Poder, história e coetaneidade: os lugares do colonialismo na antropologia sobre a África
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de antropologia (São Paulo. Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ra/article/view/89116 |
Resumo: | O presente artigo toma como base a tese clássica de Johannes Fabian sobre a política do tempo na representação antropológica tendo em vista revisar criticamente a carreira da coetaneidade na produção antropológica sobre a África. Ele parte da antropologia feita sob o colonialismo, com foco no estrutural-funcionalismo britânico, e chega à antropologia do colonialismo que desponta nos anos 90, passando pela forte disjunção temporal imposta à disciplina pelas independências africanas, que começam a florescer no final dos anos 50. Observa-se nessa trajetória um amadurecimento teórico acerca do impacto formativo duradouro do poder colonial nas sociedades africanas. Como conclusão, problematizo a prescrição de Fabian de “um encontro real com o tempo do outro” ao recorrer a debates contemporâneos sobre a condição pós-colonial em África. Destaco assim a natureza ambígua e elusiva da temporalidade subalterna e defendo a necessidade de uma abordagem mais etnograficamente atenta às vicissitudes da temporalização periférica. |
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