O carcereiro de si mesmo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Campello, Ricardo Urquizas
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Tempo Social (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/161057
Resumo: O artigo analisa as conexões entre os dispositivos de monitoramento eletrônico de presos e o dispositivo carcerário, com enfoque nos impactos dos sistemas de rastreamento sobre a vida de pessoas monitoradas. O texto se baseia na análise de documentos legais, entrevistas e pesquisa de campo realizadas entre 2015 e 2018 junto a presos e presas submetidos à utilização de tornozeleiras eletrônicas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. No primeiro movimento do artigo, apresenta-se o desenvolvimento da política de monitoração no país, concomitante ao incremento da população prisional brasileira. Em seguida, são descritas algumas das interfaces estabelecidas entre a prisão e a supervisão eletrônica. Por fim, o terceiro movimento analisa as dimensões políticas dos dispositivos de monitoramento eletrônico e seus processos correspondentes de subjetivação. De maneira geral, o texto é motivado pelo interesse nas atuais transformações operadas pelo poder de punir, assim como na rearticulação das estratégias de condução das condutas mobilizadas pelas novas tecnologias de controle.
id USP-41_8b201cf2169a8ca14310284afc489d4d
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/161057
network_acronym_str USP-41
network_name_str Tempo Social (Online)
repository_id_str
spelling O carcereiro de si mesmoThe jailer of himselfMonitoramento eletrônicoPrisãoTecnologias de subjetivaçãoGovernamentabilidade neoliberalElectronic MonitoringPrisonTechnologies of the selfNeoliberal governmentalityO artigo analisa as conexões entre os dispositivos de monitoramento eletrônico de presos e o dispositivo carcerário, com enfoque nos impactos dos sistemas de rastreamento sobre a vida de pessoas monitoradas. O texto se baseia na análise de documentos legais, entrevistas e pesquisa de campo realizadas entre 2015 e 2018 junto a presos e presas submetidos à utilização de tornozeleiras eletrônicas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. No primeiro movimento do artigo, apresenta-se o desenvolvimento da política de monitoração no país, concomitante ao incremento da população prisional brasileira. Em seguida, são descritas algumas das interfaces estabelecidas entre a prisão e a supervisão eletrônica. Por fim, o terceiro movimento analisa as dimensões políticas dos dispositivos de monitoramento eletrônico e seus processos correspondentes de subjetivação. De maneira geral, o texto é motivado pelo interesse nas atuais transformações operadas pelo poder de punir, assim como na rearticulação das estratégias de condução das condutas mobilizadas pelas novas tecnologias de controle.The article analyzes the connections between electronic monitoring devices and prison, focusing on the impacts of tracking systems on the lives of monitored persons. The text is based on the analysis of legal documents, interviews and field research conducted between 2015 and 2018 with individuals submitted to electronic monitoring in the states of São Paulo and Rio de Janeiro. The first movement of the article presents the development of the electronic monitoring policy in Brazil, concomitant with the increase of the country’s prison population. Following, some of the interfaces established between prison and electronic supervision are investigated. Finally, the third movement analyzes the political dimensions of electronic monitoring and the subjectivation processes triggered by them. In general, the text is motivated by the interest on the current transformations operated by the power of punishing, as well as the re-articulation of the strategies of conducts conduction mobilized by new control technologies.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2019-12-18info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/16105710.11606/0103-2070.ts.2019.161057Tempo Social; Vol. 31 No. 3 (2019); 81-97Tempo Social; v. 31 n. 3 (2019); 81-97Tempo Social; Vol. 31 Núm. 3 (2019); 81-971809-45540103-2070reponame:Tempo Social (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ts/article/view/161057/158178Copyright (c) 2019 Tempo Socialhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCampello, Ricardo Urquizas2023-04-27T14:20:24Zoai:revistas.usp.br:article/161057Revistahttps://www.revistas.usp.br/ts/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phptemposoc@edu.usp.br1809-45540103-2070opendoar:2023-04-27T14:20:24Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv O carcereiro de si mesmo
The jailer of himself
title O carcereiro de si mesmo
spellingShingle O carcereiro de si mesmo
Campello, Ricardo Urquizas
Monitoramento eletrônico
Prisão
Tecnologias de subjetivação
Governamentabilidade neoliberal
Electronic Monitoring
Prison
Technologies of the self
Neoliberal governmentality
title_short O carcereiro de si mesmo
title_full O carcereiro de si mesmo
title_fullStr O carcereiro de si mesmo
title_full_unstemmed O carcereiro de si mesmo
title_sort O carcereiro de si mesmo
author Campello, Ricardo Urquizas
author_facet Campello, Ricardo Urquizas
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Campello, Ricardo Urquizas
dc.subject.por.fl_str_mv Monitoramento eletrônico
Prisão
Tecnologias de subjetivação
Governamentabilidade neoliberal
Electronic Monitoring
Prison
Technologies of the self
Neoliberal governmentality
topic Monitoramento eletrônico
Prisão
Tecnologias de subjetivação
Governamentabilidade neoliberal
Electronic Monitoring
Prison
Technologies of the self
Neoliberal governmentality
description O artigo analisa as conexões entre os dispositivos de monitoramento eletrônico de presos e o dispositivo carcerário, com enfoque nos impactos dos sistemas de rastreamento sobre a vida de pessoas monitoradas. O texto se baseia na análise de documentos legais, entrevistas e pesquisa de campo realizadas entre 2015 e 2018 junto a presos e presas submetidos à utilização de tornozeleiras eletrônicas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. No primeiro movimento do artigo, apresenta-se o desenvolvimento da política de monitoração no país, concomitante ao incremento da população prisional brasileira. Em seguida, são descritas algumas das interfaces estabelecidas entre a prisão e a supervisão eletrônica. Por fim, o terceiro movimento analisa as dimensões políticas dos dispositivos de monitoramento eletrônico e seus processos correspondentes de subjetivação. De maneira geral, o texto é motivado pelo interesse nas atuais transformações operadas pelo poder de punir, assim como na rearticulação das estratégias de condução das condutas mobilizadas pelas novas tecnologias de controle.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-12-18
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/161057
10.11606/0103-2070.ts.2019.161057
url https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/161057
identifier_str_mv 10.11606/0103-2070.ts.2019.161057
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/161057/158178
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2019 Tempo Social
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2019 Tempo Social
http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
dc.source.none.fl_str_mv Tempo Social; Vol. 31 No. 3 (2019); 81-97
Tempo Social; v. 31 n. 3 (2019); 81-97
Tempo Social; Vol. 31 Núm. 3 (2019); 81-97
1809-4554
0103-2070
reponame:Tempo Social (Online)
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Tempo Social (Online)
collection Tempo Social (Online)
repository.name.fl_str_mv Tempo Social (Online) - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv temposoc@edu.usp.br
_version_ 1800221916996304896