As capitanias hereditárias no mapa de Luís Teixeira
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anais do Museu Paulista (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/109632 |
Resumo: | Partindo do conhecido mapa de Luís Teixeira, apresenta-se a evolução das capitanias hereditárias nos primeiros 50 anos. Constatou-se que esse mapa, apesar de seu valor histórico e cartográfico, possui diversos equívocos e inconsistências. Há enganos com relação às linhas divisórias, aos donatários e aos acontecimentos. Do ponto de vista cartográfico, como outros mapas da época, ele é suficientemente acurado em latitude, mas pouco em longitude. Com relação à datação, feita principalmente examinando-se os nomes dos donatários, pode-se dizer que coexistem dados de diferentes épocas, e a melhor explicação é de que o autor coletou dados numa época (1574) e depois atualizou algumas informações (1586), mas não todas. Para examinar essa questão, foi feita uma breve análise das vicissitudes desses territórios, cujas informações se encontram dispersas. Isso permitiu retificar alguns conhecimentos, como, por exemplo, o fato de a Capitania da Bahia, nos primeiros anos, ser formada unicamente pela cidade de Salvador, e que a categorização em vilas ou cidades não se dá pelo maior ou menor tamanho ou importância, mas pelo fato de serem criadas ou pelo donatário ou pela coroa. Esses enganos talvez possam ser explicados pelo caráter do mapa, comparável a alguns "roteiros" da época, e podem mostrar de forma concreta uma interessante lição já conhecida teoricamente: um mapa, por mais belo e histórico que seja, e por mais louvado que tenha sido, não pode ser considerado simploriamente como um retrato fiel da realidade, uma fotografia da época: como qualquer documento histórico, deve ser lido com cuidado e sentido crítico. |
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As capitanias hereditárias no mapa de Luís TeixeiraThe Hereditary Captaincies in the Map of Luis TeixeiraPartindo do conhecido mapa de Luís Teixeira, apresenta-se a evolução das capitanias hereditárias nos primeiros 50 anos. Constatou-se que esse mapa, apesar de seu valor histórico e cartográfico, possui diversos equívocos e inconsistências. Há enganos com relação às linhas divisórias, aos donatários e aos acontecimentos. Do ponto de vista cartográfico, como outros mapas da época, ele é suficientemente acurado em latitude, mas pouco em longitude. Com relação à datação, feita principalmente examinando-se os nomes dos donatários, pode-se dizer que coexistem dados de diferentes épocas, e a melhor explicação é de que o autor coletou dados numa época (1574) e depois atualizou algumas informações (1586), mas não todas. Para examinar essa questão, foi feita uma breve análise das vicissitudes desses territórios, cujas informações se encontram dispersas. Isso permitiu retificar alguns conhecimentos, como, por exemplo, o fato de a Capitania da Bahia, nos primeiros anos, ser formada unicamente pela cidade de Salvador, e que a categorização em vilas ou cidades não se dá pelo maior ou menor tamanho ou importância, mas pelo fato de serem criadas ou pelo donatário ou pela coroa. Esses enganos talvez possam ser explicados pelo caráter do mapa, comparável a alguns "roteiros" da época, e podem mostrar de forma concreta uma interessante lição já conhecida teoricamente: um mapa, por mais belo e histórico que seja, e por mais louvado que tenha sido, não pode ser considerado simploriamente como um retrato fiel da realidade, uma fotografia da época: como qualquer documento histórico, deve ser lido com cuidado e sentido crítico.By means of the known map of Luís Teixeira, we analyze the evolution of the hereditary captaincies in their first 50 years. It was found that this map, despite its historical and cartographic value, has several mistakes and inconsistencies. There are errors with regard to the border lines, donatories and historical events. From the cartographic point of view, as other maps of the time, it is quite accurate in latitude but not in longitude. With regard to the dating, task made mainly by the examination of the names of the donatories, it can be said that coexist data from different times and the best explanation for this is that the author collected the most data in 1574 and then updated some information in 1586, but not all. To examine this question, we made an analysis of the evolution of these territories, whose information are dispersed. And this propitiated rectify some knowledge; by example the fact that the Bahia captaincy, in the first years, be constituted only by the city of Salvador; and about the categorization of village or cities, that is not made in the base of the greater or lesser size or importance, but by the fact of be created by the donatory or by the crown. These mistakes may perhaps be explained by the character of the map, similar to some roteiros of the time, and show in a practical way an interesting lesson, yet known theoretically: a map, no matter how beautiful and how historical it is, it can not be considered as an accurate portrayal of the reality or as a photography of the time: as any historical document, should be read carefully and with critical sense.Universidade de São Paulo. Museu Paulista2015-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/10963210.1590/1982-02672015v23n0201Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material; v. 23 n. 2 (2015); 11-421982-02670101-4714reponame:Anais do Museu Paulista (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/109632/108133Copyright (c) 2018 Anais do Museu Paulista: História e Cultura Materialinfo:eu-repo/semantics/openAccessCintra, Jorge Pimentel2017-09-19T17:13:30Zoai:revistas.usp.br:article/109632Revistahttp://anais.mp.usp.br/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||anaismp@usp.br1982-02670101-4714opendoar:2017-09-19T17:13:30Anais do Museu Paulista (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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