A aventura toponímica dos sertões das capitanias do Norte e do Estado do Maranhão: paisagem, povoamento e diversidade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anais do Museu Paulista (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/172269 |
Resumo: | O artigo se propõe a reconstruir as paisagens pregressas dos sertões das capitanias do Norte e do Estado do Maranhão (capitanias do Piauí e Maranhão), entre os séculos XVI e XIX, a partir do cotejamento das toponímias relacionadas em fontes primárias cartográficas e manuscritas. Por meio dos topônimos é possível auferir e conferir que os sertões não se limitavam às imagens do vazio e da homogeneidade. Ao contrário, eles eram formados por paisagens, espaços e territórios construídos igualmente por uma sociedade diversificada de índios, africanos e europeus. Inicialmente, reflete-se sobre o papel arqueológico da toponímia no intuito de decifrar as economias ocultas nas palavras, mas que construíram os territórios dos sertões. Lança-se luz aos lugares situados em zonas de produção do “sal da terra”, uma mercadoria que conectou sobretudo os sertões do rio São Francisco com as capitanias vizinhas. A seguir, verifica-se como o léxico de origem indígena foi essencial ao povoamento e conhecimento dos sertões. Como consideração final, verifica-se a aventura toponímica inserida num jogo de escalas, tomando, no âmbito urbano, os nomes das ruas da cidade de Oeiras do Piauí como estudo de caso. O método utilizado vale-se de escalas geográficas flexíveis que celebram as vivências e paisagens desde o intraurbano até a macroescala. |
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A aventura toponímica dos sertões das capitanias do Norte e do Estado do Maranhão: paisagem, povoamento e diversidadeThe toponimyc venture from Northern “Sertões” and State of Maranhão: landscape, settlement and diversityArchaeologyLandscapePiauíSertõesSaltToponymArqueologiaPaisagemPiauíSertõesSalinasToponímiaO artigo se propõe a reconstruir as paisagens pregressas dos sertões das capitanias do Norte e do Estado do Maranhão (capitanias do Piauí e Maranhão), entre os séculos XVI e XIX, a partir do cotejamento das toponímias relacionadas em fontes primárias cartográficas e manuscritas. Por meio dos topônimos é possível auferir e conferir que os sertões não se limitavam às imagens do vazio e da homogeneidade. Ao contrário, eles eram formados por paisagens, espaços e territórios construídos igualmente por uma sociedade diversificada de índios, africanos e europeus. Inicialmente, reflete-se sobre o papel arqueológico da toponímia no intuito de decifrar as economias ocultas nas palavras, mas que construíram os territórios dos sertões. Lança-se luz aos lugares situados em zonas de produção do “sal da terra”, uma mercadoria que conectou sobretudo os sertões do rio São Francisco com as capitanias vizinhas. A seguir, verifica-se como o léxico de origem indígena foi essencial ao povoamento e conhecimento dos sertões. Como consideração final, verifica-se a aventura toponímica inserida num jogo de escalas, tomando, no âmbito urbano, os nomes das ruas da cidade de Oeiras do Piauí como estudo de caso. O método utilizado vale-se de escalas geográficas flexíveis que celebram as vivências e paisagens desde o intraurbano até a macroescala.The article proposes to reconstruct the past landscapes of the sertões of the captaincies of the north and of the state of Maranhão (captaincies of Piauí and Maranhão), between the 16th and 19th centuries, based on the comparison of the related toponymy in primary cartographic and manuscript sources. By studying the toponyms it is possible to obtain and check that the sertões were not limited to images of emptiness and homogeneity. On the contrary, they were formed by landscapes, spaces and territories built equally by a diverse society of Indians, Africans and Europeans. Initially, it reflects on the archaeological role of toponymy to decipher the economies hidden in words, but which built the territories of the sertões. Light is shed on places located in areas where the “salt of the earth” is produced, a commodity that mainly connected the sertões of the São Francisco River with the neighboring captaincies. Next, it is verified how the lexicon of indigenous origin was essential to the population and knowledge of the sertões. As a final consideration, there is the toponymic adventure inserted in a game of scales, taking, in the urban scope, the names of the streets of the city of Oeiras do Piauí as a case study. The method makes use of flexible geographical scales that celebrate experiences and landscapes from intra-urban to macro-scale.Universidade de São Paulo. Museu Paulista2021-07-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/17226910.1590/1982-02672021v29d1e20Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material; v. 29 (2021); 1-391982-02670101-4714reponame:Anais do Museu Paulista (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/172269/171824Copyright (c) 2021 Damião Esdras Araujo Arraeshttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessArraes, Damião Esdras Araujo2021-12-14T10:55:03Zoai:revistas.usp.br:article/172269Revistahttp://anais.mp.usp.br/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||anaismp@usp.br1982-02670101-4714opendoar:2021-12-14T10:55:03Anais do Museu Paulista (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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