Fake news sobre drogas: pós-verdade e desinformação
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Data de Publicação: | 2020 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng por |
Título da fonte: | Saúde e Sociedade (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/175904 |
Resumo: | O objetivo deste artigo é analisar os discursos sobre drogas em publicações da internet cujo conteúdo foi identificado como falso em plataformas de checagem de dados. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa, que seguiu procedimentos de análise do discurso. A partir de pesquisa na internet, selecionaram-se 85 notícias falsas sobre drogas. A análise indica que o tom negativo e alarmista é o mais comum. O desfecho trágico mais citado foi a morte. Outros desfechos negativos também foram lembrados, como: assalto, transformar-se em zumbi, câncer, prostituição, infecções sexualmente transmissíveis e até mesmo canibalismo. Foram identificadas três unidades de discurso: sátira sobre drogas com potencial para enganar; drogado como categoria de acusação; e epidemia das drogas ilícitas. Como pano de fundo da problematização acerca do fenômeno fake news, questionam-se concepções que advogam a impossibilidade da compreensão do real, abrindo espaço para que o conhecimento acadêmico-científico seja equiparado a convicções pessoais, reforçando subjetivismos e irracionalismos que tendem a fortalecer a recepção e a proliferação de fake news nos mais variados campos do conhecimento. |
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Fake news sobre drogas: pós-verdade e desinformaçãoFake news on drugs: post-truth and misinformationCollective HealthDrug UsersCommunication in HealthQualitative ResearchSaúde ColetivaUsuários de DrogasComunicação em SaúdePesquisa QualitativaO objetivo deste artigo é analisar os discursos sobre drogas em publicações da internet cujo conteúdo foi identificado como falso em plataformas de checagem de dados. Trata-se de estudo de abordagem qualitativa, que seguiu procedimentos de análise do discurso. A partir de pesquisa na internet, selecionaram-se 85 notícias falsas sobre drogas. A análise indica que o tom negativo e alarmista é o mais comum. O desfecho trágico mais citado foi a morte. Outros desfechos negativos também foram lembrados, como: assalto, transformar-se em zumbi, câncer, prostituição, infecções sexualmente transmissíveis e até mesmo canibalismo. Foram identificadas três unidades de discurso: sátira sobre drogas com potencial para enganar; drogado como categoria de acusação; e epidemia das drogas ilícitas. Como pano de fundo da problematização acerca do fenômeno fake news, questionam-se concepções que advogam a impossibilidade da compreensão do real, abrindo espaço para que o conhecimento acadêmico-científico seja equiparado a convicções pessoais, reforçando subjetivismos e irracionalismos que tendem a fortalecer a recepção e a proliferação de fake news nos mais variados campos do conhecimento.The aim of this article is to analyze the discourses about illicit drugs in internet publications whose content was identified as false in fact-checking platforms. This is a qualitative study based on discourse analysis procedures. From an internet search, 85 false news articles about drugs were selected. The analysis indicates that negative and alarmist approaches are the most common. The tragic outcome most frequently cited was death. Other negative outcomes were cited, such as: robberies, turning into a zombie, cancer, prostitution, sexually transmitted diseases, and even cannibalism. Three units of discourse were identified: satire about drugs with the potential to deceive; ‘drughead’ as a category of accusation; and an epidemic of illicit drug use. As a background to the problematization of the fake news phenomenon, we question conceptions that advocate the impossibility of understanding the real world and allow the academic/scientific knowledge to be equated with personal convictions, reinforcing irrational subjectivities that tend to strengthen the reception and spread of fake news in the most varied fields of knowledge.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2020-10-09info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/17590410.1590/S0104-12902020190342 Saúde e Sociedade; v. 29 n. 2 (2020); e190342Saúde e Sociedade; Vol. 29 No. 2 (2020); e190342Saúde e Sociedade; Vol. 29 Núm. 2 (2020); e1903421984-04700104-1290reponame:Saúde e Sociedade (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengporhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/175904/163732https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/175904/163733Copyright (c) 2020 Saúde e Sociedadehttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessPasquim, Heitor Oliveira, Marcos Baldini Soares, Cássia 2021-06-18T17:12:45Zoai:revistas.usp.br:article/175904Revistahttp://www.scielo.br/sausocPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsaudesoc@usp.br||lena@usp.br1984-04700104-1290opendoar:2021-06-18T17:12:45Saúde e Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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