“Um monte de buracos amarrados com barbantes”: o conceito de rede para os profissionais da saúde mental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por eng |
Título da fonte: | Saúde e Sociedade (Online) |
DOI: | 10.1590/s0104-12902017170298 |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/143605 |
Resumo: | Este trabalho objetivou analisar os sentidos que são atribuídos ao conceito de rede de atenção pelos profissionais de saúde e identificar como eles o transformam em trabalho vivo na produção do cuidado. A investigação foi de abordagem qualitativa, com entrevistas mediadas pelo uso de situações-problema com profissionais de diferentes níveis de atenção aos pacientes com transtorno mental. Os dados foram apreciados pela análise de conteúdo de Bardin e, da análise temática, emergiram três categorias: (1) sentidos de uma rede de cuidado - conceituação e características; (2) meios operadores para a construção de uma rede de cuidados - construção da prática; e (3) propostas para minimização das dificuldades e efetivação de uma rede de cuidados. Delas, por fim, surgiram as seguintes subcategorias: trabalho em rede; redes de apoio; conflito; continuidade do cuidado; assistência integral; cuidado compartilhado; processo de formação; espaços amplos de discussão; e organização do trabalho. Desse modo, foi possível concluir que os profissionais expressam diferentes conceitos de rede e, com isso, agem de modo singular na produção do cuidado, mesmo estando sob a mesma diretriz normativa. Foram identificadas, também, uma fragmentação do acesso e barreiras a ele, o que dificulta a trajetória do paciente pela rede assistencial. |
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“Um monte de buracos amarrados com barbantes”: o conceito de rede para os profissionais da saúde mental“Many holes tied together with ropes”: the concept of network for mental health professionalsMental HealthIntegralityNormative GuidelinesSaúde MentalIntegralidadeDiretrizes Normativas Este trabalho objetivou analisar os sentidos que são atribuídos ao conceito de rede de atenção pelos profissionais de saúde e identificar como eles o transformam em trabalho vivo na produção do cuidado. A investigação foi de abordagem qualitativa, com entrevistas mediadas pelo uso de situações-problema com profissionais de diferentes níveis de atenção aos pacientes com transtorno mental. Os dados foram apreciados pela análise de conteúdo de Bardin e, da análise temática, emergiram três categorias: (1) sentidos de uma rede de cuidado - conceituação e características; (2) meios operadores para a construção de uma rede de cuidados - construção da prática; e (3) propostas para minimização das dificuldades e efetivação de uma rede de cuidados. Delas, por fim, surgiram as seguintes subcategorias: trabalho em rede; redes de apoio; conflito; continuidade do cuidado; assistência integral; cuidado compartilhado; processo de formação; espaços amplos de discussão; e organização do trabalho. Desse modo, foi possível concluir que os profissionais expressam diferentes conceitos de rede e, com isso, agem de modo singular na produção do cuidado, mesmo estando sob a mesma diretriz normativa. Foram identificadas, também, uma fragmentação do acesso e barreiras a ele, o que dificulta a trajetória do paciente pela rede assistencial. This study aimed to analyze the meanings attributed to the concept of network of care by health professionals and identify how they change it into living work in the production of care. This study used a qualitative approach, with interviews mediated by the use of problem situations with professionals from different levels of care provided to patients with mental disorders. Data were evaluated using Bardin’s content analysis and, from the thematic analysis, three categories were defined: (1) meanings of a network of care - concept and characteristics; (2) operating means for the construction of a network of care - practice construction; and (3) proposals to minimize the challenges and consolidate a network of care. From these, the following subcategories were identified: networking; support networks; conflict; continuity of care; integral care; shared care; training process; broad discussion; and work organization. This study concluded mental health professionals express different concepts of network and, therefore, act differently when producing care, even though they observe the same normative guideline. Access fragmentation and barriers to access were also observed, which hinders the patient’s use of the network of care.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2017-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/14360510.1590/s0104-12902017170298Saúde e Sociedade; v. 26 n. 4 (2017); 904-919Saúde e Sociedade; Vol. 26 No. 4 (2017); 904-919Saúde e Sociedade; Vol. 26 Núm. 4 (2017); 904-9191984-04700104-1290reponame:Saúde e Sociedade (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/143605/138270https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/143605/138271Copyright (c) 2018 Saúde e Sociedadeinfo:eu-repo/semantics/openAccessBermudez, Karina MoraesSiqueira-Batista, Rodrigo2018-02-19T17:33:52Zoai:revistas.usp.br:article/143605Revistahttp://www.scielo.br/sausocPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsaudesoc@usp.br||lena@usp.br1984-04700104-1290opendoar:2018-02-19T17:33:52Saúde e Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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