O" camelódromo", a cidade e os fluxos globais subalternos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP (Online) |
DOI: | 10.11606/issn.2317-2762.v0i25p232-251 |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/43618 |
Resumo: | No Brasil, um novo tipo de edifício comercial que se destaca por suas grandes dimensões, paralelo à" simplicidade" arquitetônica, chamado" camelódromo", tem se inserido de modo sistemático nas paisagens urbanas. Mas a significação de sua presença não se resume a isso. Destinado a reunir os camelôs que ocupavam, em geral, as ruas e praças centrais das cidades, o edifício, por vezes denominado shopping popular ou" paraguaiódromo", apresenta-se como uma espécie de solução adotada pelas administrações municipais para o longo e infindável conflito entre os donos dos estabelecimentos comerciais (mas não somente eles) das áreas ocupadas pelos camelôs e o próprio grupo, cada vez maior, dos juridicamente classificados como comerciantes" informais". O camelódromo, mesmo quando deslocado para regiões menos valorizadas da cidade, equivalente, em outros termos, aos shopping centers legais, produz-se como espaço costumeiro de venda de mercadorias, mas, principalmente, como lugar de contato com uma multiplicidade de fluxos (econômicos e culturais, sobretudo) os quais extrapolam a cidade, a região e o país, ao alcance das populações mais pobres, chamados aqui de fluxos globais subalternos. Este texto pretende refletir (e avaliar) sobre a categoria da informalidade no espaço urbano, a partir do fenômeno dos camelódromos, dos fluxos que eles abrigam e do lugar o qual ocupam na produção das cidades. |
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O" camelódromo", a cidade e os fluxos globais subalternosEl" ambulantódromo", la ciudad y los fluidos globales subalternosThe street vendors' location, the city and the subaltern global fluxesCamelódromocidadeinformalidadefluxos globais subalternosStreet vendorspublic marketcityinformalitythe subaltern global fluxesAmbulantódromociudadinformalidadfluidos globales subalternosNo Brasil, um novo tipo de edifício comercial que se destaca por suas grandes dimensões, paralelo à" simplicidade" arquitetônica, chamado" camelódromo", tem se inserido de modo sistemático nas paisagens urbanas. Mas a significação de sua presença não se resume a isso. Destinado a reunir os camelôs que ocupavam, em geral, as ruas e praças centrais das cidades, o edifício, por vezes denominado shopping popular ou" paraguaiódromo", apresenta-se como uma espécie de solução adotada pelas administrações municipais para o longo e infindável conflito entre os donos dos estabelecimentos comerciais (mas não somente eles) das áreas ocupadas pelos camelôs e o próprio grupo, cada vez maior, dos juridicamente classificados como comerciantes" informais". O camelódromo, mesmo quando deslocado para regiões menos valorizadas da cidade, equivalente, em outros termos, aos shopping centers legais, produz-se como espaço costumeiro de venda de mercadorias, mas, principalmente, como lugar de contato com uma multiplicidade de fluxos (econômicos e culturais, sobretudo) os quais extrapolam a cidade, a região e o país, ao alcance das populações mais pobres, chamados aqui de fluxos globais subalternos. Este texto pretende refletir (e avaliar) sobre a categoria da informalidade no espaço urbano, a partir do fenômeno dos camelódromos, dos fluxos que eles abrigam e do lugar o qual ocupam na produção das cidades.En Brasil, un nuevo tipo de edificio comercial se destaca por sus grandes dimensiones, paralelo con la simplicidad arquitectónica y llamado de ambulantódromo, ha quedado inserto de modo sistemático en los paisajes urbanos. Pero su significado no se reduce a eso. Destinado a reunir los vendedores ambulantes, que de modo general, ocupaban las calles principales y plazas céntricas de las ciudades, el edificio a veces llamado de shopping popular o paraguayódromo, se presenta como una especie de solución adoptada por las administraciones municipales frente al largo e interminable conflicto entre los dueños de establecimientos comerciales (y no exclusivamente con ellos), en las áreas ocupadas por los vendedores ambulantes y el mismo grupo cada vez mayor de los jurídicamente clasificados como comerciantes informales. El camellódromo, hasta cuando instalado en regiones menos conceptualizadas de las ciudades, que adquiere la equivalencia, en otras dimensiones, de los shopping centers legales, se reproduce como un espacio habitual de comercio de mercaderías y, sobre todo, como un espacio con múltiplos flujos, aquí denominados globales subalternos (económicos y culturales en su esencia) que ultrapasan la ciudad, la región y al país en las limitaciones de las populaciones más pobres. Este texto pretende una reflexión y evaluación sobre la categoría informal en los espacios urbanos a partir del fenómeno de los ambulantódromos, de los flujos que allí circulan y del lugar que ocupan en la construcción socio cultural de la ciudad.In Brazil, a new type of commercial building, that stands out by its big dimensions together with its architectural simplicity, called the street vendors'market has systematically been inserted in the urban scenarios. But what is most important about its strong presence is that what was once destined to be a place for all the street vendors that occupied the streets and central squares of the cities, now presents itself as a sort of solution adopted by the municipal administrations to a long and endless conflict between the owners of the commercial stores (but not only them) of the sites occupied by the vendors and the increasing group legally classified as informal trades. The street vendors'public market building, even when located in the less valued regions of the city, is not only a regular space of goods sale, but mainly as a place of contact with a multiplicity of fluxes (especially economic and cultural) that extrapolate the city, the region, and the country reaching the most poor population called here subaltern global fluxes. This text attempt to reflect on and assess the category of informality in the urban space departing from the phenomenon of public markets, the fluxes that they comprise, and the place they occupy in the production of cities.Universidade de São Paulo. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.2009-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/4361810.11606/issn.2317-2762.v0i25p232-251PosFAUUSP; n. 25 (2009); 232-251Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP; No. 25 (2009); 232-251Pós. Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP; Núm. 25 (2009); 232-2512317-27621518-9554reponame:Pós. 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O" camelódromo", a cidade e os fluxos globais subalternos O" camelódromo", a cidade e os fluxos globais subalternos Brandão, Ludmila Camelódromo cidade informalidade fluxos globais subalternos Street vendors public market city informality the subaltern global fluxes Ambulantódromo ciudad informalidad fluidos globales subalternos Brandão, Ludmila Camelódromo cidade informalidade fluxos globais subalternos Street vendors public market city informality the subaltern global fluxes Ambulantódromo ciudad informalidad fluidos globales subalternos |
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