Lógica do desenvolvimento do estado e lógica camponesa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1990 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Tempo Social (Online) |
DOI: | 10.1590/ts.v2i1.84788 |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/84788 |
Resumo: | Este artigo tenta estabelecer que a modernização agrícola dentro dos países do terceiro mundo acarreta enormes incompreensões sabiamente alimentadas pelas elites modernizadoras. Estas últimas justificam suas políticas e projetos de desenvolvimento agrícola por uma blea retórica sobre a situação miserável da agricultura familiar e sua sobrevivência, mas na verdade suprimem-se os trabalhadores do campo reduzidos a uma categoria residual da economia nacional. O autor propões um quadro teórico que define as lógicas antagonísticas que são a base da organização dos trabalhadores do campo tradicionais e aquela da agricultura moderna. Ele mostra que a lógica tradicional da produção da segurança de vida a nível local não pode se casar com aquela da produção de um excedente mobilizável com vistas à acumulação a nível nacional. O pão cotidiano contra a grandeza da nação, aí está resumido ao máximo o dilema que oferece aos trabalhadores do campo tradicionais o jogo da modernização agrícola. Alguns exemplos são trazidos para ilustrar esta situação. |
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Lógica do desenvolvimento do estado e lógica camponesaLogic of State development and peasant logicRural modernizationPoor rural producersRural familiesAccumulationPeasant logicRural productionState and peasantryModernização ruralProdutores rurais pobresFamílias ruraisAcumulaçãoLógica camponesaProduçãoEstado e campesinatoEste artigo tenta estabelecer que a modernização agrícola dentro dos países do terceiro mundo acarreta enormes incompreensões sabiamente alimentadas pelas elites modernizadoras. Estas últimas justificam suas políticas e projetos de desenvolvimento agrícola por uma blea retórica sobre a situação miserável da agricultura familiar e sua sobrevivência, mas na verdade suprimem-se os trabalhadores do campo reduzidos a uma categoria residual da economia nacional. O autor propões um quadro teórico que define as lógicas antagonísticas que são a base da organização dos trabalhadores do campo tradicionais e aquela da agricultura moderna. Ele mostra que a lógica tradicional da produção da segurança de vida a nível local não pode se casar com aquela da produção de um excedente mobilizável com vistas à acumulação a nível nacional. O pão cotidiano contra a grandeza da nação, aí está resumido ao máximo o dilema que oferece aos trabalhadores do campo tradicionais o jogo da modernização agrícola. Alguns exemplos são trazidos para ilustrar esta situação.This article aims at showing that agricultural modernization in Third World countries is full of misunderstandings, intellegently cultivated by the modernizing elites. These, indeed, claim to build their policies and projects on the urgent need to preserve and improve the very family agriculture which they in fact tend to jeopardize, if not destroy. The author presents a theoretical framework capable of shedding light upon the antagonistic logics opposing the organization of traditional peasantry and modern agriculture. The former´s objective of producing security at the level cannot be marched with the latter´s on of producing a surplus geared forward national accumulation. Daily bread as against nation´s greatness, such is, in a nutshell, the dilemma facing, tradicional peasantries confronted with the elites forwarding of agricultural modernity. This dilemma is illustrated with a few examples.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas1990-07-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/8478810.1590/ts.v2i1.84788Tempo Social; Vol. 2 No. 1 (1990); 75-114Tempo Social; v. 2 n. 1 (1990); 75-114Tempo Social; Vol. 2 Núm. 1 (1990); 75-1141809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/84788/87502Copyright (c) 1990 Tempo Socialhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessSchwarz, Alf2023-07-07T12:09:44Zoai:revistas.usp.br:article/84788Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-07-07T12:09:44Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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