Notas da superfície da imagem: fotografia, pós-colonialismo e modernismo vernacular

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinney, Christopher
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: GIS - Gesto, Imagem e Som - Revista de Antropologia
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/gis/article/view/129731
Resumo: Christipher Pinney apresenta uma discussão sobre como tradições fotográficas locais respondem às demandas visuais da fotografia colonial. Enquanto os esquemas coloniais tentavam fixar identidades colonizadas dentro de certezas cronotrópicas, a fotografia pós-colonial procura negar isso colocando seus referentes na superfície. As identidade, nesse caso, são móveis. O autor começa com a perspectiva cartesiana da fotografia europeia, na qual o "mundo era uma pintura", refletindo sobre sua certeza temporal, espacial e racionalidade. O homem era separado da natureza e, portanto, possuía um olhar panóptico, divino, observador do mundo. Contra isto, Pinney descreve as "estratégias de superfície", perspectivas barrocas que emergem no contexto pós-colonial como, por exemplo, na fotografia indiana realizada em um estúdio fotográfico onde a utilização de uma miríade variada de cenários, reflete uma relutância em fixar corpos no tempo e no espaço evidenciando a mutabilidade do corpo no tempo e no espaço. Ao descrever a superfície impenetrável e opaca na prática fotográfica pós-colonial, ele mostra como aqueles fotografados são capazes de retribuir o olhar do espectador. Esta superfície pode assim ser lida como um local de uma "auto-montagem das identidades pós-coloniais".Tradução de: Janaína Sant'Ana de Andrade.
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