Diagnóstico incorreto de erliquiose monocítica canina: por que ainda arriscamos vidas animais?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Lizandra Fernandes da
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Oliveira, Priscila Gomes de, Campos, Amanda Noeli da Silva, Silva, Vera Lúcia Dias da, Saturnino, Klaus Casaro, Braga, Ísis Assis, Aguiar, Daniel Moura de, Ramos, Dirceu Guilherme de Souza, Moreira, Cecília Nunes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/bjvras/article/view/213508
Resumo: A Erliquiose Monocítica Canina (EMC) é uma doença transmitida por carrapatos causada pela Ehrlichia canis, apresentando formas aguda, crônica ou subclínica, sem sintomatologia clínica específica. O diagnóstico da doença é baseado na associação entre achados clínicos e laboratoriais (esfregaços de sangue, técnicas moleculares e sorologia). O objetivo deste estudo foi demonstrar a ocorrência de resultados falso-positivos para Ehrlichia spp. na prática clínica veterinária. Neste contexto, 70 cães com esfregaços sanguíneos positivos, antes do tratamento, para Ehrlichia spp. submetidos ao tratamento com doxiciclina e/ou imizol foram analisados por exame hematológico, testados por reação em cadeia da polimerase (PCR) e por ensaio de imunofluorescência indireta. Não houve a detecção de amostras positivas para E. canis pela análise de PCR, enquanto as técnicas sorológicas mostraram uma frequência de 51,4% de cães com anticorpos (IgG) contra Ehrlichia spp. Houve correlação entre hiperproteinemia e títulos > 10.240. 24,3% (17/70) apresentaram alterações inespecíficas que ocorreram na EMC, como anemia, leucopenia e trombocitopenia. Os resultados indicaram que o hemograma e a análise do esfregaço sanguíneo não foram suficientes para completar o diagnóstico em cães. No entanto, resultados sorológicos positivos associados a alterações hematológicas sugestivas de erliquiose em cães podem ser erroneamente atribuídos pelo veterinário, o que pode colocar em risco a vida dos animais.
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spelling Diagnóstico incorreto de erliquiose monocítica canina: por que ainda arriscamos vidas animais?Misdiagnosis of canine monocytic ehrlichiosis: why do we still risk animal lives?DiagnosisEhrlichia canisFalse-positiveTreatmentDiagnósticoEhrlichia canisFalso-positivoTratamentoA Erliquiose Monocítica Canina (EMC) é uma doença transmitida por carrapatos causada pela Ehrlichia canis, apresentando formas aguda, crônica ou subclínica, sem sintomatologia clínica específica. O diagnóstico da doença é baseado na associação entre achados clínicos e laboratoriais (esfregaços de sangue, técnicas moleculares e sorologia). O objetivo deste estudo foi demonstrar a ocorrência de resultados falso-positivos para Ehrlichia spp. na prática clínica veterinária. Neste contexto, 70 cães com esfregaços sanguíneos positivos, antes do tratamento, para Ehrlichia spp. submetidos ao tratamento com doxiciclina e/ou imizol foram analisados por exame hematológico, testados por reação em cadeia da polimerase (PCR) e por ensaio de imunofluorescência indireta. Não houve a detecção de amostras positivas para E. canis pela análise de PCR, enquanto as técnicas sorológicas mostraram uma frequência de 51,4% de cães com anticorpos (IgG) contra Ehrlichia spp. Houve correlação entre hiperproteinemia e títulos > 10.240. 24,3% (17/70) apresentaram alterações inespecíficas que ocorreram na EMC, como anemia, leucopenia e trombocitopenia. Os resultados indicaram que o hemograma e a análise do esfregaço sanguíneo não foram suficientes para completar o diagnóstico em cães. No entanto, resultados sorológicos positivos associados a alterações hematológicas sugestivas de erliquiose em cães podem ser erroneamente atribuídos pelo veterinário, o que pode colocar em risco a vida dos animais.Canine Monocytic Ehrlichiosis (CME) is a tick-borne disease caused by Ehrlichia canis that manifests as acute, chronic, or subclinical forms without specific clinical symptoms. This disease is diagnosed using clinical and laboratory findings (blood smears, molecular techniques, and serology). This study aimed to demonstrate the occurrence of false-positive results for Ehrlichia spp. in veterinary clinical practice. Seventy dogs with positive blood smears before treatment for Ehrlichia spp. subjected to doxycycline and imidazole treatment were analyzed using hematological examination, polymerase chain reaction (PCR), and indirect immunofluorescence assay. PCR analysis identified no samples positive for E. canis according to PCR analysis, while serological techniques showed a frequency of 51.4% in dogs with antibodies (IgG) against Ehrlichia spp. There was a correlation between hyperproteinemia and titers > 10,240. Nonspecific changes occurred in 24.3% (17/70) of the patients with CME, such as anemia, leukopenia, and thrombocytopenia. The results indicated that the blood count and blood smear analysis were insufficient for diagnosis and that positive serological results associated with hematological changes suggestive of ehrlichiosis in dogs can be incorrectly assigned by a veterinarian, putting animals at risk.Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia2023-12-12info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/bjvras/article/view/21350810.11606/issn.1678-4456.bjvras.2023.213508Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science; v. 60 (2023); e213508Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science; Vol. 60 (2023); e213508Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science; V. 60 (2023); e213508Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science; Vol. 60 (2023); e2135081678-44561413-9596reponame:Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Scienceinstname:Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/bjvras/article/view/213508/200951Copyright (c) 2023 Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Sciencehttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessSilva, Lizandra Fernandes daOliveira, Priscila Gomes deCampos, Amanda Noeli da SilvaSilva, Vera Lúcia Dias daSaturnino, Klaus CasaroBraga, Ísis AssisAguiar, Daniel Moura deRamos, Dirceu Guilherme de SouzaMoreira, Cecília NunesSilva, Lizandra Fernandes daOliveira, Priscila Gomes deCampos, Amanda Noeli da SilvaSilva, Vera Lúcia Dias daSaturnino, Klaus CasaroBraga, Ísis AssisAguiar, Daniel Moura deRamos, Dirceu Guilherme de SouzaMoreira, Cecília Nunes2023-12-12T14:39:38Zoai:revistas.usp.br:article/213508Revistahttps://www.revistas.usp.br/bjvrasPUBhttps://www.revistas.usp.br/bjvras/oaibjvras@usp.br1413-95961413-9596opendoar:https://www.revistas.usp.br/bjvras/index2023-12-12T14:39:38Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP)false
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