Transformações ocorridas no parque da Escola Superior de Agricultura" Luiz de Queiroz" - (ESALQ-USP) em Piracicaba - SP, ao longo dos anos

• Autor(a) principal: Barbin, Henrique Sundfeld
• Data de Publicação: 2003
• Outros Autores: Demétrio, Valdemar Antonio
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Paisagem e Ambiente (Online)
• Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/paam/article/view/40204

No presente estudo, foram utilizados fotografias aéreas verticais e levantamentos florísticos de épocas distintas, para acompanhar as transformações ocorridas nos maciços vegetais do Parque da Escola Superior de Agricultura" Luiz de Queiroz" (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP), em Piracicaba. O parque, de 150.000m², construído em estilo inglês de paisagismo, foi implantado ao redor de 1907 e teve crescimento descontrolado e demasiado das áreas de seus maciços arbóreos, comprovado pela análise de fotografias aéreas verticais a partir do ano de 1945, que mostram o aumento em área dos referidos maciços propostos no projeto original. Nos projetos paisagísticos, considera-se a média de 20 anos, para que a cobertura florística atinja os limites representados geograficamente. Usando-se o software IDRISI, fotografias aéreas verticais dos anos de 1945, 1962, 1969, 1973, 1993 e 1995 e o projeto original do parque, calculou-se a área de cada um dos 24 maciços vegetais presentes no parque, nos diferentes anos, e estas foram confrontadas. No período de 1945 a 1995, o incremento arbóreo foi de 36.655 m², praticamente dobrando a área total de cobertura. No projeto original do parque da ESALQ, foram planejadas dez linhas de visada. Em 1995, seis dessas linhas estavam obstruídas. Destas, quatro podem ser desobstruídas, por meio de práticas simples de manejo, e as outras duas ficam impossibilitadas de desobstrução. Quanto ao estudo dos levantamentos florísticos dos maciços arbóreos, os mesmos revelam que, em 1965, o parque era formado por 444 indivíduos arbóreos, sendo este valor aumentado para 2.904, em 1991. Fatos apresentados indicam a necessidade de um manejo adequado urgente dos maciços vegetais do parque da ESALQ, para evitar maior descaracterização do mesmo.