Estudo da permanência dos enfermeiros no trabalho

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Angerami, Emília Luigia Saporiti
Data de Publicação: 2000
Outros Autores: Gomes, Daisy Leslie Steagall, Mendes, Iranilde José Messias
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/1498
Resumo: Uma das razões da carência de enfermeiros no mundo é o abandono da profissão. Poucas pesquisas tem sido realizadas para comprovar este fato. A permanência de enfermeiros no mercado de trabalho e os motivos para o seu abandono constituem os objetivos desta pesquisa. Os autores tentaram o contato com 1112 enfermeiros egressos do Curso de Enfermagem da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto ¾ USP, Brasil, formados no período de 1957 a 1990. Desses, não foram localizados 95 enfermeiros (8,54%); 1017 (91,46%) foram contatados por cartas, telefones ou entrevistas, solicitandos a responder um questionário; 808 (72,66%) responderam; 194 (17,45%) não responderam; 4 (0,36%) recusaram-se e 11 (0,99%) haviam falecidos. Os resultados mostraram que 19 (2,35%) não ingressaram no mercado de trabalho; 661 (81,81%) trabalharam na profissão; 102 (12,62%) trabalharam por um período de tempo e 26 (3,22%) estão aposentados. Alguns destes, 6 (23,08% do total dos aposentados), continuam trabalhando. Para o grupo estudado a análise mostra que a porcentagem de abandono é pequena. Outros estudos, entretanto, outros estudos deveriam ser realizados para comparação dos resultados. As razões pelas quais os enfermeiros permaneciam em exercício estão relacionados ao gostarem da profissão, embora declarem seu trabalho não ser reconhecido e mal remunerado. O abandono está relacionado a motivos pessoais e familiares. As constantes trocas de turnos, falta de motivação são outras razões apontadas para a interrupção do trabalho. Conclui-se que os enfermeiros gostam da profissão e apreciariam permanecer, entretanto, clamam por melhores condições de trabalho.
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Desses, não foram localizados 95 enfermeiros (8,54%); 1017 (91,46%) foram contatados por cartas, telefones ou entrevistas, solicitandos a responder um questionário; 808 (72,66%) responderam; 194 (17,45%) não responderam; 4 (0,36%) recusaram-se e 11 (0,99%) haviam falecidos. Os resultados mostraram que 19 (2,35%) não ingressaram no mercado de trabalho; 661 (81,81%) trabalharam na profissão; 102 (12,62%) trabalharam por um período de tempo e 26 (3,22%) estão aposentados. Alguns destes, 6 (23,08% do total dos aposentados), continuam trabalhando. Para o grupo estudado a análise mostra que a porcentagem de abandono é pequena. Outros estudos, entretanto, outros estudos deveriam ser realizados para comparação dos resultados. As razões pelas quais os enfermeiros permaneciam em exercício estão relacionados ao gostarem da profissão, embora declarem seu trabalho não ser reconhecido e mal remunerado. O abandono está relacionado a motivos pessoais e familiares. As constantes trocas de turnos, falta de motivação são outras razões apontadas para a interrupção do trabalho. Conclui-se que os enfermeiros gostam da profissão e apreciariam permanecer, entretanto, clamam por melhores condições de trabalho.The main cause for nursing shortage in the world is that nurses are withdrawing the profession. However few research has been carried out to prove this. This study investigates nurses' permanence in job and their motives for withdrawing it. Researchers tried to contact 1112 nurses who enrolled the profession after finishing the undergraduate nursing course at the University of São Paulo at Ribeirão Preto College of Nursing, Brazil, in the period from 1957 to 1990. They were not able to contact 95 nurses (8.54%) from the total. Therefore, 1017 (91.46%) were contacted by mail, telephone or interview to answer a questionnaire, 808 (72.66%) answered, 194 (17.45%) did not reply, 4 (0.36%) refused to answer and 11 (0.99%) died, generating the following data: 19 (2.35%) never worked, 661 (81.81%) are working in the profession, 102 (12.62%) worked and withdrew nursing, 26 (3.22%) retired. Considering this group, the analysis showed that the percentage who left the profession is small, nevertheless other studies are suggested in order to enable the comparison of these results. The motives for their permanence are their attachment to the profession, even though they say that their work is not recognized and they are badly paid. The reasons for withdrawing the profession are family and personal problems as well as constant changes in the schedule and general frustration. In sum, nurses love their profession and would like to continue working. Some of them are returning and asking for better conditions.Una de las razones de la falta de enfermeros en el mundo es el abandono de la profesión. Pocas investigaciones han sido realizadas para comprobar este hecho. La permanencia de enfermeros en el mercado de trabajo y los motivos para su abandono se constituyeron los objetivos de esta investigación. Los autores intentaron el contacto con 1112 enfermeros egresados del Curso de Enfermería de la Escuela de Enfermería de Ribeirão Preto ¾USP, Brasil, formados en el periodo de 1957 a 1990. De estos, no fueron localizados 95 enfermeros (8,54%); 1017 (91,46%) fueron contactados por cartas, llamadas telefónicas o entrevistas, en las cuales se les solicitó responder un cuestionario; 808 (72,66%) respondieron; 194 (17,45%) no respondieron; 4 (0,36%) se negaron a responder y 11 (0,99%) habían fallecido. Los resultados muestran que 19 (2,35%) no ingresaron en el mercado de trabajo; 661 (81,81%) trabajaron en la profesión; 102 (12,62%) trabajaron por un periodo de tiempo y 26 (3,22%) están jubilados. Algunos de estos, 6 (23,08% del total de los jubilados), continúan trabajando. Para el grupo estudiado, el análisis muestra que el porcentaje de abandono es pequeño. Otros estudios, entre tanto, deberían ser realizados para comparar los resultados. Las razones por las cuales los enfermeros permanecían en ejercicio están relacionadas con el gusto por la profesión, a pesar de que declaren que su trabajo no es reconocido y está mal remunerado. El abandono está relacionado con los motivos personales y familiares. Los constantes cambios de turno, y la falta de motivación son otras de las razones enunciadas para la interrupción del trabajo. Se concluye que a los enfermeros les gusta su profesión y aprecian el hecho de mantenerse trabajando, aun así, claman por mejores condiciones de trabajo.Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto2000-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/149810.1590/S0104-11692000000500008Revista Latino-Americana de Enfermagem; v. 8 n. 5 (2000); 52-57Revista Latino-Americana de Enfermagem; Vol. 8 Núm. 5 (2000); 52-57Revista Latino-Americana de Enfermagem; Vol. 8 No. 5 (2000); 52-571518-83450104-1169reponame:Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/1498/1537Angerami, Emília Luigia SaporitiGomes, Daisy Leslie SteagallMendes, Iranilde José Messiasinfo:eu-repo/semantics/openAccess2015-06-23T17:00:22Zoai:revistas.usp.br:article/1498Revistahttp://www.scielo.br/rlaePUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprlae@eerp.usp.br||shbcassi@eerp.usp.br1518-83450104-1169opendoar:2015-06-23T17:00:22Revista Latino-Americana de Enfermagem (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
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