Transtorno de estresse pós-traumático em vítimas de acidentes rodoviários graves: análise de fatores preditores
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por eng |
Título da fonte: | Archives of Clinical Psychiatry |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/78774 |
Resumo: | CONTEXTO: Os acidentes rodoviários são acontecimentos potencialmente traumáticos que podem originar transtornos psicológicos, designadamente transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Os estudos são controversos quanto ao poder preditivo da dissociação peritraumática e os sintomas de transtorno de estresse agudo (TEA) para predizer TEPT, mas referem que as mulheres reportam mais sintomas de transtorno pós-exposição traumática. OBJETIVO: Analisar o contributo da dissociação peritraumática, dos sintomas de TEA e do gênero para predizer TEPT quatro meses após o acidente. MÉTODO: Cento e vinte e quatro homens e mulheres, vítimas de acidentes graves, avaliados no hospital (t1) e reavaliados quatro meses depois (t2). RESULTADOS: Entre os participantes, 64,5% apresentam TEA (t1) e 58,9%, TEPT (t2). Os sintomas de dissociação peritraumática e TEA correlacionam-se positivamente com os sintomas de TEPT. As mulheres reportam mais dissociação peritraumática, TEA e TEPT. A dissociação peritraumática, o TEA e o gênero (feminino) explicam 26,8% da variância de TEPT, sendo o contributo do gênero marginalmente significativo. CONCLUSÕES: O número de vítimas com sintomas de TEPT após acidente grave é elevado e os sintomas peritraumáticos são preditores de TEPT, sugerindo a necessidade de considerar os sintomas iniciais na prevenção de transtorno posterior. |
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Transtorno de estresse pós-traumático em vítimas de acidentes rodoviários graves: análise de fatores preditores Posttraumatic stress disorder among serious motor vehicle accident victims: analysis of predictors CONTEXTO: Os acidentes rodoviários são acontecimentos potencialmente traumáticos que podem originar transtornos psicológicos, designadamente transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Os estudos são controversos quanto ao poder preditivo da dissociação peritraumática e os sintomas de transtorno de estresse agudo (TEA) para predizer TEPT, mas referem que as mulheres reportam mais sintomas de transtorno pós-exposição traumática. OBJETIVO: Analisar o contributo da dissociação peritraumática, dos sintomas de TEA e do gênero para predizer TEPT quatro meses após o acidente. MÉTODO: Cento e vinte e quatro homens e mulheres, vítimas de acidentes graves, avaliados no hospital (t1) e reavaliados quatro meses depois (t2). RESULTADOS: Entre os participantes, 64,5% apresentam TEA (t1) e 58,9%, TEPT (t2). Os sintomas de dissociação peritraumática e TEA correlacionam-se positivamente com os sintomas de TEPT. As mulheres reportam mais dissociação peritraumática, TEA e TEPT. A dissociação peritraumática, o TEA e o gênero (feminino) explicam 26,8% da variância de TEPT, sendo o contributo do gênero marginalmente significativo. CONCLUSÕES: O número de vítimas com sintomas de TEPT após acidente grave é elevado e os sintomas peritraumáticos são preditores de TEPT, sugerindo a necessidade de considerar os sintomas iniciais na prevenção de transtorno posterior. BACKGROUND: Motor vehicle accidents (MVA) are traumatic experiences that are related to psychological disorders as posttraumatic stress disorder (PTSD). Peritraumatic dissociation and acute stress disorder (ASD) have been studied as predictors of PTSD. Studies have also found that women report more psychological symptoms after traumatic experiences than do men. OBJECTIVE: Analyze the explanatory contribution of peritraumatic dissociative experiences, ASD symptoms and gender toward the subsequent development of PTSD. METHOD: One hundred twenty-four male and female victims of serious MVA were evaluated at the hospital (t1) and four months after the MVA (t2). Participants completed a peritraumatic dissociative experiences questionnaire (PDEQ) (t1), a questionnaire used to evaluate ASD (SASRQ) (t1) and a traumatic event scale (RTES) used to evaluate PTSD (t2). RESULTS: Of the studied population, 64.5% report ASD (t1) and 58.9% report PTSD (t2). Peritraumatic dissociation and ASD symptoms are positively correlated with PTSD symptoms. Females report more peritraumatic dissociation, ASD and PTSD than do males. Peritraumatic dissociation, ASD and gender (female) explain 26.8% of the observed variance in PTSD symptoms (t2), with gender contributing only marginally to the model. DISCUSSION: A high rate of MVA victims report PTSD, and peritraumatic responses predict the subsequent development of PTSD, suggesting the need to consider these predictors in methods for the prevention of psychopathology. Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Instituto de Psiquiatria2013-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/acp/article/view/7877410.1590/S0101-60832013000600001Archives of Clinical Psychiatry; v. 40 n. 6 (2013); 211-214Archives of Clinical Psychiatry; Vol. 40 No. 6 (2013); 211-214Revista de Psiquiatria Clínica; Vol. 40 Núm. 6 (2013); 211-2141806-938X0101-6083reponame:Archives of Clinical Psychiatryinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/acp/article/view/78774/82826https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/78774/82827Pires, Tânia Sofia FernandesMaia, Ângela da Costainfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-04-03T13:26:34Zoai:revistas.usp.br:article/78774Revistahttp://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/index.htmlPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||archives@usp.br1806-938X0101-6083opendoar:2014-04-03T13:26:34Archives of Clinical Psychiatry - Universidade de São Paulo (USP)false |
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