Estimativa do teor de fenilalanina em sopas desidratadas instantâneas: importância do nitrogênio de origem não-protéica
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | RBCF. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rbcf/article/view/44067 |
Resumo: | A análise direta de fenilalanina (Phe) em alimentos com reduzidos teores protéicos destinados a pacientes fenilcetonúricos é difícil, demorada e de alto custo. Emprega-se, geralmente, método indireto baseado na análise do teor protéico bruto, considerando que proteínas naturais contêm ao redor de 4% de Phe. Neste trabalho estimou-se a concentração de Phe em 22 amostras de sopas desidratadas instantâneas, considerando-se os teores de N total, N protéico e não-protéico e de glutamato monossódico (GMS), que foram analisados independentemente. A concentração de proteína bruta (N total multiplicado por fator de conversão adequado) variou entre 6,1 e 21,5 g/100 g amostra, apresentando similaridade com os valores protéicos apresentados nos rótulos das sopas. Os teores protéicos reais foram reduzidos e a concentração de Phe calculada a partir desses dados variou entre 51 e 652 mg/100 g amostra. A concentração de GMS nessas amostras foi considerável, sendo que o N proveniente desse realçador de sabor contribuiu com 2,5 a 47,7% do N total. Concluiu-se que, devido à elevada participação de GMS na formulação das sopas, a estimativa de Phe deve ser precedida de extração prévia de substâncias nitrogenadas não protéicas, para evitar superestimação da proteína e, por conseqüência, dos teores de Phe. As sopas desidratadas com os menores teores de Phe podem representar uma diversificação no cardápio para fenilcetonúricos. |
id |
USP-52_d45beaef43603b8c1241247c693b4ddd |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/44067 |
network_acronym_str |
USP-52 |
network_name_str |
RBCF. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Estimativa do teor de fenilalanina em sopas desidratadas instantâneas: importância do nitrogênio de origem não-protéicaEstimation of phenylalanine (Phe) contents in dehydrated soups: significance of non-protein nitrogenFenilalaninaFenilcetonúriaNitrogênio não protéicoGlutamato monossódicoSopas desidratadasPhenylalaninePhenylketonuriaNon protein nitrogenMonosodium glutamateDehydrated soupsA análise direta de fenilalanina (Phe) em alimentos com reduzidos teores protéicos destinados a pacientes fenilcetonúricos é difícil, demorada e de alto custo. Emprega-se, geralmente, método indireto baseado na análise do teor protéico bruto, considerando que proteínas naturais contêm ao redor de 4% de Phe. Neste trabalho estimou-se a concentração de Phe em 22 amostras de sopas desidratadas instantâneas, considerando-se os teores de N total, N protéico e não-protéico e de glutamato monossódico (GMS), que foram analisados independentemente. A concentração de proteína bruta (N total multiplicado por fator de conversão adequado) variou entre 6,1 e 21,5 g/100 g amostra, apresentando similaridade com os valores protéicos apresentados nos rótulos das sopas. Os teores protéicos reais foram reduzidos e a concentração de Phe calculada a partir desses dados variou entre 51 e 652 mg/100 g amostra. A concentração de GMS nessas amostras foi considerável, sendo que o N proveniente desse realçador de sabor contribuiu com 2,5 a 47,7% do N total. Concluiu-se que, devido à elevada participação de GMS na formulação das sopas, a estimativa de Phe deve ser precedida de extração prévia de substâncias nitrogenadas não protéicas, para evitar superestimação da proteína e, por conseqüência, dos teores de Phe. As sopas desidratadas com os menores teores de Phe podem representar uma diversificação no cardápio para fenilcetonúricos.The direct analysis of phenylalanine (Phe) in food with low protein content is difficult, time consuming and expensive. In general, more convenient indirect methods based on raw protein contents have been used, considering that natural proteins contain about 4% of Phe. In this paper the Phe contents of 22 commercial dehydrated soups were estimated taking into account the contents of total N, protein N and non-protein nitrogen as well as the contents of monosodium glutamate (GMS) which were analyzed independently. The amounts of crude protein (total N multiplied by an adequate conversion factor) ranged between 6.1 and 21.5 g/100 g, showing similarity with protein values on nutritional labels. The actual protein contents were significantly lower and Phe contents from these data varied between 51 and 651 mg/100 g sample. The GMS contents showed a significant contribution representing 2.5 to 42.7% of total N. In conclusion, due to the high contents of this flavor enhancer in some formulated soups, Phe should be estimated only after a previous extraction of non-protein nitrogen in order to avoid an overestimation of protein, and as a consequence, of Phe contents. Some dehydrated soups with low Phe contents had been found, creating the possibility to include them as an additional food choice for phenylketonurics.Universidade de São Paulo. Faculdade de Ciências Farmacêuticas2005-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rbcf/article/view/4406710.1590/S1516-93322005000300010Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas; v. 41 n. 3 (2005); 365-375Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas; Vol. 41 Núm. 3 (2005); 365-375Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas; Vol. 41 No. 3 (2005); 365-3751809-45621516-9332reponame:RBCF. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/rbcf/article/view/44067/47688Guimarães, Claudia PassosLanfer-Marquez, Ursula Mariainfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-09-20T18:37:23Zoai:revistas.usp.br:article/44067Revistahttps://www.scielo.br/j/rbcf/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||bjps@usp.br1809-45621516-9332opendoar:2012-09-20T18:37:23RBCF. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Estimativa do teor de fenilalanina em sopas desidratadas instantâneas: importância do nitrogênio de origem não-protéica Estimation of phenylalanine (Phe) contents in dehydrated soups: significance of non-protein nitrogen |
title |
Estimativa do teor de fenilalanina em sopas desidratadas instantâneas: importância do nitrogênio de origem não-protéica |
spellingShingle |
Estimativa do teor de fenilalanina em sopas desidratadas instantâneas: importância do nitrogênio de origem não-protéica Guimarães, Claudia Passos Fenilalanina Fenilcetonúria Nitrogênio não protéico Glutamato monossódico Sopas desidratadas Phenylalanine Phenylketonuria Non protein nitrogen Monosodium glutamate Dehydrated soups |
title_short |
Estimativa do teor de fenilalanina em sopas desidratadas instantâneas: importância do nitrogênio de origem não-protéica |
title_full |
Estimativa do teor de fenilalanina em sopas desidratadas instantâneas: importância do nitrogênio de origem não-protéica |
title_fullStr |
Estimativa do teor de fenilalanina em sopas desidratadas instantâneas: importância do nitrogênio de origem não-protéica |
title_full_unstemmed |
Estimativa do teor de fenilalanina em sopas desidratadas instantâneas: importância do nitrogênio de origem não-protéica |
title_sort |
Estimativa do teor de fenilalanina em sopas desidratadas instantâneas: importância do nitrogênio de origem não-protéica |
author |
Guimarães, Claudia Passos |
author_facet |
Guimarães, Claudia Passos Lanfer-Marquez, Ursula Maria |
author_role |
author |
author2 |
Lanfer-Marquez, Ursula Maria |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Guimarães, Claudia Passos Lanfer-Marquez, Ursula Maria |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Fenilalanina Fenilcetonúria Nitrogênio não protéico Glutamato monossódico Sopas desidratadas Phenylalanine Phenylketonuria Non protein nitrogen Monosodium glutamate Dehydrated soups |
topic |
Fenilalanina Fenilcetonúria Nitrogênio não protéico Glutamato monossódico Sopas desidratadas Phenylalanine Phenylketonuria Non protein nitrogen Monosodium glutamate Dehydrated soups |
description |
A análise direta de fenilalanina (Phe) em alimentos com reduzidos teores protéicos destinados a pacientes fenilcetonúricos é difícil, demorada e de alto custo. Emprega-se, geralmente, método indireto baseado na análise do teor protéico bruto, considerando que proteínas naturais contêm ao redor de 4% de Phe. Neste trabalho estimou-se a concentração de Phe em 22 amostras de sopas desidratadas instantâneas, considerando-se os teores de N total, N protéico e não-protéico e de glutamato monossódico (GMS), que foram analisados independentemente. A concentração de proteína bruta (N total multiplicado por fator de conversão adequado) variou entre 6,1 e 21,5 g/100 g amostra, apresentando similaridade com os valores protéicos apresentados nos rótulos das sopas. Os teores protéicos reais foram reduzidos e a concentração de Phe calculada a partir desses dados variou entre 51 e 652 mg/100 g amostra. A concentração de GMS nessas amostras foi considerável, sendo que o N proveniente desse realçador de sabor contribuiu com 2,5 a 47,7% do N total. Concluiu-se que, devido à elevada participação de GMS na formulação das sopas, a estimativa de Phe deve ser precedida de extração prévia de substâncias nitrogenadas não protéicas, para evitar superestimação da proteína e, por conseqüência, dos teores de Phe. As sopas desidratadas com os menores teores de Phe podem representar uma diversificação no cardápio para fenilcetonúricos. |
publishDate |
2005 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2005-09-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Artigo avaliado pelos Pares |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/rbcf/article/view/44067 10.1590/S1516-93322005000300010 |
url |
https://www.revistas.usp.br/rbcf/article/view/44067 |
identifier_str_mv |
10.1590/S1516-93322005000300010 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/rbcf/article/view/44067/47688 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Ciências Farmacêuticas |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Ciências Farmacêuticas |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas; v. 41 n. 3 (2005); 365-375 Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas; Vol. 41 Núm. 3 (2005); 365-375 Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas; Vol. 41 No. 3 (2005); 365-375 1809-4562 1516-9332 reponame:RBCF. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas (Online) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
RBCF. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas (Online) |
collection |
RBCF. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
RBCF. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas (Online) - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
||bjps@usp.br |
_version_ |
1797242259592183808 |