O MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL (MEM) COMO INDICADOR DE DISFUNÇÃO COGNITIVA APÓS TCE GRAVE
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Data de Publicação: | 1994 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Escola de Enfermagem da USP (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/136637 |
Resumo: | O objetivo deste estudo foi analisar as disfunções cognitivas apresentadas pelos pacientes que iniciam tratamento ambulatorial após traumatismo crânio-encefálico grave. Durante 1 ano, consecutivamente, 87 pacientes foram atendidos em primeira consulta médica e de enfermagem. Destes, 80 foram submetidos ao Mini-exame do Estado Mental (MEM). O tempo médio entre o trauma e a aplicação desse exame foi de 74 dias. Utilizou-se como ponto de corte o escore igual ou inferior a 23, obteve-se 35% de pacientes com disfunção cognitiva. Nos pacientes com MEM < 23 uma relação de 2:1 foi observada quando comparou-se o grupo de pacientes com escolaridade inferior a 4 anos com aquele superior a 4 anos. Os resultados dos testes estatísticos indicam que houve uma forte associação negativa entre a obtenção de pontuação igual ou maior que 24 e a escolaridade maior que 4 anos (Q= -0,9). Ainda nos pacientes com MEM < 23, o único item pouco afetado foi o registro de dados. Os demais itens, orientação, atenção e cálculo, memória de fixação e linguagem foram afetados tanto naqueles com escolaridade inferior como superior a 4 anos. Os resultados obtidos indicam que além das intervenções de enfermagem decorrentes do diagnóstico disfunção cognitiva dirigidas especificamente ao paciente é preciso estar atento para incluir a família no tratamento, seja no que se refere ao esclarecimento das condições do paciente, seja na forma de tratá-lo nesta fase de convalescença. |
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O MINI-EXAME DO ESTADO MENTAL (MEM) COMO INDICADOR DE DISFUNÇÃO COGNITIVA APÓS TCE GRAVEMini-Menthal state exam - indicator cognitive alteration after severe traumatic brain injuryCognitive disfunctionMental StateHead injuryDisfunção cognitivaEstado mentalTraumatismo crânio-encefálicoO objetivo deste estudo foi analisar as disfunções cognitivas apresentadas pelos pacientes que iniciam tratamento ambulatorial após traumatismo crânio-encefálico grave. Durante 1 ano, consecutivamente, 87 pacientes foram atendidos em primeira consulta médica e de enfermagem. Destes, 80 foram submetidos ao Mini-exame do Estado Mental (MEM). O tempo médio entre o trauma e a aplicação desse exame foi de 74 dias. Utilizou-se como ponto de corte o escore igual ou inferior a 23, obteve-se 35% de pacientes com disfunção cognitiva. Nos pacientes com MEM < 23 uma relação de 2:1 foi observada quando comparou-se o grupo de pacientes com escolaridade inferior a 4 anos com aquele superior a 4 anos. Os resultados dos testes estatísticos indicam que houve uma forte associação negativa entre a obtenção de pontuação igual ou maior que 24 e a escolaridade maior que 4 anos (Q= -0,9). Ainda nos pacientes com MEM < 23, o único item pouco afetado foi o registro de dados. Os demais itens, orientação, atenção e cálculo, memória de fixação e linguagem foram afetados tanto naqueles com escolaridade inferior como superior a 4 anos. Os resultados obtidos indicam que além das intervenções de enfermagem decorrentes do diagnóstico disfunção cognitiva dirigidas especificamente ao paciente é preciso estar atento para incluir a família no tratamento, seja no que se refere ao esclarecimento das condições do paciente, seja na forma de tratá-lo nesta fase de convalescença.The goal of this study is to analyse the mental state and cognitive alterations presented by outpatients starting ambulatory care after severe traumatic brain injury. During 1 year, consecutively, 87 patients were attended in first medical an nursing consultation. Mini-mental State exam (MMS) were applied to 80 of them. The average number of days between the injury and MMS application was 74 days. We used 23 score or less as a cutoff point. 35% of the patients showed less than the 23 score. When we compared the patient with 23 or less MMS score, the groups of patients whose studies were lower than or up to the 4th grade of elementary school, the relationship was found to be 2:1. The statistical testes (Chi-square and Yule) showed a strong negative association between the score equal or higher than 24 and an education worse than the 4th grade (Q= -0,9). The item disturbed less even in the 23 or less MMS score patients, was the registration. The other itens: orientation, attention and calculation, recall and language were disturbed in all patients in different proportions. In regard to nursing interventions derived from cognitive alteration nursing diagnosis, we believe that besides special attention for the patient it is necessary to notify the family about the patient's disturbances and how to care of them during convalescence period.Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem1994-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/13663710.1590/0080-6234199402800300281Revista da Escola de Enfermagem da USP; v. 28 n. 3 (1994); 281-292Revista da Escola de Enfermagem da USP; Vol. 28 No. 3 (1994); 281-292Revista da Escola de Enfermagem da USP; Vol. 28 Núm. 3 (1994); 281-2921980-220X0080-6234reponame:Revista da Escola de Enfermagem da USP (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/136637/132388http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessKoizumi, Maria SumieSousa, Regina Márcia Cardoso deOkamura, Mirna Namie2017-08-11T14:40:36Zoai:revistas.usp.br:article/136637Revistahttps://www.revistas.usp.br/reeuspPUBhttps://www.revistas.usp.br/reeusp/oai||nursingscholar@usp.br1980-220X0080-6234opendoar:2017-08-11T14:40:36Revista da Escola de Enfermagem da USP (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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