A formação da "nação" brasileira no romance "Canaã" de Graça Aranha - O debate intelectual sobre a questão "nacional" na primeira república como substrato de uma ficção ideológica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Linha D'Água (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/37267 |
Resumo: | Neste ensaio é examinado como no romance Canaã, de 1902, são tratadas e desenvolvidas as questões principais do debate contemporâneo sobre a formação da “Nação” brasileira. A interpretação baseia-se na análise das categorias chaves de cunho determinista, vigentes na época, como “raça” e “meio”. Chega-se à conclusão que Graça Aranha usa o romance como palco alegórico para a reflexão e o lançamento de idéias sobre a sociedade brasileira, incorporificados nos dois protagonistas alemães, tanto de teor consonante quanto de teor estritamente dissonante ao debate. Mostra-se que o autor não se mantém numa posição neutra e aproveita os discursos para uma crítica conceitual ao Nacionalismo, racismo e “cientificismo”, característicos de sua época – porém, ao mesmo tempo, sem conseguir se livrar plenamente dessas premissas. O romance promove, desta forma, apesar do final pessimista, a visão utópica de um Brasil como possível precursor na realização de uma idealizada nova sociedade humana, além das categorias e do princípio do “nacional”. |
id |
USP-36_d85baa924f66b5df1ea9eb74c91461a6 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/37267 |
network_acronym_str |
USP-36 |
network_name_str |
Linha D'Água (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
A formação da "nação" brasileira no romance "Canaã" de Graça Aranha - O debate intelectual sobre a questão "nacional" na primeira república como substrato de uma ficção ideológicaNeste ensaio é examinado como no romance Canaã, de 1902, são tratadas e desenvolvidas as questões principais do debate contemporâneo sobre a formação da “Nação” brasileira. A interpretação baseia-se na análise das categorias chaves de cunho determinista, vigentes na época, como “raça” e “meio”. Chega-se à conclusão que Graça Aranha usa o romance como palco alegórico para a reflexão e o lançamento de idéias sobre a sociedade brasileira, incorporificados nos dois protagonistas alemães, tanto de teor consonante quanto de teor estritamente dissonante ao debate. Mostra-se que o autor não se mantém numa posição neutra e aproveita os discursos para uma crítica conceitual ao Nacionalismo, racismo e “cientificismo”, característicos de sua época – porém, ao mesmo tempo, sem conseguir se livrar plenamente dessas premissas. O romance promove, desta forma, apesar do final pessimista, a visão utópica de um Brasil como possível precursor na realização de uma idealizada nova sociedade humana, além das categorias e do princípio do “nacional”.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2005-04-04info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/3726710.11606/issn.2236-4242.v0i17p113-136Linha D'Água; n. 17 (2004); 113-1362236-42420103-3638reponame:Linha D'Água (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/37267/39988Copyright (c) 2005 Linha D'Águainfo:eu-repo/semantics/openAccessWink, Georg2020-06-25T03:58:20Zoai:revistas.usp.br:article/37267Revistahttp://www.revistas.usp.br/linhadaguaPUBhttp://www.revistas.usp.br/linhadagua/oai||ldagua@usp.br2236-42420103-3638opendoar:2023-09-13T12:17:35.336403Linha D'Água (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
A formação da "nação" brasileira no romance "Canaã" de Graça Aranha - O debate intelectual sobre a questão "nacional" na primeira república como substrato de uma ficção ideológica |
title |
A formação da "nação" brasileira no romance "Canaã" de Graça Aranha - O debate intelectual sobre a questão "nacional" na primeira república como substrato de uma ficção ideológica |
spellingShingle |
A formação da "nação" brasileira no romance "Canaã" de Graça Aranha - O debate intelectual sobre a questão "nacional" na primeira república como substrato de uma ficção ideológica Wink, Georg |
title_short |
A formação da "nação" brasileira no romance "Canaã" de Graça Aranha - O debate intelectual sobre a questão "nacional" na primeira república como substrato de uma ficção ideológica |
title_full |
A formação da "nação" brasileira no romance "Canaã" de Graça Aranha - O debate intelectual sobre a questão "nacional" na primeira república como substrato de uma ficção ideológica |
title_fullStr |
A formação da "nação" brasileira no romance "Canaã" de Graça Aranha - O debate intelectual sobre a questão "nacional" na primeira república como substrato de uma ficção ideológica |
title_full_unstemmed |
A formação da "nação" brasileira no romance "Canaã" de Graça Aranha - O debate intelectual sobre a questão "nacional" na primeira república como substrato de uma ficção ideológica |
title_sort |
A formação da "nação" brasileira no romance "Canaã" de Graça Aranha - O debate intelectual sobre a questão "nacional" na primeira república como substrato de uma ficção ideológica |
author |
Wink, Georg |
author_facet |
Wink, Georg |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Wink, Georg |
description |
Neste ensaio é examinado como no romance Canaã, de 1902, são tratadas e desenvolvidas as questões principais do debate contemporâneo sobre a formação da “Nação” brasileira. A interpretação baseia-se na análise das categorias chaves de cunho determinista, vigentes na época, como “raça” e “meio”. Chega-se à conclusão que Graça Aranha usa o romance como palco alegórico para a reflexão e o lançamento de idéias sobre a sociedade brasileira, incorporificados nos dois protagonistas alemães, tanto de teor consonante quanto de teor estritamente dissonante ao debate. Mostra-se que o autor não se mantém numa posição neutra e aproveita os discursos para uma crítica conceitual ao Nacionalismo, racismo e “cientificismo”, característicos de sua época – porém, ao mesmo tempo, sem conseguir se livrar plenamente dessas premissas. O romance promove, desta forma, apesar do final pessimista, a visão utópica de um Brasil como possível precursor na realização de uma idealizada nova sociedade humana, além das categorias e do princípio do “nacional”. |
publishDate |
2005 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2005-04-04 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/37267 10.11606/issn.2236-4242.v0i17p113-136 |
url |
https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/37267 |
identifier_str_mv |
10.11606/issn.2236-4242.v0i17p113-136 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/37267/39988 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2005 Linha D'Água info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2005 Linha D'Água |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas |
dc.source.none.fl_str_mv |
Linha D'Água; n. 17 (2004); 113-136 2236-4242 0103-3638 reponame:Linha D'Água (Online) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Linha D'Água (Online) |
collection |
Linha D'Água (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Linha D'Água (Online) - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
||ldagua@usp.br |
_version_ |
1800221893157978112 |