O Sistema Penitenciário Federal: sobre sujeitos, trânsitos e punição
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Plural (São Paulo. Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/plural/article/view/212620 |
Resumo: | Tomando por referência os critérios de inclusão, exclusão e temporalidades relativas à custódia de pessoas no Sistema Penitenciário Federal destacamos algumas dinâmicas institucionais, legais e relacionais importantes para a compreensão dos presídios federais no conjunto de estabelecimentos prisionais no país. As transformações sociais estabelecidas com a presença das facções criminosas no início dos anos 2000 nas prisões, somada à incidência do Governo Federal à época, impulsionaram a criação destas prisões. Nesse sentido, além de produzir sociabilidades e redes particulares, os presídios federais também fornecem um importante registro sobre as ações tomadas pelos estados da federação e da própria União quanto ao enfrentamento às facções criminosas. De modo geral, a estigmatização e o fortalecimento de políticas de confinamento mais repressivas em relação às pessoas associadas e/ou vinculados às facções criminosas são um traço comum destes espaços, bem como, exemplificam alguns dos efeitos decorrentes do investimento no Sistema Penitenciário Federal. Nossas análises são baseadas na análise qualitativa de documentos, pedidos de Lei de Acesso à Informação e entrevistas com pessoas que atuam ou atuaram junto ao Sistema Penitenciário Federal. |
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O Sistema Penitenciário Federal: sobre sujeitos, trânsitos e puniçãoFederal Penitentiary System: about subjects, passage and punishment Federal Penitentiary SystemGangs Prison PunishmentStigmaSistema Penitenciário FederalFacções criminosaspuniçãoprisãoestigmaPrisãoFacções CriminosasTomando por referência os critérios de inclusão, exclusão e temporalidades relativas à custódia de pessoas no Sistema Penitenciário Federal destacamos algumas dinâmicas institucionais, legais e relacionais importantes para a compreensão dos presídios federais no conjunto de estabelecimentos prisionais no país. As transformações sociais estabelecidas com a presença das facções criminosas no início dos anos 2000 nas prisões, somada à incidência do Governo Federal à época, impulsionaram a criação destas prisões. Nesse sentido, além de produzir sociabilidades e redes particulares, os presídios federais também fornecem um importante registro sobre as ações tomadas pelos estados da federação e da própria União quanto ao enfrentamento às facções criminosas. De modo geral, a estigmatização e o fortalecimento de políticas de confinamento mais repressivas em relação às pessoas associadas e/ou vinculados às facções criminosas são um traço comum destes espaços, bem como, exemplificam alguns dos efeitos decorrentes do investimento no Sistema Penitenciário Federal. Nossas análises são baseadas na análise qualitativa de documentos, pedidos de Lei de Acesso à Informação e entrevistas com pessoas que atuam ou atuaram junto ao Sistema Penitenciário Federal.Taking as a reference the inclusion, exclusion and temporality criteria related to the custody of people in the Federal Penitentiary System, we highlight some important institutional, legal and relational dynamics for the understanding of federal prisons in the set of prisons in the country. The social transformations established with the presence of criminal factions in prisons in the early 2000s, added to the influence of the Federal Government at the time, boosted the creation of these prisons. In this sense, in addition to producing sociability and private networks, federal prisons also provide an important record of the actions taken by the states of the federation and the Union itself regarding the confrontation with criminal factions. In general, the stigmatization and strengthening of more repressive confinement policies in relation to people associated and/or linked to criminal factions are a common feature of these spaces, as well as exemplify some of the effects resulting from the investment in the Federal Penitentiary System. Our analyzes are based on the qualitative analysis of documents, Access to Information Law requests and interviews with people who work or have worked with the Federal Penitentiary System.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2023-12-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontexto application/pdfhttps://www.revistas.usp.br/plural/article/view/21262010.11606/issn.2176-8099.pcso.2023.212620Plural; v. 30 n. 02 (2023): Afetividades Marginais, Grupos Armados e Mercados Ilegais; 251-271Plural; Vol. 30 Núm. 02 (2023): Afetividades Marginais, Grupos Armados e Mercados Ilegais; 251-271Plural; Vol. 30 No. 02 (2023): Afetividades Marginais, Grupos Armados e Mercados Ilegais; 251-2712176-80990104-6721reponame:Plural (São Paulo. Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/plural/article/view/212620/201509Copyright (c) 2023 Política de direitos compartilhadoshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessGomes, Mayara2024-01-10T16:15:59Zoai:revistas.usp.br:article/212620Revistahttp://www.revistas.usp.br/pluralPUBhttp://www.revistas.usp.br/plural/oaiplural@usp.br||2176-80992176-8099opendoar:2024-01-10T16:15:59Plural (São Paulo. Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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