Glomevella cingulata (Stonem.) spauld. et v. schrenk. F. SP. phaseoli N.F., fase ascógena do agente causal da antracnose do feijoeiro
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Data de Publicação: | 1970 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/aesalq/article/view/38935 |
Resumo: | O presente trabalho versa sobre a obtenção da fase perfeita de Colletotriohum lindemuthianum (Sacc. et Magn.) Scrib., dirimindo duvidas quanto a sua existência, suscitada pelo primeiro relato feito por SHEAR e WOOD (1913). Após ter encontrado duas linhagens heterotálicas que formaram ascosporos em acasalamentos, os autores estudaram alguns fatores ambientais que favorecem a reprodução sexuada, chegando-se as seguintes conclusões: peritecios se formaram sobre varios meios de cultura semi-sintéticos em cuja composição entram glucose, Ca(N0(3))2.4H(2)0(, MgSO4.7H2O e KH2PO4, agar e água; a quantidade de glucose deve ser igual ou maior do que 4g/l, a de Ca(NO3)2.4H2O de 0,15 a 0,60 g/l e a relação C/N deve estar entre 29,8 a 89,6:1; a adição de vitaminas alterou levemente o nível de aproveitamento de Ca(NO3)2.4H2O, nao havendo boa produção de peritécio ao nível de 0,15 g/l mas permitindo-se ate o nível de 1 g/l, mantendo-se as relações C/N mais ou menos no mesmo nivel; a luz, nos estágios final ou inicial ou em períodos alternados acima de 8 horas, inibiu a formação de ascosporos, sendo, portanto, essencial a escuridão contínua; peritécios se formaram sob condições de pH variável de 4,0 a 6,0; peritécios ejetam ascosporos em condições de alta umidade; a temperatura em que foram obtidos os peritécios foi sempre de 209C. Do acasalamento de linhagens conidiais de C.lindemuthianum o autor obteve resultados a priori comparáveis aos de trabalhos genéticos feitos com G.cingulata, chegando-se a conclusão de que as linhagens usadas sao heterotãlicas possivelmente condicionadas por varios fatores genéticos. Isolamentos ascospóricos foram inoculados, sendo todos patogênicos ao feijoeiro, pelo menos para a variedade Michelite. Comparando morfológicamente a fase ascogena de C.lindemuthvanwn com G.cvngulata, o autor propõe o nome de Glomerelia cingulata (Stonem.) Spauld et v. Schrenk f.phaseoli n.f. |
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Glomevella cingulata (Stonem.) spauld. et v. schrenk. F. SP. phaseoli N.F., fase ascógena do agente causal da antracnose do feijoeiro O presente trabalho versa sobre a obtenção da fase perfeita de Colletotriohum lindemuthianum (Sacc. et Magn.) Scrib., dirimindo duvidas quanto a sua existência, suscitada pelo primeiro relato feito por SHEAR e WOOD (1913). Após ter encontrado duas linhagens heterotálicas que formaram ascosporos em acasalamentos, os autores estudaram alguns fatores ambientais que favorecem a reprodução sexuada, chegando-se as seguintes conclusões: peritecios se formaram sobre varios meios de cultura semi-sintéticos em cuja composição entram glucose, Ca(N0(3))2.4H(2)0(, MgSO4.7H2O e KH2PO4, agar e água; a quantidade de glucose deve ser igual ou maior do que 4g/l, a de Ca(NO3)2.4H2O de 0,15 a 0,60 g/l e a relação C/N deve estar entre 29,8 a 89,6:1; a adição de vitaminas alterou levemente o nível de aproveitamento de Ca(NO3)2.4H2O, nao havendo boa produção de peritécio ao nível de 0,15 g/l mas permitindo-se ate o nível de 1 g/l, mantendo-se as relações C/N mais ou menos no mesmo nivel; a luz, nos estágios final ou inicial ou em períodos alternados acima de 8 horas, inibiu a formação de ascosporos, sendo, portanto, essencial a escuridão contínua; peritécios se formaram sob condições de pH variável de 4,0 a 6,0; peritécios ejetam ascosporos em condições de alta umidade; a temperatura em que foram obtidos os peritécios foi sempre de 209C. Do acasalamento de linhagens conidiais de C.lindemuthianum o autor obteve resultados a priori comparáveis aos de trabalhos genéticos feitos com G.cingulata, chegando-se a conclusão de que as linhagens usadas sao heterotãlicas possivelmente condicionadas por varios fatores genéticos. Isolamentos ascospóricos foram inoculados, sendo todos patogênicos ao feijoeiro, pelo menos para a variedade Michelite. Comparando morfológicamente a fase ascogena de C.lindemuthvanwn com G.cvngulata, o autor propõe o nome de Glomerelia cingulata (Stonem.) Spauld et v. Schrenk f.phaseoli n.f. This paper deals with the perfect stage of Colletotrichum lindemuthianum (Sacc. et Magn.) Scribn. Two isolates which formed fertile perithecia when paired were used to determine some enviromental conditions favorable to sexual reproduction; perithecia were formed in a semi-synthetic medium contaniming glucose, Ca (N0(3)) 2. 4H(2)0, MgSO4. 7H(2)0, KH2PO4, agar (20g/l) and water (1 liter); the favorable quantity of glucose and Ca(NO3)2.4H2O was, respectively, 4-10 and 0,15-0,60 g/ 1, maintaining a C/N ratio between 29,8:1 and 89,6:1; when vitamins were added to the medium, the favorable quantity of Ca(NO3)2.4H(2)0 varied from 0,3 to 1,0 g/1, maintaining the quantity of glucose and the C/N ratio approximately the same; the most favorable quantity of KH2PO4 and MgSO4.7H2O, were, respectively, 0,1-0,5 and 0,5-1,0 g/1; light was inhibitory to sexual reproduction, fertile perithecia being obtained only in conditions of continuous darkness or when the periodo of light do not exceed the first 3 days of incubation; the pH range favorable to fertile perithecia formation was 4,0 to 6,0; high humidity was important for beaked perithecia formation and for ascospores ejection. In paired cultures, the conidial isolates behaved as heterothalic, fertile perithecia being formed only in determinate matings; some matings resulted in few fertile perithecia; others gave rise to perithecia with asci only, or to protoperithecia only. Morphologically the ascogenous stage of C.lindemuthia num fell into the broad description of Glomerella cingulata. Since C.lindemuthianum is pathogenic only to Phaseolus spp.it is proposed for the perfect stage the name Glomerella cingulata (Stonem.) Spauld. et v.Schrenk. f.sp.phaseoli n.f. Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz1970-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/aesalq/article/view/3893510.1590/S0071-12761970000100031Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz; v. 27 (1970); 411-437 2316-89350071-1276reponame:Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queirozinstname:Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/aesalq/article/view/38935/41819Kimati, HiroshiGalli, Ferdinandoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-08-20T12:22:07Zoai:revistas.usp.br:article/38935Revistahttps://www.revistas.usp.br/aesalq/about/contactPUBhttps://www.revistas.usp.br/aesalq/oaiscientia@esalq.usp.br0071-12760071-1276opendoar:2012-08-20T12:22:07Anais da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP)false |
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