A atuação do profissional de saúde residente em contato com a morte e o morrer
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Saúde e Sociedade (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/143609 |
Resumo: | Decorrente de um processo sócio-histórico, a morte tornou-se um tabu: há uma constrição do tema que o afasta do cotidiano e isola sua vivência. Assim, a formação dos profissionais de saúde em torno da temática é insuficiente em níveis de graduação e pós-graduação, este último na modalidade de residência em saúde, interferindo no cuidado para com pacientes em processo de morte e morrer. Este artigo visa compreender a percepção do profissional de saúde residente diante da atuação na morte e no morrer, e investigar a formação dos residentes sobre essa temática, a experiência de atuação nessas situações e o aparato teórico e técnico obtido. A pesquisa é de natureza qualitativa, fundamentada na hermenêutica fenomenológica, e seus dados foram coletados mediante entrevistas semiestruturadas com 14 médicos residentes de um hospital infantil vinculado à Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. Através das categorias de sentido encontradas, demarcou-se a carência de formação dos profissionais a respeito do tema, além dos sentimentos de despreparo, impotência e sofrimento relacionados à atuação diante da morte e do morrer. Destacou-se, ainda, a importância da interdisciplinaridade em saúde no trato com os pacientes nessa situação. Os resultados obtidos indicam o lugar dos programas de residência na tentativa de minimizar as complicações da carência da formação; apontam para a necessidade de espaços de cuidado para os profissionais; e destacam que a dimensão ética do cuidado a esses pacientes se sobrepôs às relações técnicas. |
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A atuação do profissional de saúde residente em contato com a morte e o morrerThe work of the resident health professional in contact with death and dyingProfessional HealthDeathCareProfissional de SaúdeMorteCuidado Decorrente de um processo sócio-histórico, a morte tornou-se um tabu: há uma constrição do tema que o afasta do cotidiano e isola sua vivência. Assim, a formação dos profissionais de saúde em torno da temática é insuficiente em níveis de graduação e pós-graduação, este último na modalidade de residência em saúde, interferindo no cuidado para com pacientes em processo de morte e morrer. Este artigo visa compreender a percepção do profissional de saúde residente diante da atuação na morte e no morrer, e investigar a formação dos residentes sobre essa temática, a experiência de atuação nessas situações e o aparato teórico e técnico obtido. A pesquisa é de natureza qualitativa, fundamentada na hermenêutica fenomenológica, e seus dados foram coletados mediante entrevistas semiestruturadas com 14 médicos residentes de um hospital infantil vinculado à Secretaria de Saúde do Estado do Ceará. Através das categorias de sentido encontradas, demarcou-se a carência de formação dos profissionais a respeito do tema, além dos sentimentos de despreparo, impotência e sofrimento relacionados à atuação diante da morte e do morrer. Destacou-se, ainda, a importância da interdisciplinaridade em saúde no trato com os pacientes nessa situação. Os resultados obtidos indicam o lugar dos programas de residência na tentativa de minimizar as complicações da carência da formação; apontam para a necessidade de espaços de cuidado para os profissionais; e destacam que a dimensão ética do cuidado a esses pacientes se sobrepôs às relações técnicas. Due to a social and historical process, death has become a taboo and has been treated under constraint, distant from the everyday life. Thus, the training of health professionals on this subject is insufficient at the undergraduate level and it lingers in graduate programs of medical residency, interfering in the care with patients in the process of death and dying. This research’s objective is to understand the perception of graduating medics in contact with death and dying cases and to investigate both the training that they received on this subject and the experience they have while dealing with these situations. It was applied a method of qualitative research based on phenomenological hermeneutics, and the data was collected through semi-structured interviews with 14 medical residents of a children’s hospital linked to the Ceará State Health Department. The results pointed out the lack of training of the professionals on this matter - they felt unprepared and impotent deal with death and dying, and with the importance of interdisciplinarity in dealing with patients in this context. Furthermore, it was clear the residency programs try to minimize the complications of the lack of training; the need of care spaces for professionals; and that ethical dimension of care is more important than the technical relations between doctors and dying patients.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2017-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/14360910.1590/s0104-12902017163041Saúde e Sociedade; v. 26 n. 4 (2017); 958-972Saúde e Sociedade; Vol. 26 No. 4 (2017); 958-972Saúde e Sociedade; Vol. 26 Núm. 4 (2017); 958-9721984-04700104-1290reponame:Saúde e Sociedade (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/sausoc/article/view/143609/138276Copyright (c) 2018 Saúde e Sociedadeinfo:eu-repo/semantics/openAccessLima, Maria Juliana VieiraAndrade, Noeme Moreira de2018-02-19T17:33:52Zoai:revistas.usp.br:article/143609Revistahttp://www.scielo.br/sausocPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpsaudesoc@usp.br||lena@usp.br1984-04700104-1290opendoar:2018-02-19T17:33:52Saúde e Sociedade (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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