Estudo da utilização de polissacarídeos no desenvolvimento de formulações de liberação prolongada: goma de semente de algaroba, goma xantana e quitosano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | RBCF. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rbcf/article/view/43890 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de novos sistemas de matrizes hidrofílicas através da formação de ligações cruzadas (cross-linking) entre a Goma da Semente da Algaroba (GSA), uma galactomanana que ocorre no endosperma das sementes de uma árvore nativa do Brasil, a Prosopis juliflora DC, e dois polissacarídeos bem conhecidos pela sua habilidade de retardar a liberação de fármacos, quitosano e goma xantana, visando a utilização das novas substâncias na preparação de formas orais de liberação prolongada. O estudo iniciou com a avaliação da funcionalidade GSA como matriz hidrofílica. A seguir, iniciamos o estudo do perfil de absorção de água dos polímeros envolvidos (GSA, Quitosana e goma xantana), nos seguintes meios: água, SGF e SIF. Na etapa seguinte, procuramos pelo melhor agente formador de ligação cruzada, entre os dois encontrados em literatura, glutaraldeído (GA) e hexametilenodiisocianato (HMDI). Sendo que a GA se apresentou como o melhor agente pelos resultados apresentados. O próximo passo foi a preparação e avaliação de novas matrizes hidrofílicas de GSA_Quitosana e GSA_Goma Xantana, com proporções diferentes, 1:1, 1:2 e 2:1. Finalmente, após a escolha do sistema hidrofílico que apresentou os melhores resultados, utilizando as ferramentas estatísticas, investigamos o mecanismo de controle da liberação do fármaco modelo. Por fim concluímos que a melhor combinação de polissacarídeos foi conseguida com a GSA e a goma xantana, na proporção de 1:2, utilizando solução de glutaraldeído como agente de formação de ligação cruzada. Esta nova matriz apresentou cinética de ordem zero, que é fundamental em uma substância a ser utilizada em formulações orais sólidas de liberação prolongada. |
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Estudo da utilização de polissacarídeos no desenvolvimento de formulações de liberação prolongada: goma de semente de algaroba, goma xantana e quitosanoEvaluation of new polysaccharides networks for extended-release purposes: mesquite seed gum (MSG), xanthan gum and chitosanMesquite seed gum (MSG)ChitosanXanthan gum (XG)Hydrophilic matrix (HM)Cross-linking reactionsExtended-release oral dosage formsGoma de Semente de Algaroba (GSA)QuitosanoGoma XantanaMatrizes hidrofílicasReações de ligação cruzadaFormas orais de liberação prolongadaO objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de novos sistemas de matrizes hidrofílicas através da formação de ligações cruzadas (cross-linking) entre a Goma da Semente da Algaroba (GSA), uma galactomanana que ocorre no endosperma das sementes de uma árvore nativa do Brasil, a Prosopis juliflora DC, e dois polissacarídeos bem conhecidos pela sua habilidade de retardar a liberação de fármacos, quitosano e goma xantana, visando a utilização das novas substâncias na preparação de formas orais de liberação prolongada. O estudo iniciou com a avaliação da funcionalidade GSA como matriz hidrofílica. A seguir, iniciamos o estudo do perfil de absorção de água dos polímeros envolvidos (GSA, Quitosana e goma xantana), nos seguintes meios: água, SGF e SIF. Na etapa seguinte, procuramos pelo melhor agente formador de ligação cruzada, entre os dois encontrados em literatura, glutaraldeído (GA) e hexametilenodiisocianato (HMDI). Sendo que a GA se apresentou como o melhor agente pelos resultados apresentados. O próximo passo foi a preparação e avaliação de novas matrizes hidrofílicas de GSA_Quitosana e GSA_Goma Xantana, com proporções diferentes, 1:1, 1:2 e 2:1. Finalmente, após a escolha do sistema hidrofílico que apresentou os melhores resultados, utilizando as ferramentas estatísticas, investigamos o mecanismo de controle da liberação do fármaco modelo. Por fim concluímos que a melhor combinação de polissacarídeos foi conseguida com a GSA e a goma xantana, na proporção de 1:2, utilizando solução de glutaraldeído como agente de formação de ligação cruzada. Esta nova matriz apresentou cinética de ordem zero, que é fundamental em uma substância a ser utilizada em formulações orais sólidas de liberação prolongada.The aim of this work was to design new hydrophilic matrix (HM) systems by cross-linking Mesquite Seed Gum (MSG), a galactomannan that occurs in the endosperm layer of the seeds of a Brazilian tree,Prosopis juliflora DC, with two well-known polysaccharides with the ability of retarding drug release, chitosan and xanthan gum. This had in mind the idea of using these new compounds in the preparation of extended-release dosage oral forms. The first part of this study was dedicated to the evaluation of MSG in terms of its functionality as a hydrophilic matrix (HM) system for extended-release purposes. Next, we started the study of water uptake profile of all polymers of interest (MSG, Xanthan Gum and Chitosan), in the following media: water, SGF and SIF. Following, we searched for the best cross-linking agent between Glutharaldehyde (GA) and Hexamethylenediisocyanate (HMDI), which turned out to be the GA. Next step we begun to prepare new hydrophilic matrices of MSG_Chitosan and MSG_Xanthan Gum, with different ratios, 1:1, 1:2 and 2:1. Finally, after deciding which new HM system presented best results, by using statistics tools, we investigated the mechanism controlling the rate release of the model drug, from tablets made with this new matrix. As a final result we concluded that the best combination of polysaccharides was achieved with MSG and Xanthan Gum, with mass ratio of 1:2, using glutharaldehyde aqueous solution as cross-linking agent. It presented a prevalent zero order kinetics, which is a very important feature when thinking about an extended-release oral dosage.Universidade de São Paulo. Faculdade de Ciências Farmacêuticas2003-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rbcf/article/view/4389010.1590/S1516-93322003000300007Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas; v. 39 n. 3 (2003); 273-288Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas; Vol. 39 Núm. 3 (2003); 273-288Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas; Vol. 39 No. 3 (2003); 273-2881809-45621516-9332reponame:RBCF. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/rbcf/article/view/43890/47511Nogueira, Carlos César dos SantosCabral, Lúcio MendesSantos, Tereza Cristina dosMarucci, AntonioAlhaique, Francoinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-09-20T17:53:25Zoai:revistas.usp.br:article/43890Revistahttps://www.scielo.br/j/rbcf/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||bjps@usp.br1809-45621516-9332opendoar:2012-09-20T17:53:25RBCF. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento de novos sistemas de matrizes hidrofílicas através da formação de ligações cruzadas (cross-linking) entre a Goma da Semente da Algaroba (GSA), uma galactomanana que ocorre no endosperma das sementes de uma árvore nativa do Brasil, a Prosopis juliflora DC, e dois polissacarídeos bem conhecidos pela sua habilidade de retardar a liberação de fármacos, quitosano e goma xantana, visando a utilização das novas substâncias na preparação de formas orais de liberação prolongada. O estudo iniciou com a avaliação da funcionalidade GSA como matriz hidrofílica. A seguir, iniciamos o estudo do perfil de absorção de água dos polímeros envolvidos (GSA, Quitosana e goma xantana), nos seguintes meios: água, SGF e SIF. Na etapa seguinte, procuramos pelo melhor agente formador de ligação cruzada, entre os dois encontrados em literatura, glutaraldeído (GA) e hexametilenodiisocianato (HMDI). Sendo que a GA se apresentou como o melhor agente pelos resultados apresentados. O próximo passo foi a preparação e avaliação de novas matrizes hidrofílicas de GSA_Quitosana e GSA_Goma Xantana, com proporções diferentes, 1:1, 1:2 e 2:1. Finalmente, após a escolha do sistema hidrofílico que apresentou os melhores resultados, utilizando as ferramentas estatísticas, investigamos o mecanismo de controle da liberação do fármaco modelo. Por fim concluímos que a melhor combinação de polissacarídeos foi conseguida com a GSA e a goma xantana, na proporção de 1:2, utilizando solução de glutaraldeído como agente de formação de ligação cruzada. Esta nova matriz apresentou cinética de ordem zero, que é fundamental em uma substância a ser utilizada em formulações orais sólidas de liberação prolongada. |
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