A gente vive pra cuidar da população: estratégias de cuidado e sentidos para a saúde, doença e cura em terreiros de candomblé

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mota, Clarice Santos
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Trad, Leny Alves Bomfim
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Saúde e Sociedade (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/29794
Resumo: Os estudos que exploram a interface entre religião e saúde demonstram que, entre as motivações que orientam a filiação religiosa, figura de modo destacado a busca de soluções para aflições e enfermidades. A terapêutica religiosa constitui assim uma das alternativas de cura, cuja adesão por parte de seus seguidores é influenciada, entre outros fatores, por experiências individuais ou coletivas de sua eficácia e/ou pela fidelidade a uma religião que regulam a vida em geral, incluindo as condutas relativas ao cuidado com o corpo, com a saúde etc. Este estudo explora as inter-relações entre saúde, religiosidade e identidade étnica em um bairro popular de Salvador, marcado pelo pluralismo religioso. Ao investigar as narrativas de famílias afrodescendentes membros do candomblé, busca-se compreender a relação entre a cosmologia religiosa do candomblé e as concepções e práticas de saúde e doença e cuidado. Para atingir essa compreensão, é preciso também apreender modos de organização social, crenças, visão de mundo e práticas no universo do candomblé, detendo-se especialmente nos aspectos associados com o complexo saúde-doença-cuidado. Trata-se de um estudo etnográfico desenvolvido através da observação participante e de entrevistas semi-estruturadas.
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