Práticas corporais/atividades físicas demarcadas como privilégio e não escolha: análise à luz das desigualdades brasileiras
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Saúde e Sociedade (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/187290 |
Resumo: | Este artigo tem como objetivo assinalar as práticas corporais/atividades físicas como mais um privilégio no Brasil, refutando a noção de que sua prática é uma simples escolha no cuidado em saúde. Para tal, apontaremos evidências discursivas e práticas influenciadas pelas graves condições de desigualdade no país. A caixa de ferramentas utilizada reuniu as relações de saber e poder em Michel Foucault, o apelo ao ensaio a partir de Jorge Larrosa e o acúmulo teórico da Saúde Coletiva. Ao assumir que o envolvimento em práticas corporais/atividades físicas de lazer é perpassado por privilégios, colocamo-nos como defensores das políticas públicas em função do seu caráter de acesso. Há um desafio social premente, qual seja, criar condições de vida dignas, reduzir dramaticamente as desigualdades para fortalecer as ações em direção a cuidados com a saúde como direito de todas as pessoas. Conclui-se que as práticas corporais/atividades físicas são manifestações complexas e atravessadas pelas imposições de vida, em que é imperioso observar as condições e modos de viver, refutando a noção amplamente disseminada de que basta acumular minutos de atividade física para se ter saúde. |
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Práticas corporais/atividades físicas demarcadas como privilégio e não escolha: análise à luz das desigualdades brasileirasBodily practices/physical activities considered as privilege and not a choice: analysis in the light of Brazilian inequalitiesPolítica de SaúdeFatores SocioeconômicosAtividade MotoraHealth PolicySocioeconomic FactorsMotor ActivityEste artigo tem como objetivo assinalar as práticas corporais/atividades físicas como mais um privilégio no Brasil, refutando a noção de que sua prática é uma simples escolha no cuidado em saúde. Para tal, apontaremos evidências discursivas e práticas influenciadas pelas graves condições de desigualdade no país. A caixa de ferramentas utilizada reuniu as relações de saber e poder em Michel Foucault, o apelo ao ensaio a partir de Jorge Larrosa e o acúmulo teórico da Saúde Coletiva. Ao assumir que o envolvimento em práticas corporais/atividades físicas de lazer é perpassado por privilégios, colocamo-nos como defensores das políticas públicas em função do seu caráter de acesso. Há um desafio social premente, qual seja, criar condições de vida dignas, reduzir dramaticamente as desigualdades para fortalecer as ações em direção a cuidados com a saúde como direito de todas as pessoas. Conclui-se que as práticas corporais/atividades físicas são manifestações complexas e atravessadas pelas imposições de vida, em que é imperioso observar as condições e modos de viver, refutando a noção amplamente disseminada de que basta acumular minutos de atividade física para se ter saúde.Our article seeks to denounce bodily practices/ physical activities as another privilege in Brazil, refuting the hegemonic notion that physical activity practice is simply a choice in health care. To such purpose, we point out discursive evidence and practices influenced by the severe inequality conditions in the country. The toolbox used in this essay brought together Michel Foucault’s views on power relations, Jorge Larrosa’s perspective on essay writing, and the body of research of Collective Health. By assuming that privileges permeate the engagement in bodily practices/ physical activities, we place ourselves as advocates of public policies due to their access status. There is an urgent social challenge, namely, to create decent living conditions, to dramatically reduce inequalities, to strengthen actions towards health care as the right of all people. We concluded that bodily practices/physical activities are complex manifestations affected by the impositions of life. Conditions and ways of living must be observed, refuting the widely disseminated notion that it is enough to accumulate minutes of physical activity to be healthy.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2021-06-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/18729010.1590/S0104-12902021200363Saúde e Sociedade; v. 30 n. 2 (2021)Saúde e Sociedade; Vol. 30 No. 2 (2021)Saúde e Sociedade; Vol. 30 Núm. 2 (2021)1984-04700104-1290reponame:Saúde e Sociedade (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/187290/173117http://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessKnuth, Alan GAntunes, Priscilla de CesaroKnuth, Alan GAntunes, Priscilla de CesaroKnuth, Alan GAntunes, Priscilla de Cesaro2021-06-15T19:29:13Zoai:revistas.usp.br:article/187290Revistahttp://www.scielo.br/sausocPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsaudesoc@usp.br||lena@usp.br1984-04700104-1290opendoar:2021-06-15T19:29:13Saúde e Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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