Os estivadores esquecidos: arqueologia do Trapiche da Pedra do Sal, Rio de Janeiro, século XIX
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anais do Museu Paulista (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/195717 |
Resumo: | Este artigo apresenta os resultados das intervenções arqueológicas realizadas no antigo Trapiche da Pedra do Sal, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, à luz de uma contextualização histórica e social da área, um reduto da população negra urbana desde o final do século XVIII até a atualidade. Construído na primeira metade do século XIX a apenas 100 m de distância da Pedra do Sal e a cerca de 200 m do Cais do Valongo, o trapiche se tornou um dos mais importantes da orla da Saúde até ser absorvido pela Companhia Docas D. Pedro II, inaugurada em 1875. Sua prosperidade foi sustentada por essa população negra, germe dos futuros trabalhadores portuários, responsável pelas atividades de embarque, desembarque e armazenamento de mercadorias. Contudo, essa forte presença africana está praticamenteausente do registro documental e apenas escassamente atestada no registro arqueológico, através de algumas evidências relacionadas às suas práticas espirituais. Em contrapartida a esses estivadores esquecidos e contrastando fortemente com eles, foi possível levantar os diferentes administradores do Trapiche da Pedra do Sal, suficientemente registrados e lembrados. Os resultados dessa investigação são apresentados neste artigo, aspirando contribuir para umaconstrução mais inclusiva de parte da memória da Zona Portuária do Rio de Janeiro. |
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Os estivadores esquecidos: arqueologia do Trapiche da Pedra do Sal, Rio de Janeiro, século XIXThe forgotten dockers: archaeology of the Pedra do Sal pier warehouse, Rio de Janeiro, nineteenth centuryAfrican diaspora archeologyRio de Janeiro’s Port ZoneNineteenth century dockersPedra do SalArqueologia da diáspora africanaZona Portuária do Rio de JaneiroEstivadores do século XIXPedra do SalEste artigo apresenta os resultados das intervenções arqueológicas realizadas no antigo Trapiche da Pedra do Sal, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, à luz de uma contextualização histórica e social da área, um reduto da população negra urbana desde o final do século XVIII até a atualidade. Construído na primeira metade do século XIX a apenas 100 m de distância da Pedra do Sal e a cerca de 200 m do Cais do Valongo, o trapiche se tornou um dos mais importantes da orla da Saúde até ser absorvido pela Companhia Docas D. Pedro II, inaugurada em 1875. Sua prosperidade foi sustentada por essa população negra, germe dos futuros trabalhadores portuários, responsável pelas atividades de embarque, desembarque e armazenamento de mercadorias. Contudo, essa forte presença africana está praticamenteausente do registro documental e apenas escassamente atestada no registro arqueológico, através de algumas evidências relacionadas às suas práticas espirituais. Em contrapartida a esses estivadores esquecidos e contrastando fortemente com eles, foi possível levantar os diferentes administradores do Trapiche da Pedra do Sal, suficientemente registrados e lembrados. Os resultados dessa investigação são apresentados neste artigo, aspirando contribuir para umaconstrução mais inclusiva de parte da memória da Zona Portuária do Rio de Janeiro.This article presents the results of archaeological interventions undertaken in the former pier warehouse of Pedra do Sal, in Rio de Janeiro’s Port Zone, considering a historical and social contextualization of the area, a refuge of the urban black population from the end of the eighteenth century to the present. Built in the first half of the nineteenth century just 100 m away from Pedra doSal (Salt Stone) and about 200 m from Valongo Wharf, the pier warehouse became one of the most important on the Saúde shoreline until it was absorbed by the Docas D. Pedro II Company, inaugurated in 1875. Its prosperity was sustained by this black population, the seed of the future dockworkers, responsible for the activities of loading, unloading, and storing commodities. However, this strong African presence is virtually absent from the documentary records and only sparsely present in the archaeological record, with only some evidence related to their spiritualpractices. In stark contrast to these forgotten dockers, discovering information on the various administrators of the Pedra do Sal pier warehouse, well recorded and sufficiently remembered, was possible. The results of this investigation are presented in this article, which seeks to contribute to a more inclusive construction of part of the memory of Rio de Janeiro’s Port Zone.Universidade de São Paulo. Museu Paulista2022-10-31info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/19571710.1590/1982-02672022v30e34Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material; v. 30 (2022); 1-631982-02670101-4714reponame:Anais do Museu Paulista (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/195717/187505Copyright (c) 2022 Tania Andrade Lima, Andrea Jundi Morgado, Silvia Puccioni, Nayara Amadohttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessLima, Tania Andrade Morgado, Andrea Jundi Puccioni, Silvia Amado, Nayara2022-12-14T14:53:03Zoai:revistas.usp.br:article/195717Revistahttp://anais.mp.usp.br/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||anaismp@usp.br1982-02670101-4714opendoar:2022-12-14T14:53:03Anais do Museu Paulista (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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