As esculturas cokwe como respostas às assimetrias civilizacionais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bevilacqua, Juliana Ribeiro da Silva
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anais do Museu Paulista (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/139692
Resumo: Fundada em 1917, a Companhia de Diamantes de Angola (Diamang) ocupava uma vasta região da Lunda Norte e Lunda Sul. Além das ações voltadas para a exploração de diamantes, essa empresa concessionária constituiu em 1936 o Museu do Dundo, um espaço destinado a colecionar objetos relacionados, sobretudo, aos povos que habitavam a sua área de atuação. Os objetivos cada vez mais ambiciosos e o receio da extinção de uma arte reminiscente do “tempo tribal” levaram o Museu do Dundo a organizar não apenas expedições de recolhas de objetos, mas também a contratar e manter “protegidos” em seus domínios escultores de madeira e de marfim a fim de evitar que as transformações ocasionadas pela situação colonial influenciassem os trabalhos desses homens. Este artigo tem como objetivo apresentar algumas reflexões sobre como os anseios fictícios do Museu em relação a esses escultores foram fundamentais para compreender as constantes tensões e dificuldades em enquadrar em seu espaço não apenas esses próprios homens, mas também as suas produções.
id USP-37_a99d05738a6700f62066ae6a97e44ec8
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/139692
network_acronym_str USP-37
network_name_str Anais do Museu Paulista (Online)
repository_id_str
spelling As esculturas cokwe como respostas às assimetrias civilizacionaisColonialismCompanhia de Diamantes de AngolaDundo MuseumCokweSculptureColonialismoCompanhia de Diamantes de AngolaMuseu do DundoCokweEscultura Fundada em 1917, a Companhia de Diamantes de Angola (Diamang) ocupava uma vasta região da Lunda Norte e Lunda Sul. Além das ações voltadas para a exploração de diamantes, essa empresa concessionária constituiu em 1936 o Museu do Dundo, um espaço destinado a colecionar objetos relacionados, sobretudo, aos povos que habitavam a sua área de atuação. Os objetivos cada vez mais ambiciosos e o receio da extinção de uma arte reminiscente do “tempo tribal” levaram o Museu do Dundo a organizar não apenas expedições de recolhas de objetos, mas também a contratar e manter “protegidos” em seus domínios escultores de madeira e de marfim a fim de evitar que as transformações ocasionadas pela situação colonial influenciassem os trabalhos desses homens. Este artigo tem como objetivo apresentar algumas reflexões sobre como os anseios fictícios do Museu em relação a esses escultores foram fundamentais para compreender as constantes tensões e dificuldades em enquadrar em seu espaço não apenas esses próprios homens, mas também as suas produções. The Companhia de Diamantes de Angola (Diamang) was founded in 1917 and occupied a vast region of Lunda’s north and south areas. Aside from the activities around diamond mining this concessionary company also created a museum in 1936. The Museu do Dundo (Dundo Museum) was a space dedicated to collect objects related to the inhabitants who lived in the area exploited by the company. The increasingly ambitious objectives of the Museum and the concern regarding the disappearance of a reminiscent art from “tribal times” resulted not only in the organization of collecting expeditions but also in the recruitment and “protection” of wood and ivory sculptors inside the company’s domains to avoid that their work were influenced by changes caused by the colonialism. The main objective of this paper is to present some considerations regarding how the museum’s fictitious expectations regarding these sculptors were crucial to understand the continuous tensions and difficulties faced to accommodate not only these men but also their work in its space.Universidade de São Paulo. Museu Paulista2017-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/13969210.1590/1982-02672017v25n2d05Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material; v. 25 n. 2 (2017); 117-1391982-02670101-4714reponame:Anais do Museu Paulista (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/139692/134973Copyright (c) 2018 Anais do Museu Paulista: História e Cultura Materialinfo:eu-repo/semantics/openAccessBevilacqua, Juliana Ribeiro da Silva2018-01-17T13:15:40Zoai:revistas.usp.br:article/139692Revistahttp://anais.mp.usp.br/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||anaismp@usp.br1982-02670101-4714opendoar:2018-01-17T13:15:40Anais do Museu Paulista (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv As esculturas cokwe como respostas às assimetrias civilizacionais
title As esculturas cokwe como respostas às assimetrias civilizacionais
spellingShingle As esculturas cokwe como respostas às assimetrias civilizacionais
Bevilacqua, Juliana Ribeiro da Silva
Colonialism
Companhia de Diamantes de Angola
Dundo Museum
Cokwe
Sculpture
Colonialismo
Companhia de Diamantes de Angola
Museu do Dundo
Cokwe
Escultura
title_short As esculturas cokwe como respostas às assimetrias civilizacionais
title_full As esculturas cokwe como respostas às assimetrias civilizacionais
title_fullStr As esculturas cokwe como respostas às assimetrias civilizacionais
title_full_unstemmed As esculturas cokwe como respostas às assimetrias civilizacionais
title_sort As esculturas cokwe como respostas às assimetrias civilizacionais
author Bevilacqua, Juliana Ribeiro da Silva
author_facet Bevilacqua, Juliana Ribeiro da Silva
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Bevilacqua, Juliana Ribeiro da Silva
dc.subject.por.fl_str_mv Colonialism
Companhia de Diamantes de Angola
Dundo Museum
Cokwe
Sculpture
Colonialismo
Companhia de Diamantes de Angola
Museu do Dundo
Cokwe
Escultura
topic Colonialism
Companhia de Diamantes de Angola
Dundo Museum
Cokwe
Sculpture
Colonialismo
Companhia de Diamantes de Angola
Museu do Dundo
Cokwe
Escultura
description Fundada em 1917, a Companhia de Diamantes de Angola (Diamang) ocupava uma vasta região da Lunda Norte e Lunda Sul. Além das ações voltadas para a exploração de diamantes, essa empresa concessionária constituiu em 1936 o Museu do Dundo, um espaço destinado a colecionar objetos relacionados, sobretudo, aos povos que habitavam a sua área de atuação. Os objetivos cada vez mais ambiciosos e o receio da extinção de uma arte reminiscente do “tempo tribal” levaram o Museu do Dundo a organizar não apenas expedições de recolhas de objetos, mas também a contratar e manter “protegidos” em seus domínios escultores de madeira e de marfim a fim de evitar que as transformações ocasionadas pela situação colonial influenciassem os trabalhos desses homens. Este artigo tem como objetivo apresentar algumas reflexões sobre como os anseios fictícios do Museu em relação a esses escultores foram fundamentais para compreender as constantes tensões e dificuldades em enquadrar em seu espaço não apenas esses próprios homens, mas também as suas produções.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-08-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/139692
10.1590/1982-02672017v25n2d05
url https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/139692
identifier_str_mv 10.1590/1982-02672017v25n2d05
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/139692/134973
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2018 Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2018 Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Museu Paulista
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Museu Paulista
dc.source.none.fl_str_mv Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material; v. 25 n. 2 (2017); 117-139
1982-0267
0101-4714
reponame:Anais do Museu Paulista (Online)
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Anais do Museu Paulista (Online)
collection Anais do Museu Paulista (Online)
repository.name.fl_str_mv Anais do Museu Paulista (Online) - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv ||anaismp@usp.br
_version_ 1800222816680804352