Análise da escolha das estruturas de governança em vinícolas brasileiras - estudos de casos em 3 vinícolas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Watanabe, Kassia
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Wever, Mark, Sousa, Rúbia Nara Rinaldi Leão de, Koenig, Claudia Cheron
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Revista de Administração (São Paulo)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rausp/article/view/114165
Resumo: A decisão da melhor estrutura de governança adotada pelas empresas tem sido objeto de estudo de diversas vertentes teóricas, muitas vezes, dissociadas. Assim, este estudo pretende contribuir para a compreensão dos múltiplos fatores que influenciam nas decisões de governança da empresa, a partir dos argumentos da Economia dos Custos de Transação; da Visão Baseada em Recursos e da Teoria dos Direitos de Propriedade. Para identificar alguns desses fatores, foram analisados ​​três casos na indústria do vinho brasileiro: Miolo, localizada no Vale dos Vinhedos (Sul do Brasil) e no Vale do Rio São Francisco (Nordeste do Brasil); Don Laurindo, localizada no Vale dos Vinhedos; e a Vinibrasil, localizada no Vale do Rio São Francisco. A maioria das vinícolas estudadas produz as uvas utilizadas na produção de vinho. Apenas a Miolo compra uma quantidade insignificante de uvas fora de sua produção. É importante observar que no Brasil, a produção de uva nestas regiões tem uma longa tradição e não é difícil comprar uma quantidade suficiente de uvas destinadas à produção de vinho. Identificou-se que a qualidade das uvas é fácil de ser medida e o custo de compra no mercado é mais barato do que a produção própria. Porém, as vinícolas argumentam que produzem a própria uva para garantir a qualidade das uvas e, consequentemente, do vinho produzido. Entretanto, o nível de especificidade dos ativos presentes na transação entre produtor de uva e vinícola parece, por si só, insuficiente para justificar o uso de forma de governança hierárquica. Assim, o objetivo do artigo é analisar as razões pelas quais essas vinícolas, em grande parte, dependem da forma de governança hierárquica para adquirir suas uvas. O que explica o uso de governança hierárquica, uma vez que tanto a especificidade de ativos como os problemas de mensuração parecem relativamente baixos?
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Para identificar alguns desses fatores, foram analisados ​​três casos na indústria do vinho brasileiro: Miolo, localizada no Vale dos Vinhedos (Sul do Brasil) e no Vale do Rio São Francisco (Nordeste do Brasil); Don Laurindo, localizada no Vale dos Vinhedos; e a Vinibrasil, localizada no Vale do Rio São Francisco. A maioria das vinícolas estudadas produz as uvas utilizadas na produção de vinho. Apenas a Miolo compra uma quantidade insignificante de uvas fora de sua produção. É importante observar que no Brasil, a produção de uva nestas regiões tem uma longa tradição e não é difícil comprar uma quantidade suficiente de uvas destinadas à produção de vinho. Identificou-se que a qualidade das uvas é fácil de ser medida e o custo de compra no mercado é mais barato do que a produção própria. Porém, as vinícolas argumentam que produzem a própria uva para garantir a qualidade das uvas e, consequentemente, do vinho produzido. Entretanto, o nível de especificidade dos ativos presentes na transação entre produtor de uva e vinícola parece, por si só, insuficiente para justificar o uso de forma de governança hierárquica. Assim, o objetivo do artigo é analisar as razões pelas quais essas vinícolas, em grande parte, dependem da forma de governança hierárquica para adquirir suas uvas. O que explica o uso de governança hierárquica, uma vez que tanto a especificidade de ativos como os problemas de mensuração parecem relativamente baixos? This study aims to contribute towards understanding the multiple factors, which influence firm's governance decisions. To identify some of these factors, three cases in the Brazilian wine industry were analyzed: Miolo located in Vale dos Vinhedos (South of Brazil) and in Vale do Rio São Francisco (Northeast of Brazil); Don Laurindo located in Vale dos Vinhedos; and ViniBrasil located in Vale do Rio São Francisco. For the most part, all three firms procure the grapes they use for their wine production in-house. Only Miolo purchases an insignificant amount of grapes outside of its production. By Brazilian standards, these regions have a long tradition of grape production and it is not difficult to purchase sufficient quantity of grapes to produce wine. However, the wineries are concerned also about the quality of the grapes they use and purchasing high-quality grapes might be critical issue. On the other hand, the quality of grapes is easily measured and the cost to buy in the market is cheaper than producing in-house. Furthermore, also the level of asset specificity present in the grape-grower-wine-producer transaction seems, by itself, insufficient to justify the use of hierarchical governance forms. Then, the aim of the article is to analyze the reasons why these wineries largely rely on hierarchy governance forms to procure their grape-inputs. What explains their use of hierarchy governance, given that both asset specificity and measurement problems appear to be relatively low? Este estudio tiene como objetivo contribuir a la comprensión de los múltiples factores que influyen en las decisiones de gobernanza de las empresas. Para identificar algunos de estos factores, se analizaron tres casos en la industria del vino brasileño: Miolo ubicada en Valle de los Viñedos (sur de Brasil) y en Vale do Rio São Francisco (nordeste de Brasil); Don Laurindo ubicada en Valle de los Viñedos, y ViniBrasil ubicada en Vale do Rio São Francisco. En su mayor parte, las tres empresas producen las uvas que utilizan para su producción de vino. Sólo Miolo compra una cantidad insignificante de las uvas fuera de su producción. Según los estándares brasileños, en estas regiones tiene una larga tradición de producción de uva, y no es difícil comprar suficiente cantidad de uvas para producir vino. Sin embargo, las bodegas están preocupadas también por la calidad de las uvas que se utilizan y la compra de uvas de alta calidad podrían ser tema crítico. Por otro lado, es fácil de medir la calidad de las uvas y el costo para comprar en el mercado es más barato que producir. Por otra parte, también el nivel de especificidad de los activos presentes en la transacción de productor de uva-bodeguero parece, por sí sola, insuficiente para justificar el uso de formas jerárquicas. Entonces, el objetivo del artículo es analizar las razones por las que estas bodegas dependen en gran medida de las formas jerárquicas para adquirir sus vendimiadores entradas. ¿Cómo se explica el uso de la gobernanza jerárquica, teniendo en cuenta que tanto los problemas de especificidad de activos y de medición parecen ser relativamente bajos? Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade2016-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rausp/article/view/11416510.5700/rausp1221Revista de Administração; v. 51 n. 1 (2016); 20-35Revista de Administração; Vol. 51 No. 1 (2016); 20-35Revista de Administração; Vol. 51 Núm. 1 (2016); 20-351984-61420080-2107reponame:Revista de Administração (São Paulo)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/rausp/article/view/114165/112065Copyright (c) 2017 Revista de Administraçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessWatanabe, KassiaWever, MarkSousa, Rúbia Nara Rinaldi Leão deKoenig, Claudia Cheron2016-04-08T16:41:12Zoai:revistas.usp.br:article/114165Revistahttps://www.revistas.usp.br/rauspPUBhttps://www.revistas.usp.br/rausp/oairausp@usp.br||reinhard@usp.br1984-61420080-2107opendoar:2016-04-08T16:41:12Revista de Administração (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)false
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