Prevalência de anemia e fatores associados em idosos: evidências do Estudo SABE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Corona, Ligiana Pires
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Duarte, Yeda Aparecida de Oliveira, Lebrão, Maria Lucia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
por
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/86912
Resumo: OBJETIVO Analisar a prevalência de anemia e os fatores associados em idosos. MÉTODOS Com base no Estudo SABE (Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento), foram estudados a prevalência e os fatores associados à anemia em idosos. Foram entrevistados 1.256 indivíduos na terceira coleta do Estudo SABE em São Paulo, SP, em 2010, sendo 60,4% do sexo feminino, média de idade de 70,4 anos e escolaridade média de 5,3 anos de estudo. A variável dependente foi presença de anemia (hemoglobina < 12 g/dL para mulheres e < 13 g/dL para homens). Realizou-se análise descritiva e regressão logística hierárquica. As variáveis independentes foram: a) bloco sociodemográfico: sexo, idade, escolaridade; e b) bloco de saúde: relato de doenças crônicas, presença de declínio cognitivo e de sintomas depressivos, índice de massa corporal. RESULTADOS A prevalência de anemia foi de 7,7%, tendo sido maior em idosos mais longevos. Não houve diferença entre os sexos, mas a curva de distribuição de hemoglobina das mulheres foi deslocada em direção aos valores mais baixos em relação à curva referente aos homens. Idade mais avançada (OR = 1,07; IC95% 0,57;1,64; p < 0,001), presença de diabetes (OR = 2,30; IC95% 1,33;4,00; p = 0,003), câncer (OR = 2,72; IC95% 1,21;6,11; p = 0,016) e sintomas depressivos (OR = 1,75; IC95% 1,06;2,88; p = 0,028) permaneceram significantes após análise múltipla. CONCLUSÕES A prevalência de anemia na população idosa de São Paulo foi de 7,7% e esteve associada principalmente à idade mais avançada e doenças crônicas. A anemia deve ser um marcador importante na investigação de saúde em idosos, por ser facilmente detectada e impactar fortemente na qualidade de vida do idoso.
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spelling Prevalência de anemia e fatores associados em idosos: evidências do Estudo SABE Prevalence of anemia and associated factors in older adults: evidence from the SABE Study OBJETIVO Analisar a prevalência de anemia e os fatores associados em idosos. MÉTODOS Com base no Estudo SABE (Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento), foram estudados a prevalência e os fatores associados à anemia em idosos. Foram entrevistados 1.256 indivíduos na terceira coleta do Estudo SABE em São Paulo, SP, em 2010, sendo 60,4% do sexo feminino, média de idade de 70,4 anos e escolaridade média de 5,3 anos de estudo. A variável dependente foi presença de anemia (hemoglobina < 12 g/dL para mulheres e < 13 g/dL para homens). Realizou-se análise descritiva e regressão logística hierárquica. As variáveis independentes foram: a) bloco sociodemográfico: sexo, idade, escolaridade; e b) bloco de saúde: relato de doenças crônicas, presença de declínio cognitivo e de sintomas depressivos, índice de massa corporal. RESULTADOS A prevalência de anemia foi de 7,7%, tendo sido maior em idosos mais longevos. Não houve diferença entre os sexos, mas a curva de distribuição de hemoglobina das mulheres foi deslocada em direção aos valores mais baixos em relação à curva referente aos homens. Idade mais avançada (OR = 1,07; IC95% 0,57;1,64; p < 0,001), presença de diabetes (OR = 2,30; IC95% 1,33;4,00; p = 0,003), câncer (OR = 2,72; IC95% 1,21;6,11; p = 0,016) e sintomas depressivos (OR = 1,75; IC95% 1,06;2,88; p = 0,028) permaneceram significantes após análise múltipla. CONCLUSÕES A prevalência de anemia na população idosa de São Paulo foi de 7,7% e esteve associada principalmente à idade mais avançada e doenças crônicas. A anemia deve ser um marcador importante na investigação de saúde em idosos, por ser facilmente detectada e impactar fortemente na qualidade de vida do idoso. OBJECTIVE To assess the prevalence of anemia and associated factors in older adults. METHODS The prevalence and factors associated with anemia in older adults were studied on the basis of the results of the Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (SABE – Health, Welfare and Aging) study. A group of 1,256 individuals were interviewed during the third wave of the SABE study performed in Sao Paulo, SP, in 2010. The study included 60.4% females; the mean age of the participants was 70.4 years, and their average education was 5.3 years. The dependent variable was the presence of anemia (hemoglobin levels: 12 g/dL in women and 13 g/dL in men). Descriptive analysis and hierarchical logistic regression were performed. The independent variables were as follows: a) demographics: gender, age, and education and b) clinical characteristics: self-reported chronic diseases, presence of cognitive decline and depression symptoms, and body mass index. RESULTS The prevalence of anemia was 7.7% and was found to be higher in oldest adults. There was no difference between genders, although the hemoglobin distribution curve in women showed a displacement toward lower values in comparison with the distribution curve in men. Advanced age (OR = 1.07; 95%CI 0.57;1.64; p < 0.001), presence of diabetes (OR = 2.30; 95%CI 1.33;4.00; p = 0.003), cancer (OR = 2.72; 95%CI 1.2;6.11; p = 0.016), and presence of depression symptoms (OR = 1.75; 95%CI 1.06;2.88; p = 0.028) remained significant even after multiple analyses. CONCLUSIONS The prevalence of anemia in older adults was 7.7% and was mainly associated with advanced age and presence of chronic diseases. Thus, anemia can be an important marker in the investigation of health in older adults because it can be easily diagnosed and markedly affects the quality of life of older adults. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2014-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/8691210.1590/S0034-8910.2014048005039Revista de Saúde Pública; Vol. 48 No. 5 (2014); 431-723Revista de Saúde Pública; Vol. 48 Núm. 5 (2014); 431-723Revista de Saúde Pública; v. 48 n. 5 (2014); 431-7231518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengporhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/86912/89871https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/86912/89872Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessCorona, Ligiana Pires Duarte, Yeda Aparecida de Oliveira Lebrão, Maria Lucia 2014-11-04T11:58:11Zoai:revistas.usp.br:article/86912Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2014-11-04T11:58:11Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
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