Levar a justiça e a cruz aos sertões: os movimentos de ocupação dos sertões do Rio Grande e a formação da freguesia de N. Sra. da Conceição do Bom Sucesso do Rio Pardo na segunda metade do século XVIII

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Rafael Augusto Silva
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Pereira, Renata Baesso
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anais do Museu Paulista (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/172533
Resumo: No processo de ocupação da hinterlândia da América portuguesa, os sertões do Rio Grande – localizados entre as capitanias de São Paulo e Minas Gerais e que têm como um de seus limites o curso d’água que lhes empresta o nome – foram redefinidos durante o século XVIII como espaço de disputas entre os governos civis e eclesiásticos de São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Este trabalho pretende demonstrar o processo de constituição da rede urbana no território em disputa, onde os núcleos urbanos fundados nos interstícios das capitanias também foram instrumentos para consolidação do território e dos interesses geopolíticos lusos em contraposição aos espanhóis. A rede urbana nesse território é marcada pela presença de quilombos, pelos mecanismos do fisco do ouro e do controle dos caminhos, por meio dos registros, e pela forte presença da Igreja Católica como instrumento de ocupação dos sertões, por intermédio da ereção de capelas e da elevação de freguesias. Nesse contexto, destacamos algumas ações que visavam garantir a posse desse território, além da fundação da freguesia de N. Sra. da Conceição do Bom Sucesso do Rio Pardo (1775), evento importante nas disputas de fronteira e no povoamento desses sertões. Metodologicamente, este trabalho insere-se no campo disciplinar da história da urbanização e mobiliza uma variação de escalas geográficas. As fontes primárias incluem a cartografia histórica e cartas e ofícios dos governos civis e eclesiásticos.
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