O aluno universitário moçambicano PL2 e os caminhos da escrita: um trilho seguro vale mais do que os dois que puseram a quizumba a mancar
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Linha D'Água (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/138075 |
Resumo: | Recorrendo a dados de corpora em dissertações de doutorado em linguística concluídas recentemente na UEM, analisamse, no presente artigo, segmentos discursivos infelizes na escrita de alunos universitários moçambicanos que têm o Português como língua segunda (PL2). Discute-se, especificamente, a natureza da infelicidade discursiva quanto a engenhos retóricos (marcadores) e outros elementos idiomáticos e culturais. Assume-se que os aprendentes de uma língua, a nível avançado, devem adquirir as necessárias convenções e preferências retóricas e discursivas, para que o processamento linguístico-discursivo seja cada vez mais determinado por práticas da coesão textual e da coerência discursiva. A idiomaticidade, que é pessoalizada e idiossincrática, tem a ver com formações que são peculiares a utentes de uma determinada língua e cultura, e que são normalmente reconhecidas por escreventes nativos ou quase-nativos. Argumenta-se que o escrevente PL2, em média, não tem normalmente dificuldades com o conteúdo da mensagem, embora tenda, por vezes, a evidenciar problemas no modo como estrutura esse conteúdo. Revela também problemas de tipologia textual e idiomaticidade, quer por defeito (escrita sub-idiomática), quer por excesso (escrita sobre-idiomática), quando comparados com a escrita nativa. Para superar este tipo de problemas, entendemos que o processo de ensino-aprendizagem é melhor servido quando é centrado no aprendente. |
id |
USP-36_254b5cb399c1121aa48ee54b1a3b2218 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/138075 |
network_acronym_str |
USP-36 |
network_name_str |
Linha D'Água (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
O aluno universitário moçambicano PL2 e os caminhos da escrita: um trilho seguro vale mais do que os dois que puseram a quizumba a mancarMozambican PSL University Student’s Path Forward in Writing: Better na Egg Today Than a Hen TomorrowWritingDiscourse AnalysisRhetoricIdiomaticityPSL Teaching Approaches.escritaanálise do discursoretóricaidiomaticidadeabordagens ao ensino PL2.Recorrendo a dados de corpora em dissertações de doutorado em linguística concluídas recentemente na UEM, analisamse, no presente artigo, segmentos discursivos infelizes na escrita de alunos universitários moçambicanos que têm o Português como língua segunda (PL2). Discute-se, especificamente, a natureza da infelicidade discursiva quanto a engenhos retóricos (marcadores) e outros elementos idiomáticos e culturais. Assume-se que os aprendentes de uma língua, a nível avançado, devem adquirir as necessárias convenções e preferências retóricas e discursivas, para que o processamento linguístico-discursivo seja cada vez mais determinado por práticas da coesão textual e da coerência discursiva. A idiomaticidade, que é pessoalizada e idiossincrática, tem a ver com formações que são peculiares a utentes de uma determinada língua e cultura, e que são normalmente reconhecidas por escreventes nativos ou quase-nativos. Argumenta-se que o escrevente PL2, em média, não tem normalmente dificuldades com o conteúdo da mensagem, embora tenda, por vezes, a evidenciar problemas no modo como estrutura esse conteúdo. Revela também problemas de tipologia textual e idiomaticidade, quer por defeito (escrita sub-idiomática), quer por excesso (escrita sobre-idiomática), quando comparados com a escrita nativa. Para superar este tipo de problemas, entendemos que o processo de ensino-aprendizagem é melhor servido quando é centrado no aprendente.Resorting to data taken out of corpora from doctoral dissertations in linguistics, which have recently been completed at the UEM, the present article analyses infelicitous discourse segments in Portuguese Second Language (PSL) writing composed by Mozambican university students. The nature of discourse infelicity related to rhetorical devices (discourse markers), and other idiomatic and cultural elements is especially discussed. It is assumed that advanced learners of a given language need to acquire the necessary conventions as well as discourse and rhetorical preferences, so that their linguistic-discursive processing is increasingly determined by the practices of textual cohesion and discourse coherence. Idiomaticity, which is personalized and idiosyncratic, has to do with formations which are peculiar to users of a determined language and culture, and which are normally recognized by its native or quasi-native writers. It is argued that the average PSL writer does not normally miss the message content, although he may, at times, tend to miss the way in which the message content is structured. He equally shows problems with text typology and idiomaticity, either by default—by being under-idiomatic, or by excess—by being over-idiomatic, when compared with native writing. In order to overcome this kind of problems, we believe that the teaching-learning process is best served when it is learner-centred.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2018-03-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/xmlhttps://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/13807510.11606/issn.2236-4242.v31i1p29-49Linha D'Água; v. 31 n. 1 (2018): A escrita na universidade: três visões lusófonas; 29-492236-42420103-3638reponame:Linha D'Água (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/138075/138974https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/138075/147280Copyright (c) 2018 Linha D'Águainfo:eu-repo/semantics/openAccessLopes, Armando Jorge2022-03-25T13:44:20Zoai:revistas.usp.br:article/138075Revistahttp://www.revistas.usp.br/linhadaguaPUBhttp://www.revistas.usp.br/linhadagua/oai||ldagua@usp.br2236-42420103-3638opendoar:2023-09-13T12:17:50.975983Linha D'Água (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O aluno universitário moçambicano PL2 e os caminhos da escrita: um trilho seguro vale mais do que os dois que puseram a quizumba a mancar Mozambican PSL University Student’s Path Forward in Writing: Better na Egg Today Than a Hen Tomorrow |
title |
O aluno universitário moçambicano PL2 e os caminhos da escrita: um trilho seguro vale mais do que os dois que puseram a quizumba a mancar |
spellingShingle |
O aluno universitário moçambicano PL2 e os caminhos da escrita: um trilho seguro vale mais do que os dois que puseram a quizumba a mancar Lopes, Armando Jorge Writing Discourse Analysis Rhetoric Idiomaticity PSL Teaching Approaches. escrita análise do discurso retórica idiomaticidade abordagens ao ensino PL2. |
title_short |
O aluno universitário moçambicano PL2 e os caminhos da escrita: um trilho seguro vale mais do que os dois que puseram a quizumba a mancar |
title_full |
O aluno universitário moçambicano PL2 e os caminhos da escrita: um trilho seguro vale mais do que os dois que puseram a quizumba a mancar |
title_fullStr |
O aluno universitário moçambicano PL2 e os caminhos da escrita: um trilho seguro vale mais do que os dois que puseram a quizumba a mancar |
title_full_unstemmed |
O aluno universitário moçambicano PL2 e os caminhos da escrita: um trilho seguro vale mais do que os dois que puseram a quizumba a mancar |
title_sort |
O aluno universitário moçambicano PL2 e os caminhos da escrita: um trilho seguro vale mais do que os dois que puseram a quizumba a mancar |
author |
Lopes, Armando Jorge |
author_facet |
Lopes, Armando Jorge |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Lopes, Armando Jorge |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Writing Discourse Analysis Rhetoric Idiomaticity PSL Teaching Approaches. escrita análise do discurso retórica idiomaticidade abordagens ao ensino PL2. |
topic |
Writing Discourse Analysis Rhetoric Idiomaticity PSL Teaching Approaches. escrita análise do discurso retórica idiomaticidade abordagens ao ensino PL2. |
description |
Recorrendo a dados de corpora em dissertações de doutorado em linguística concluídas recentemente na UEM, analisamse, no presente artigo, segmentos discursivos infelizes na escrita de alunos universitários moçambicanos que têm o Português como língua segunda (PL2). Discute-se, especificamente, a natureza da infelicidade discursiva quanto a engenhos retóricos (marcadores) e outros elementos idiomáticos e culturais. Assume-se que os aprendentes de uma língua, a nível avançado, devem adquirir as necessárias convenções e preferências retóricas e discursivas, para que o processamento linguístico-discursivo seja cada vez mais determinado por práticas da coesão textual e da coerência discursiva. A idiomaticidade, que é pessoalizada e idiossincrática, tem a ver com formações que são peculiares a utentes de uma determinada língua e cultura, e que são normalmente reconhecidas por escreventes nativos ou quase-nativos. Argumenta-se que o escrevente PL2, em média, não tem normalmente dificuldades com o conteúdo da mensagem, embora tenda, por vezes, a evidenciar problemas no modo como estrutura esse conteúdo. Revela também problemas de tipologia textual e idiomaticidade, quer por defeito (escrita sub-idiomática), quer por excesso (escrita sobre-idiomática), quando comparados com a escrita nativa. Para superar este tipo de problemas, entendemos que o processo de ensino-aprendizagem é melhor servido quando é centrado no aprendente. |
publishDate |
2018 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2018-03-27 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/138075 10.11606/issn.2236-4242.v31i1p29-49 |
url |
https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/138075 |
identifier_str_mv |
10.11606/issn.2236-4242.v31i1p29-49 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/138075/138974 https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/138075/147280 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2018 Linha D'Água info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2018 Linha D'Água |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/xml |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas |
dc.source.none.fl_str_mv |
Linha D'Água; v. 31 n. 1 (2018): A escrita na universidade: três visões lusófonas; 29-49 2236-4242 0103-3638 reponame:Linha D'Água (Online) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Linha D'Água (Online) |
collection |
Linha D'Água (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Linha D'Água (Online) - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
||ldagua@usp.br |
_version_ |
1800221894413123584 |