O que se diz, o que se escreve: etnografia e trabalho de campo no sertão de Pernambuco
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/27203 |
Resumo: | A partir de certa reação negativa suscitada pela publicação de uma etnografia sobre brigas de família no sertão do Pajeú (Pernambuco), propõe-se uma abordagem da reflexividade de um trabalho antropológico, inspirada teoricamente em uma historicização do lugar do trabalho de campo e da etnografia na disciplina e empiricamente através de uma visão retrospectiva das condições específicas de realização dessa pesquisa. O mesmo caso produziu também efeitos de ordem pragmática, operando deslocamentos inesperados na relação entre pesquisadores e pesquisados, perceptíveis, por exemplo, no idioma utilizado nas trocas agonísticas de acusação e defesa, e que proporcionaram novas perspectivas com respeito às condições de sociabilidade que se diz descrever. |
id |
USP-55_091d559ba455f21f4787e46c7f6edd03 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/27203 |
network_acronym_str |
USP-55 |
network_name_str |
Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
O que se diz, o que se escreve: etnografia e trabalho de campo no sertão de Pernambuco trabalho de campoetnografiareflexividadefieldworkethnographyreflexivity A partir de certa reação negativa suscitada pela publicação de uma etnografia sobre brigas de família no sertão do Pajeú (Pernambuco), propõe-se uma abordagem da reflexividade de um trabalho antropológico, inspirada teoricamente em uma historicização do lugar do trabalho de campo e da etnografia na disciplina e empiricamente através de uma visão retrospectiva das condições específicas de realização dessa pesquisa. O mesmo caso produziu também efeitos de ordem pragmática, operando deslocamentos inesperados na relação entre pesquisadores e pesquisados, perceptíveis, por exemplo, no idioma utilizado nas trocas agonísticas de acusação e defesa, e que proporcionaram novas perspectivas com respeito às condições de sociabilidade que se diz descrever. In this paper, from certain negative reaction to the publication of an ethnography about family feuds in the hinterland of the River Pajeú (state of Pernambuco, Brazil), we propound an approach on reflexivity of the anthropological work inspired, theoretically, by the historicization of the place of fieldwork and ethnography inside the discipline and, empirically, through a retrospective sight of the specific conditions in which that research was made. The same case produced also pragmatic effects, which operated unexpected displacements in the relationship between researcher and subject of research. These displacements were perceptible, for instance, in the idiom used in the agonistic exchanges of accusation and defense; they also provided new perspectives regarding the conditions of sociability that we intended to describe. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2005-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/2720310.1590/S0034-77012005000100002Revista de Antropologia; v. 48 n. 1 (2005); 37-74Revista de Antropologia; Vol. 48 No 1 (2005); 37-74Revista de Antropologia; Vol. 48 Núm. 1 (2005); 37-74Revista de Antropologia; Vol. 48 No. 1 (2005); 37-741678-98570034-7701reponame:Revista de antropologia (São Paulo. Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ra/article/view/27203/28975Marques, Ana ClaudiaVillela, Jorge Mattarinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-07-03T04:03:33Zoai:revistas.usp.br:article/27203Revistahttp://www.revistas.usp.br/raPUBhttp://www.revistas.usp.br/ra/oairevista.antropologia.usp@gmail.com||revant@edu.usp.br1678-98570034-7701opendoar:2020-07-03T04:03:33Revista de antropologia (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
O que se diz, o que se escreve: etnografia e trabalho de campo no sertão de Pernambuco |
title |
O que se diz, o que se escreve: etnografia e trabalho de campo no sertão de Pernambuco |
spellingShingle |
O que se diz, o que se escreve: etnografia e trabalho de campo no sertão de Pernambuco Marques, Ana Claudia trabalho de campo etnografia reflexividade fieldwork ethnography reflexivity |
title_short |
O que se diz, o que se escreve: etnografia e trabalho de campo no sertão de Pernambuco |
title_full |
O que se diz, o que se escreve: etnografia e trabalho de campo no sertão de Pernambuco |
title_fullStr |
O que se diz, o que se escreve: etnografia e trabalho de campo no sertão de Pernambuco |
title_full_unstemmed |
O que se diz, o que se escreve: etnografia e trabalho de campo no sertão de Pernambuco |
title_sort |
O que se diz, o que se escreve: etnografia e trabalho de campo no sertão de Pernambuco |
author |
Marques, Ana Claudia |
author_facet |
Marques, Ana Claudia Villela, Jorge Mattar |
author_role |
author |
author2 |
Villela, Jorge Mattar |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Marques, Ana Claudia Villela, Jorge Mattar |
dc.subject.por.fl_str_mv |
trabalho de campo etnografia reflexividade fieldwork ethnography reflexivity |
topic |
trabalho de campo etnografia reflexividade fieldwork ethnography reflexivity |
description |
A partir de certa reação negativa suscitada pela publicação de uma etnografia sobre brigas de família no sertão do Pajeú (Pernambuco), propõe-se uma abordagem da reflexividade de um trabalho antropológico, inspirada teoricamente em uma historicização do lugar do trabalho de campo e da etnografia na disciplina e empiricamente através de uma visão retrospectiva das condições específicas de realização dessa pesquisa. O mesmo caso produziu também efeitos de ordem pragmática, operando deslocamentos inesperados na relação entre pesquisadores e pesquisados, perceptíveis, por exemplo, no idioma utilizado nas trocas agonísticas de acusação e defesa, e que proporcionaram novas perspectivas com respeito às condições de sociabilidade que se diz descrever. |
publishDate |
2005 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2005-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/27203 10.1590/S0034-77012005000100002 |
url |
https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/27203 |
identifier_str_mv |
10.1590/S0034-77012005000100002 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/27203/28975 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista de Antropologia; v. 48 n. 1 (2005); 37-74 Revista de Antropologia; Vol. 48 No 1 (2005); 37-74 Revista de Antropologia; Vol. 48 Núm. 1 (2005); 37-74 Revista de Antropologia; Vol. 48 No. 1 (2005); 37-74 1678-9857 0034-7701 reponame:Revista de antropologia (São Paulo. Online) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
collection |
Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Revista de antropologia (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
revista.antropologia.usp@gmail.com||revant@edu.usp.br |
_version_ |
1797242185562718208 |