Monitoramento da adesão ao tratamento com lítio
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Archives of Clinical Psychiatry |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17038 |
Resumo: | CONTEXTO: O lítio é utilizado como medicamento de escolha para o tratamento dos transtornos de humor bipolar. Mostra-se eficaz em reduzir as crises maníacas e depressivas do transtorno do humor bipolar, além de exercer efeito anti-suicida. No entanto, a efetividade do lítio é comprometida pela baixa adesão ao tratamento, por sua vez influenciada por características dos pacientes e pelas características farmacológicas do lítio, que dificultam seu uso. OBJETIVO: Revisar alguns aspectos farmacológicos clínicos do lítio e sua importância para a monitorização terapêutica do lítio, por meio de dosagens e de escalas de auto-relato em português para avaliar a falta de adesão ao lítio. MÉTODO: Foi realizada revisão da literatura básica e clínica sobre lítio disponível em artigos científicos em língua inglesa e portuguesa acessados pelo PUBMED e SCIELO, usando as palavras "lítio", "monitoramento", "cooperação" OU "adesão". RESULTADOS: O lítio é um fármaco de muito baixo índice terapêutico e farmacocinética muito individual, fato que justifica a necessidade de monitorização terapêutica intensiva, por meio de determinação da concentração sérica e hemática. As taxas de adesão ao lítio em pacientes brasileiros que freqüentam os ambulatórios específicos para transtornos bipolares estão entre 60 e 85%, sendo mais elevadas que a de pacientes tratados sem acompanhamento psicoeducativo (adesão em torno de 46%). Os pacientes não aderentes apresentavam um menor nível de conhecimento sobre o lítio e sobre a doença, e mais atitudes negativas dos pacientes ao uso de medicamentos, além de receio dos efeitos adversos. CONCLUSÃO: A monitorização laboratorial e por escalas auxilia na adesão ao tratamento, por auxiliar na individualização terapêutica e ajuste de doses de lítio, além de detectar as interações medicamentosas e as atitudes dos pacientes em relação a sua doença e tratamentos. |
id |
USP-5_1f9c3af3e9a9c0b853bf9c1938f4c9ac |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/17038 |
network_acronym_str |
USP-5 |
network_name_str |
Archives of Clinical Psychiatry |
repository_id_str |
|
spelling |
Monitoramento da adesão ao tratamento com lítio Monitoring the compliance to lithium treatment Cooperação do pacienteadesãocarbonato de lítioconcentração séricalítio hemáticoPatient complianceadherencelithium carbonateserum levelsred cell lithium CONTEXTO: O lítio é utilizado como medicamento de escolha para o tratamento dos transtornos de humor bipolar. Mostra-se eficaz em reduzir as crises maníacas e depressivas do transtorno do humor bipolar, além de exercer efeito anti-suicida. No entanto, a efetividade do lítio é comprometida pela baixa adesão ao tratamento, por sua vez influenciada por características dos pacientes e pelas características farmacológicas do lítio, que dificultam seu uso. OBJETIVO: Revisar alguns aspectos farmacológicos clínicos do lítio e sua importância para a monitorização terapêutica do lítio, por meio de dosagens e de escalas de auto-relato em português para avaliar a falta de adesão ao lítio. MÉTODO: Foi realizada revisão da literatura básica e clínica sobre lítio disponível em artigos científicos em língua inglesa e portuguesa acessados pelo PUBMED e SCIELO, usando as palavras "lítio", "monitoramento", "cooperação" OU "adesão". RESULTADOS: O lítio é um fármaco de muito baixo índice terapêutico e farmacocinética muito individual, fato que justifica a necessidade de monitorização terapêutica intensiva, por meio de determinação da concentração sérica e hemática. As taxas de adesão ao lítio em pacientes brasileiros que freqüentam os ambulatórios específicos para transtornos bipolares estão entre 60 e 85%, sendo mais elevadas que a de pacientes tratados sem acompanhamento psicoeducativo (adesão em torno de 46%). Os pacientes não aderentes apresentavam um menor nível de conhecimento sobre o lítio e sobre a doença, e mais atitudes negativas dos pacientes ao uso de medicamentos, além de receio dos efeitos adversos. CONCLUSÃO: A monitorização laboratorial e por escalas auxilia na adesão ao tratamento, por auxiliar na individualização terapêutica e ajuste de doses de lítio, além de detectar as interações medicamentosas e as atitudes dos pacientes em relação a sua doença e tratamentos. BACKGROUND: Lithium has been used as the treatment of choice for bipolar disorder. It is efficient in reducing depressive and maniac episodes and has an anti-suicidal effect. However, the effectiveness of lithium is decreased by low compliance to treatment, influenced by patient's characteristics and the pharmacological properties of lithium. OBJECTIVE: To review some of the clinical pharmacological aspects of lithium and its importance for the therapeutic monitoring of lithium, through concentration measurements and through translated to Portuguese self-report scales of non-compliance to lithium treatment. METHOD: Relevant basic and clinical scientific literature available in English and in Portuguese were searched in PUBMED and SCIELO with the words "lithium", "monitoring", "compliance" OR "adherence". RESULTS: Lithium is a drug with very low therapeutic index and difficult individual pharmacokinetic properties, leading to the necessity of intensive therapeutic monitoring, through lithium measurements in serum and in red blood cells. The rates of compliance to lithium prescription by Brazilian bipolar patients who attend outpatient treatment are between 60 and 85%, being higher than those of patients not receiving psychoeducational programs (compliance around 46%). The non-compliant patients present lower knowledge about lithium and their disorder and more negative attitudes toward the use of medication, besides the fear of side-effects. CONCLUSION: Biological monitoring helps in treatment adherence, through the improvement of therapeutic individualization and lithium dose adjustments, besides being helpful in the detection of drugs interactions. Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Instituto de Psiquiatria2006-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/acp/article/view/1703810.1590/S0101-60832006000500005Archives of Clinical Psychiatry; v. 33 n. 5 (2006); 249-261Archives of Clinical Psychiatry; Vol. 33 No. 5 (2006); 249-261Revista de Psiquiatria Clínica; Vol. 33 Núm. 5 (2006); 249-2611806-938X0101-6083reponame:Archives of Clinical Psychiatryinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17038/19031Rosa, Adriane RibeiroKapczinski, FlávioOliva, RenataStein, AirtonBarros, Helena Maria Tannhauserinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-09-26T16:15:03Zoai:revistas.usp.br:article/17038Revistahttp://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/index.htmlPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||archives@usp.br1806-938X0101-6083opendoar:2012-09-26T16:15:03Archives of Clinical Psychiatry - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Monitoramento da adesão ao tratamento com lítio Monitoring the compliance to lithium treatment |
title |
Monitoramento da adesão ao tratamento com lítio |
spellingShingle |
Monitoramento da adesão ao tratamento com lítio Rosa, Adriane Ribeiro Cooperação do paciente adesão carbonato de lítio concentração sérica lítio hemático Patient compliance adherence lithium carbonate serum levels red cell lithium |
title_short |
Monitoramento da adesão ao tratamento com lítio |
title_full |
Monitoramento da adesão ao tratamento com lítio |
title_fullStr |
Monitoramento da adesão ao tratamento com lítio |
title_full_unstemmed |
Monitoramento da adesão ao tratamento com lítio |
title_sort |
Monitoramento da adesão ao tratamento com lítio |
author |
Rosa, Adriane Ribeiro |
author_facet |
Rosa, Adriane Ribeiro Kapczinski, Flávio Oliva, Renata Stein, Airton Barros, Helena Maria Tannhauser |
author_role |
author |
author2 |
Kapczinski, Flávio Oliva, Renata Stein, Airton Barros, Helena Maria Tannhauser |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rosa, Adriane Ribeiro Kapczinski, Flávio Oliva, Renata Stein, Airton Barros, Helena Maria Tannhauser |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cooperação do paciente adesão carbonato de lítio concentração sérica lítio hemático Patient compliance adherence lithium carbonate serum levels red cell lithium |
topic |
Cooperação do paciente adesão carbonato de lítio concentração sérica lítio hemático Patient compliance adherence lithium carbonate serum levels red cell lithium |
description |
CONTEXTO: O lítio é utilizado como medicamento de escolha para o tratamento dos transtornos de humor bipolar. Mostra-se eficaz em reduzir as crises maníacas e depressivas do transtorno do humor bipolar, além de exercer efeito anti-suicida. No entanto, a efetividade do lítio é comprometida pela baixa adesão ao tratamento, por sua vez influenciada por características dos pacientes e pelas características farmacológicas do lítio, que dificultam seu uso. OBJETIVO: Revisar alguns aspectos farmacológicos clínicos do lítio e sua importância para a monitorização terapêutica do lítio, por meio de dosagens e de escalas de auto-relato em português para avaliar a falta de adesão ao lítio. MÉTODO: Foi realizada revisão da literatura básica e clínica sobre lítio disponível em artigos científicos em língua inglesa e portuguesa acessados pelo PUBMED e SCIELO, usando as palavras "lítio", "monitoramento", "cooperação" OU "adesão". RESULTADOS: O lítio é um fármaco de muito baixo índice terapêutico e farmacocinética muito individual, fato que justifica a necessidade de monitorização terapêutica intensiva, por meio de determinação da concentração sérica e hemática. As taxas de adesão ao lítio em pacientes brasileiros que freqüentam os ambulatórios específicos para transtornos bipolares estão entre 60 e 85%, sendo mais elevadas que a de pacientes tratados sem acompanhamento psicoeducativo (adesão em torno de 46%). Os pacientes não aderentes apresentavam um menor nível de conhecimento sobre o lítio e sobre a doença, e mais atitudes negativas dos pacientes ao uso de medicamentos, além de receio dos efeitos adversos. CONCLUSÃO: A monitorização laboratorial e por escalas auxilia na adesão ao tratamento, por auxiliar na individualização terapêutica e ajuste de doses de lítio, além de detectar as interações medicamentosas e as atitudes dos pacientes em relação a sua doença e tratamentos. |
publishDate |
2006 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2006-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17038 10.1590/S0101-60832006000500005 |
url |
https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17038 |
identifier_str_mv |
10.1590/S0101-60832006000500005 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/acp/article/view/17038/19031 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Instituto de Psiquiatria |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina. Instituto de Psiquiatria |
dc.source.none.fl_str_mv |
Archives of Clinical Psychiatry; v. 33 n. 5 (2006); 249-261 Archives of Clinical Psychiatry; Vol. 33 No. 5 (2006); 249-261 Revista de Psiquiatria Clínica; Vol. 33 Núm. 5 (2006); 249-261 1806-938X 0101-6083 reponame:Archives of Clinical Psychiatry instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Archives of Clinical Psychiatry |
collection |
Archives of Clinical Psychiatry |
repository.name.fl_str_mv |
Archives of Clinical Psychiatry - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
||archives@usp.br |
_version_ |
1800237621230698496 |