Corrente do Brasil: estrutura térmica entre 19º e 25ºS e circulação geostrófica
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1989 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Boletim do Instituto Oceanográfico |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/biocean/article/view/6708 |
Resumo: | Para obter informações sobre a variação espacial da estrutura térmica e localizar a Corrente do Brasil, ao norte e ao sul dos bancos submarinos localizados a 20º30'S realizou-se, em abril de 1982, um levantamento oceanográfico nessa região. Dados de sensoriamento remoto foram também obtidos durante os trabalhos experimentais para um delineamento sinótico da estrutura térmica de superficie. Observou-se, ao longo da maioria das secções, um "thermostad" de 23ºC na termoclina principal. Ao longo das secções com intenso sinal baroclfnico, tal como na secção ao largo de Cabo Frio, o "thermostad" atenua-se e finalmente desaparece nas proximidades da costa, de forma semelhante ao desaparecimento da água de 18ºC na parede norte da Corrente do Golfo. A estrutura da corrente e o transporte de volume, relativos à superfície isobárica de 500 dbar, foram obtidos usando-se os dados hidrográficos e também as medidas com XBX as quais foram realizadas com espaçamentos muito menores do que o das estações hidrográficas. A comparação desses resultados, para o conjunto de observações conduzidas ao largo de Cabo Frio, indica que detalhes da corrente geostrófica não são delineados quando da utilização dos dados hidrográficos; os correspondentes valores do transporte de volume diferem em aproximadamente 17% (33 e 2,8 Sv, calculados com dados hidrográficos'e de XBX respectivamente). O balanço do transporte de volume, através de todas as secções entre 19 e 22º5, indica que a Corrente do Brasil flui através da passagem entre os bancos localizados mais próximos da costa. O transporte de volume resultante (2,9 Sv) é muito próximo do valor obtido através da secção ao largo de Cabo Frio, onde supõe-se que a extensão transversal da Corrente do Brasil foi delimitada pelo conjunto de observações. |
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Corrente do Brasil: estrutura térmica entre 19º e 25ºS e circulação geostrófica Brazil Current: thermal structure between 19º-25ºS and geostrophlc circulation Circulação da águaCorrente do BrasilEstrutura térmicaDiagramas T/SCorrentes geostróficasCabo FrioRJBancos de AbrolhosBAWater circulationBrazil CurrentThermal structureT/S diagramsGeostrophic currentsCabo FrioRJBancos de AbrolhosBA Para obter informações sobre a variação espacial da estrutura térmica e localizar a Corrente do Brasil, ao norte e ao sul dos bancos submarinos localizados a 20º30'S realizou-se, em abril de 1982, um levantamento oceanográfico nessa região. Dados de sensoriamento remoto foram também obtidos durante os trabalhos experimentais para um delineamento sinótico da estrutura térmica de superficie. Observou-se, ao longo da maioria das secções, um "thermostad" de 23ºC na termoclina principal. Ao longo das secções com intenso sinal baroclfnico, tal como na secção ao largo de Cabo Frio, o "thermostad" atenua-se e finalmente desaparece nas proximidades da costa, de forma semelhante ao desaparecimento da água de 18ºC na parede norte da Corrente do Golfo. A estrutura da corrente e o transporte de volume, relativos à superfície isobárica de 500 dbar, foram obtidos usando-se os dados hidrográficos e também as medidas com XBX as quais foram realizadas com espaçamentos muito menores do que o das estações hidrográficas. A comparação desses resultados, para o conjunto de observações conduzidas ao largo de Cabo Frio, indica que detalhes da corrente geostrófica não são delineados quando da utilização dos dados hidrográficos; os correspondentes valores do transporte de volume diferem em aproximadamente 17% (33 e 2,8 Sv, calculados com dados hidrográficos'e de XBX respectivamente). O balanço do transporte de volume, através de todas as secções entre 19 e 22º5, indica que a Corrente do Brasil flui através da passagem entre os bancos localizados mais próximos da costa. O transporte de volume resultante (2,9 Sv) é muito próximo do valor obtido através da secção ao largo de Cabo Frio, onde supõe-se que a extensão transversal da Corrente do Brasil foi delimitada pelo conjunto de observações. In April 1982, an océanographie investigation was conducted off the Brazilian coast in order to obtain the spatial characteristics of the thermal structure and to locate the Brazil Current flow both north and south of the seamount chain at 20º30'S. Dining the survey, remote sensing satellite data were also obtained on several occasions to assist in the delineation of the surface thermal structure. A 23ºC thermostad was observed along most sections. Along sections with stronger baroclinic signatures, such as the one in Cabo Frio, the thermostad seems to be pinched off somewhat similar to the pinching off the 18ºC water in the Gulf Stream North wall. The current structure and volume transports, relative to the 500 dbar isobaric surface, were calculated using both hydrographie station data and the closely spaced XBT measurements. A comparison of these results, for the data observed along the section of Cabo Frio, indicates that some details of the geostrophic currents are lost when the hydrographie data are used; the corresponding volume transports agree within 17% (33 Sv using hydrographie data against 2.8 Sv using XBT data). A volume transport budget, obtained through the transport computation along all sections between 19º and 22ºS, indicates that the Brazil Current appears to flow through the passage between the most inshore banks and not to the east. The net volume transport (2.9 Sv) is in close agreement with the Cabo Frio section volume transport, where the total flow of the Brazil Current was supposedly bracketed by the station sampling. Universidade de São Paulo. Instituto Oceanográfico1989-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/biocean/article/view/670810.1590/S1679-87591989000100004Boletim do Instituto Oceanográfico; v. 37 n. 1 (1989); 33-49 Boletim do Instituto Oceanografico; Vol. 37 No. 1 (1989); 33-49 Boletim do Instituto Oceanográfico; Vol. 37 Núm. 1 (1989); 33-49 2316-89510373-5524reponame:Boletim do Instituto Oceanográficoinstname:Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/biocean/article/view/6708/8177Signorini, Sérgio RomanoMiranda, Luiz Bruner deEvans, David LStevenson, Merritt RInostroza V, H. Minfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-02T17:21:42Zoai:revistas.usp.br:article/6708Revistahttps://www.revistas.usp.br/bioceanPUBhttps://www.revistas.usp.br/biocean/oaiamspires@usp.br0373-55240373-5524opendoar:2012-05-02T17:21:42Boletim do Instituto Oceanográfico - Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP)false |
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