O jardim de objetos: introduzindo a questão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Aragão, Solange de
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Sandeville Jr., Euler
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Paisagem e Ambiente (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/paam/article/view/156470
Resumo: Tornou-se comum no jardim brasileiro, especialmente naquele cultivado pelos próprios moradores, o emprego de enfeites e elementos como fontes, bichos de porcelana e anõezinhos de jardim. Nesse sentido, pode-se falar em um “jardim de objetos”, às vezes com um significado lúdico, outras vezes com um significado místico, e outras vezes ainda com um significado de memória ou um significado afetivo para os seus proprietários. Um jardim que, inevitavelmente, integra o panorama atual da sociedade de consumo, embora sua origem remonte, no Brasil, ao século XIX. O objetivo aqui é colocar e discutir algumas questões relacionadas a esse jardim, como a questão do kitsch, a questão da cultura de massa e a questão do simulacro, a partir de leituras e análises de alguns exemplares. A intenção é instigar questões acerca desse jardim, partícipe da paisagem da capital paulista e de outras cidades brasileiras, e apresentar algumas asserções sobre o tema. De um modo geral, observa-se nesse jardim a criação de cenários emoldurados pela vegetação e protagonizados pelos objetos que os constituem, o que acaba por conferir a esses espaços uma complexidade maior em seu arranjo se comparados a outros jardins, mais simples, cultivados pelos próprios moradores. Seus proprietários, ao introduzir fontes, sinos do vento, cores e texturas, trabalham também a percepção sensorial daqueles que os observam, despertando sua curiosidade e sua imaginação
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