública
repository_id_str
spelling Fatores associados à amamentação na primeira hora de vidaAleitamento MaternoPeríodo Pós-PartoMaternidadesServiços de Saúde Materno-InfantilEstudos TransversaisOBJETIVO: Identificar fatores associados à amamentação na primeira hora de vida (Passo 4 da Iniciativa Hospital Amigo da Criança). MÉTODOS: Foi realizado estudo transversal com amostra representativa de parturientes em maternidades do Rio de Janeiro, RJ, entre 1999 e 2001. Foram excluídos recém-nascidos ou mães com restrição ao aleitamento materno, resultando em amostra de 8.397 binômios. Foi adotado modelo Poisson com efeitos aleatórios ao nível das maternidades, em abordagem hierarquizada com três níveis: distal, intermediário e proximal para características maternas, do recém-nascido, e de assistência ao pré-natal e hospitalar. RESULTADOS: Amamentaram na primeira hora de vida 16% das mães. O aleitamento materno nesse período foi menos prevalente entre os recém-nascidos com intercorrências imediatas após o parto (RP = 0,47; IC99% 0,15;0,80); entre as mães que não tiveram contato com os recém-nascidos na sala de parto (RP = 0,62; IC99% 0,29;0,95), as que tiveram parto cesariano (RP = 0,48; IC99% 0,24;0,72); e cujo parto ocorreu em maternidade privada (RP = 0,06; IC99% 0,01;0,19) ou conveniada com o Sistema Único de Saúde (RP = 0,16; IC99% 0,01;0,30). O efeito de contexto das maternidades foi estatisticamente significativo. CONCLUSÕES: Em nível individual, a amamentação na primeira hora de nascimento foi prejudicada por práticas inadequadas nas maternidades, em particular as privadas e conveniadas com o Sistema Único de Saúde. O efeito de grupo das maternidades e a ausência de fatores individuais maternos que expliquem o desfecho sugerem que as mães têm pouco ou nenhum poder de decisão sobre essa amamentação e dependem das práticas institucionais vigentes nas maternidades.Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo2011-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102011000100008Revista de Saúde Pública v.45 n.1 2011reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP10.1590/S0034-89102010005000051info:eu-repo/semantics/openAccessBoccolini,Cristiano SiqueiraCarvalho,Márcia Lazaro deOliveira,Maria Inês Couto deVasconcellos,Ana Glória Godoipor2010-12-17T00:00:00Zoai:scielo:S0034-89102011000100008Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0034-8910&lng=pt&nrm=isoONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2010-12-17T00:00Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Fatores associados à amamentação na primeira hora de vida
title Fatores associados à amamentação na primeira hora de vida
spellingShingle Fatores associados à amamentação na primeira hora de vida
Boccolini,Cristiano Siqueira
Aleitamento Materno
Período Pós-Parto
Maternidades
Serviços de Saúde Materno-Infantil
Estudos Transversais
title_short Fatores associados à amamentação na primeira hora de vida
title_full Fatores associados à amamentação na primeira hora de vida
title_fullStr Fatores associados à amamentação na primeira hora de vida
title_full_unstemmed Fatores associados à amamentação na primeira hora de vida
title_sort Fatores associados à amamentação na primeira hora de vida
author Boccolini,Cristiano Siqueira
author_facet Boccolini,Cristiano Siqueira
Carvalho,Márcia Lazaro de
Oliveira,Maria Inês Couto de
Vasconcellos,Ana Glória Godoi
author_role author
author2 Carvalho,Márcia Lazaro de
Oliveira,Maria Inês Couto de
Vasconcellos,Ana Glória Godoi
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Boccolini,Cristiano Siqueira
Carvalho,Márcia Lazaro de
Oliveira,Maria Inês Couto de
Vasconcellos,Ana Glória Godoi
dc.subject.por.fl_str_mv Aleitamento Materno
Período Pós-Parto
Maternidades
Serviços de Saúde Materno-Infantil
Estudos Transversais
topic Aleitamento Materno
Período Pós-Parto
Maternidades
Serviços de Saúde Materno-Infantil
Estudos Transversais
description OBJETIVO: Identificar fatores associados à amamentação na primeira hora de vida (Passo 4 da Iniciativa Hospital Amigo da Criança). MÉTODOS: Foi realizado estudo transversal com amostra representativa de parturientes em maternidades do Rio de Janeiro, RJ, entre 1999 e 2001. Foram excluídos recém-nascidos ou mães com restrição ao aleitamento materno, resultando em amostra de 8.397 binômios. Foi adotado modelo Poisson com efeitos aleatórios ao nível das maternidades, em abordagem hierarquizada com três níveis: distal, intermediário e proximal para características maternas, do recém-nascido, e de assistência ao pré-natal e hospitalar. RESULTADOS: Amamentaram na primeira hora de vida 16% das mães. O aleitamento materno nesse período foi menos prevalente entre os recém-nascidos com intercorrências imediatas após o parto (RP = 0,47; IC99% 0,15;0,80); entre as mães que não tiveram contato com os recém-nascidos na sala de parto (RP = 0,62; IC99% 0,29;0,95), as que tiveram parto cesariano (RP = 0,48; IC99% 0,24;0,72); e cujo parto ocorreu em maternidade privada (RP = 0,06; IC99% 0,01;0,19) ou conveniada com o Sistema Único de Saúde (RP = 0,16; IC99% 0,01;0,30). O efeito de contexto das maternidades foi estatisticamente significativo. CONCLUSÕES: Em nível individual, a amamentação na primeira hora de nascimento foi prejudicada por práticas inadequadas nas maternidades, em particular as privadas e conveniadas com o Sistema Único de Saúde. O efeito de grupo das maternidades e a ausência de fatores individuais maternos que expliquem o desfecho sugerem que as mães têm pouco ou nenhum poder de decisão sobre essa amamentação e dependem das práticas institucionais vigentes nas maternidades.
publishDate 2011
dc.date.none.fl_str_mv 2011-02-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102011000100008
url http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102011000100008
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 10.1590/S0034-89102010005000051
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv text/html
dc.publisher.none.fl_str_mv Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
publisher.none.fl_str_mv Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv Revista de Saúde Pública v.45 n.1 2011
reponame:Revista de Saúde Pública
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Revista de Saúde Pública
collection Revista de Saúde Pública
repository.name.fl_str_mv Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv revsp@org.usp.br||revsp1@usp.br
_version_ 1748936499671334912