Silêncios e vazios na poética de Tchekhov: a natureza como parte da cena em A Gaivota e imagens-poema para uma peça curta
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | RUS (São Paulo) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rus/article/view/198431 |
Resumo: | Nos contos de Tchékhov o espaço se forma desde o início da história, a paisagem fala de presenças, memórias, vazios. E a natureza aparece como personagem vívida. A conversa é feita também de silêncios e espaço. No conto “Viérotchka”, vemos uma natureza que participa na ação, sombras que se movem de um lugar para outro, nuvens, árvores, névoas. A tempestade no final do conto “O assassinato” fala de isolamento e solidão, mas também de força e vida: a natureza abre um espaço na escuridão para a conversa com o tempo, o espaço bravio. Nas peças de Tchékhov, ela também se faz presente nesse fluxo da vida no palco, as pessoas em seus silêncios, o não dito, no meio das expectativas, os objetos, os sons. Em A Gaivota, a peça dentro da peça, monólogo escrito por Treplev e interpretado por Nina em frente ao lago – há um texto sem lugar, muito próximo do nosso tempo no entanto, pois fala de vazios onde há um mundo de perdas. Silêncios que pedem uma escuta — e esta pobre lua acende a sua lanterna em vão. E a partir desses silêncios, imagens-poema para uma peça curta. |
id |
USP-59_c762e691ec4be1c47b007dc0da70c8d5 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/198431 |
network_acronym_str |
USP-59 |
network_name_str |
RUS (São Paulo) |
repository_id_str |
|
spelling |
Silêncios e vazios na poética de Tchekhov: a natureza como parte da cena em A Gaivota e imagens-poema para uma peça curtaSilences and voids in Chekhov’s poetic: nature as part of the scene in The Seagull and images-poem for a short playImagensNaturezaA gaivotaCenaProcesso criativoImagesNatureThe SeagullSceneCreative processNos contos de Tchékhov o espaço se forma desde o início da história, a paisagem fala de presenças, memórias, vazios. E a natureza aparece como personagem vívida. A conversa é feita também de silêncios e espaço. No conto “Viérotchka”, vemos uma natureza que participa na ação, sombras que se movem de um lugar para outro, nuvens, árvores, névoas. A tempestade no final do conto “O assassinato” fala de isolamento e solidão, mas também de força e vida: a natureza abre um espaço na escuridão para a conversa com o tempo, o espaço bravio. Nas peças de Tchékhov, ela também se faz presente nesse fluxo da vida no palco, as pessoas em seus silêncios, o não dito, no meio das expectativas, os objetos, os sons. Em A Gaivota, a peça dentro da peça, monólogo escrito por Treplev e interpretado por Nina em frente ao lago – há um texto sem lugar, muito próximo do nosso tempo no entanto, pois fala de vazios onde há um mundo de perdas. Silêncios que pedem uma escuta — e esta pobre lua acende a sua lanterna em vão. E a partir desses silêncios, imagens-poema para uma peça curta.In Anton Chekhov’s short stories, space is shaped as the story begins, landscape speaks of presences, memories, voids. And nature itself also appears as a vivid character. Conversation is composed of silences and space. In “Verotchka”, nature takes part in the action, shadows move from one place to another, clouds, trees, mist. The storm at the end of the short story “The murder” speaks of desolation and loneliness, but also of strength and life: out of darkness, nature opens a space, a wild space, to converse with time. And in Chekhov's plays, nature forges this flow of life on the stage, people in their silences, the unspoken, amidst the expectations, the objects, and the sounds on the stage. In The Seagull, the play within the play – the monologue written by Treplev and played by Nina in front of the lake – we encounter a text that has no place, yet still is very close to our times, for it speaks of emptiness where a world of losses can be found. Silences ask to be heard – and this poor moon lights its lantern in vain. Silences that triggered image-poems for a short play.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.2022-08-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado por paresapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rus/article/view/19843110.11606/issn.2317-4765.rus.2022.198431RUS (São Paulo); v. 13 n. 22 (2022): Tchékhov sempre: textos e contextos; 138-161RUS (Sao Paulo); Vol. 13 No. 22 (2022): Tchékhov sempre: textos e contextos; 138-161РУС (Сан-Пауло); Том 13 № 22 (2022): Tchékhov sempre: textos e contextos; 138-1612317-4765reponame:RUS (São Paulo)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/rus/article/view/198431/185616Copyright (c) 2022 Susana Fuenteshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessFuentes, SusanaFuentes, Susana2022-09-23T14:51:17Zoai:revistas.usp.br:article/198431Revistahttp://revistas.usp.br/rus/PUBhttp://www.revistas.usp.br/rus/oairus@usp.br||revistalitrus@gmail.com||2317-47652317-4765opendoar:2022-09-23T14:51:17RUS (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Silêncios e vazios na poética de Tchekhov: a natureza como parte da cena em A Gaivota e imagens-poema para uma peça curta Silences and voids in Chekhov’s poetic: nature as part of the scene in The Seagull and images-poem for a short play |
title |
Silêncios e vazios na poética de Tchekhov: a natureza como parte da cena em A Gaivota e imagens-poema para uma peça curta |
spellingShingle |
Silêncios e vazios na poética de Tchekhov: a natureza como parte da cena em A Gaivota e imagens-poema para uma peça curta Fuentes, Susana Imagens Natureza A gaivota Cena Processo criativo Images Nature The Seagull Scene Creative process |
title_short |
Silêncios e vazios na poética de Tchekhov: a natureza como parte da cena em A Gaivota e imagens-poema para uma peça curta |
title_full |
Silêncios e vazios na poética de Tchekhov: a natureza como parte da cena em A Gaivota e imagens-poema para uma peça curta |
title_fullStr |
Silêncios e vazios na poética de Tchekhov: a natureza como parte da cena em A Gaivota e imagens-poema para uma peça curta |
title_full_unstemmed |
Silêncios e vazios na poética de Tchekhov: a natureza como parte da cena em A Gaivota e imagens-poema para uma peça curta |
title_sort |
Silêncios e vazios na poética de Tchekhov: a natureza como parte da cena em A Gaivota e imagens-poema para uma peça curta |
author |
Fuentes, Susana |
author_facet |
Fuentes, Susana |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Fuentes, Susana Fuentes, Susana |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Imagens Natureza A gaivota Cena Processo criativo Images Nature The Seagull Scene Creative process |
topic |
Imagens Natureza A gaivota Cena Processo criativo Images Nature The Seagull Scene Creative process |
description |
Nos contos de Tchékhov o espaço se forma desde o início da história, a paisagem fala de presenças, memórias, vazios. E a natureza aparece como personagem vívida. A conversa é feita também de silêncios e espaço. No conto “Viérotchka”, vemos uma natureza que participa na ação, sombras que se movem de um lugar para outro, nuvens, árvores, névoas. A tempestade no final do conto “O assassinato” fala de isolamento e solidão, mas também de força e vida: a natureza abre um espaço na escuridão para a conversa com o tempo, o espaço bravio. Nas peças de Tchékhov, ela também se faz presente nesse fluxo da vida no palco, as pessoas em seus silêncios, o não dito, no meio das expectativas, os objetos, os sons. Em A Gaivota, a peça dentro da peça, monólogo escrito por Treplev e interpretado por Nina em frente ao lago – há um texto sem lugar, muito próximo do nosso tempo no entanto, pois fala de vazios onde há um mundo de perdas. Silêncios que pedem uma escuta — e esta pobre lua acende a sua lanterna em vão. E a partir desses silêncios, imagens-poema para uma peça curta. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-08-28 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Artigo avaliado por pares |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/rus/article/view/198431 10.11606/issn.2317-4765.rus.2022.198431 |
url |
https://www.revistas.usp.br/rus/article/view/198431 |
identifier_str_mv |
10.11606/issn.2317-4765.rus.2022.198431 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/rus/article/view/198431/185616 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2022 Susana Fuentes http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2022 Susana Fuentes http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0 |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. |
dc.source.none.fl_str_mv |
RUS (São Paulo); v. 13 n. 22 (2022): Tchékhov sempre: textos e contextos; 138-161 RUS (Sao Paulo); Vol. 13 No. 22 (2022): Tchékhov sempre: textos e contextos; 138-161 РУС (Сан-Пауло); Том 13 № 22 (2022): Tchékhov sempre: textos e contextos; 138-161 2317-4765 reponame:RUS (São Paulo) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
RUS (São Paulo) |
collection |
RUS (São Paulo) |
repository.name.fl_str_mv |
RUS (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
rus@usp.br||revistalitrus@gmail.com|| |
_version_ |
1809280377822380032 |