O solteiro, o porco inteiro, o caçador sem caça: o “um” entre os Araweté

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caux, Camila Becattini Pereira de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de antropologia (São Paulo. Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/137316
Resumo: O artigo se dedica a descrever aspectos do universo dos jijehã – isto é, das solteiras e dos solteiros – entre os Araweté, povo habitante do médio curso do rio Xingu (PA), falante de um idioma da família linguística tupi-guarani. Em um local onde o núcleo da socialidade adulta é o casal, refletiremos em que sentido a condição de não-casado pode ser encarada como um “negativo” de tal estado. A partir de uma análise de usos coloquiais da partícula jije, exploraremos como solteiros podem ser considerados “singularidades” compostas por uma “relação de ausência” – não tendo travado uma aliança conjugal específica, podem virtualmente travar uma multiplicidade de relações. Seguiremos daí um pouco da trama relacional dos jovens, refletindo sobre a mobilidade de que são investidos.
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