Discutindo a clínica e o tratamento da toxicomania: dos discursos à constituição subjetiva
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng por |
Título da fonte: | Psicologia USP (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/psicousp/article/view/161345 |
Resumo: | A toxicomania como estilo subjetivo é uma denegação do laço social fálico em que o tóxico serve para mais-gozar numa unidade eu-Outro. Numa cultura marcada pelo mais-além do princípio de prazer, a felicidade está no consumo de objetos feitos para gozar, assim, o uso de drogas tornou-se um sintoma social do Discurso do Capitalista. Dada a complexidade do assunto, este artigo fundamentado na psicanálise de Freud e Lacan objetiva abordar a toxicomania sob algumas perspectivas preliminares de compreensão do fenômeno e seu tratamento. Se o toxicômano cede do seu desejo, como ele fará frente a esse gozo aniquilador encontrado na droga? O que lhe prenderá à vida? Procuramos responder essas perguntas. Um tratamento possível consiste em oferecer ao sujeito, por meio da fala, novos registros de gozo intermediados pela linguagem, capazes de competir com o gozo do corpo, não visando interditar o consumo, mas diversificar a demanda. |
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Discutindo a clínica e o tratamento da toxicomania: dos discursos à constituição subjetivaDiscussion sur la pratique clinique et le traitement de la toxicomanie: du discours à la constitution subjectiveDiscutiendo la clínica y el tratamiento de la adicción: de los discursos a la constitución subjetivaDiscussing the Clinic and treatment of drug addiction: from discourse to subjective constitutiondrug addictionpsychoanalysiscapitalist mode of productiondrogadicciónpsicoanálisismodo de producción capitalistatoxicomaniephysichanalysemode capitaliste de productiontoxicomaniapsicanálisemodo capitalista de produçãoA toxicomania como estilo subjetivo é uma denegação do laço social fálico em que o tóxico serve para mais-gozar numa unidade eu-Outro. Numa cultura marcada pelo mais-além do princípio de prazer, a felicidade está no consumo de objetos feitos para gozar, assim, o uso de drogas tornou-se um sintoma social do Discurso do Capitalista. Dada a complexidade do assunto, este artigo fundamentado na psicanálise de Freud e Lacan objetiva abordar a toxicomania sob algumas perspectivas preliminares de compreensão do fenômeno e seu tratamento. Se o toxicômano cede do seu desejo, como ele fará frente a esse gozo aniquilador encontrado na droga? O que lhe prenderá à vida? Procuramos responder essas perguntas. Um tratamento possível consiste em oferecer ao sujeito, por meio da fala, novos registros de gozo intermediados pela linguagem, capazes de competir com o gozo do corpo, não visando interditar o consumo, mas diversificar a demanda.La toxicomanie en tant que style subjectif est un moyen de nier le lien social phallique, dans lequel la drogue sert à créer un excès de jouissance dans une unité moi-l’Autre. Dans une culture qui est déjà dépassée du principe du plaisir, le bonheur est dans la consommation d’objets de jouissance, des objets à jouir. Ainsi, l’usage de drogues est un symptôme social du discours capitaliste. Compte tenu de la complexité de ce sujet, cet article, basé sur la psychanalyse de Freud et de Lacan, vise à aborder la toxicomanie avec quelques perspectives préliminaires de la compréhension du phénomène et de son traitement. Si le toxicomane cède à son désir, comment pourrait-il résister à cette jouissance annihilant de la drogue? Qu’est-ce que le maintenera lié à la vie? Nous cherchons à répondre ces questions. Un traitement possible consiste à offrir au sujet, en parlant, de nouveaux enregistrements de jouissance médié par le langage, capables de rivaliser avec la jouissance du corp, dans le but non pas d’interdire la consommation de drogue, mais de diversifier sa demande.La drogadicción es un estilo subjetivo que tiene sus especificidades, porque es una denegación del lazo social fálico en que el tóxico sirve para soportar el dolor de existir, pero, sobre todo, sirve para el plus de gozar en la unidad yo-Otro. En una cultura marcada por más allá del principio de placer, la felicidad se encuentra en el consumo de los gadgets, objetos hechos para el goce, siendo, por lo tanto, el uso de drogas un síntoma social del discurso capitalista. Considerando la complejidad del tema respecto de la teoría y la técnica, este artículo, basándose en el psicoanálisis de Freud y de Lacan, tiene como objetivo hacer frente a la Clínica del abuso de sustancias a partir de algunos puntos de vista preliminares de comprensión del fenómeno y de su tratamiento. Si el adicto a las drogas abandona su deseo, ¿cómo podía resistir al goce aniquilador de la droga? ¿En qué se sostiene su vida de adicto? Pretendemos responder a estas preguntas a lo largo del texto. Un posible tratamiento mediante el psicoanálisis es ofrecer al sujeto, por medio de la oportunidad de la habla, nuevos reconocimientos del goce, que son mediados por el lenguaje, no con el objetivo de prohibir el consumo, sino de hacer la diversificación de la demanda.Drug addiction as a subjective style is a way to denying the phallic social bond, in which the drug serves to surplus-jouissance in a unity made by I-Other. In a culture that is already beyond the pleasure principle, happiness is in the consumption of jouissance objects, thus, the use of drugs is a social symptom of the Capitalist Discourse. Given the complexity of this topic, this article, based on Freudian and Lacanian Psychoanalysis, aims to address some preliminary prospects for understanding this phenomenon and its treatment. If drug addicts give up of their desire, how can they resist the drug’s annihilating jouissance? What will hold the drug addict’s on life? We seek to answer these questions. One possible treatment is offering the subject, by the opportunity of speaking, new records of jouissance mediated by language, able to compete with the body’s jouissance, not aiming to prohibit the drug consumption, but diversify the demand.Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia2019-08-22info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfapplication/xmlhttps://www.revistas.usp.br/psicousp/article/view/16134510.1590/0103-6564e180014Psicologia USP; v. 30 (2019); e180014Psicologia USP; Vol. 30 (2019); e180014Psicologia USP; Vol. 30 (2019); e1800141678-51770103-6564reponame:Psicologia USP (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengporhttps://www.revistas.usp.br/psicousp/article/view/161345/155312https://www.revistas.usp.br/psicousp/article/view/161345/155313https://www.revistas.usp.br/psicousp/article/view/161345/156780Shimoguiri, Ana Flávia Dias TanakaCosta, Maico FernandoBenelli, Silvio JoséCosta-Rosa, Abíllio dainfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-10-14T16:20:06Zoai:revistas.usp.br:article/161345Revistahttps://www.revistas.usp.br/psicouspPUBhttps://www.revistas.usp.br/psicousp/oairevpsico@usp.br1678-51770103-6564opendoar:2019-10-14T16:20:06Psicologia USP (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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