Fome também é o que se come: as metáforas nos discursos do MST como construtoras de polêmica argumentativa sobre alimentos ultraprocessados
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Linha D'Água (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/214680 |
Resumo: | Este artigo objetiva explorar a conexão entre metáforas e a construção de polêmica argumentativa, revelando de que maneira uma concepção de metáfora dimensionada pelos discursos, para além de mera figura de linguagem ou de pensamento, contribui para a compreensão de dissensos. Para isto, parte-se de um corpus composto por publicações no portal do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sobre alimentos ultraprocessados (Nupens-USP), entre 2020 e 2022, analisado sob uma perspectiva cognitivo-discursiva (Vereza, 2007, 2017; Gonçalves-Segundo, 2020) entrelaçada à argumentação polêmica (Amossy, 2017). Através da observação das metáforas e o papel por estas desempenhado, foi possível identificar o uso de metáforas situadas e distribuídas operando de maneira dialógica, e perspectivando um Terceiro alheio tanto ao Proponente (MST) quanto ao Oponente, para manutenção do dissenso entre a produção alimentícia industrial, ou atrelada ao agronegócio, e a produção de alimentos in natura, ou minimamente processados, por parte do MST. |
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Fome também é o que se come: as metáforas nos discursos do MST como construtoras de polêmica argumentativa sobre alimentos ultraprocessadosHunger is also what one eats: metaphors in MST discourses as builders of argumentative controversy about ultraprocessed foodsMetáforas situadasMetáforas distribuídasAlimentaçãoAgronegócioSubnutriçãoSituated metaphorsDistributed metaphorsFoodAgribusinessMalnutritionEste artigo objetiva explorar a conexão entre metáforas e a construção de polêmica argumentativa, revelando de que maneira uma concepção de metáfora dimensionada pelos discursos, para além de mera figura de linguagem ou de pensamento, contribui para a compreensão de dissensos. Para isto, parte-se de um corpus composto por publicações no portal do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sobre alimentos ultraprocessados (Nupens-USP), entre 2020 e 2022, analisado sob uma perspectiva cognitivo-discursiva (Vereza, 2007, 2017; Gonçalves-Segundo, 2020) entrelaçada à argumentação polêmica (Amossy, 2017). Através da observação das metáforas e o papel por estas desempenhado, foi possível identificar o uso de metáforas situadas e distribuídas operando de maneira dialógica, e perspectivando um Terceiro alheio tanto ao Proponente (MST) quanto ao Oponente, para manutenção do dissenso entre a produção alimentícia industrial, ou atrelada ao agronegócio, e a produção de alimentos in natura, ou minimamente processados, por parte do MST.This article aims to explore the connection between metaphors and the construction of argumentative polemics, revealing how a conception of metaphor dimensioned by discourses, beyond a mere figure of speech or thought, contributes to the understanding of dissent. To do so, it examines a corpus composed by publications of the Landless Rural Workers Movement (MST) portal on ultra-processed foods (Nupens-USP), published between 2020 and 2022, and analyzed from a cognitive-discursive perspective (Vereza, 2007, 2017; Gonçalves-Segundo, 2020) intertwined with the polemics theory (Amossy, 2017). Through the observation of the metaphors and the role played by them, it was possible to identify the use of situated and distributed metaphors operating in a dialogic way, and the construal of a Third Party that is alien to both the Proponent (MST) and the Opponent, in order to maintain the dissent between industrial food production, or linked to the agribusiness, and the production of in natura, or minimally processed foods, by MST.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2024-03-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdftext/xmlhttps://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/21468010.11606/issn.2236-4242.v37i1p25-46Linha D'Água; v. 37 n. 1 (2024): Diálogos Brasil-Portugal nos Estudos do Texto e do Discurso; 25-462236-42420103-3638reponame:Linha D'Água (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/214680/203259https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/214680/204711Copyright (c) 2024 Amanda Guedes Mazzahttps://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessMazza, Amanda Guedes2024-05-16T21:12:17Zoai:revistas.usp.br:article/214680Revistahttp://www.revistas.usp.br/linhadaguaPUBhttp://www.revistas.usp.br/linhadagua/oai||ldagua@usp.br2236-42420103-3638opendoar:2024-05-16T21:12:17Linha D'Água (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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