Neuropatia periférica em pessoas com mieloma múltiplo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Moreira,Maysa Mayran Chaves
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Rodrigues,Andrea Bezerra, Oliveira,Patrícia Peres de, Aguiar,Maria Isis Freire de, Cunha,Gilmara Holanda da, Pinto,Roberta Marjorie Cunha, Fonseca,Deborah Francielle, Mata,Luciana Regina Ferreira da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Acta Paulista de Enfermagem (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002018000400439
Resumo: Resumo Objetivo Investigar a prevalência e incidência de neuropatia periférica relacionada ao tratamento com antineoplásicos de pessoas com mieloma múltiplo bem como a associação entre os esquemas quimioterápicos e a neuropatia periférica após o tratamento. Método Estudo documental, correlacional, realizado em dois locais de referência para tratamento oncológico, localizados nos estados do Ceará e Minas Gerais, com análise de pacientes atendidos entre janeiro/2013 e janeiro/2016. Os dados foram analisados utilizando-se análise descritiva e inferencial a partir dos testes qui-quadrado e exato de fisher. Resultados Foram avaliados 100 prontuários de pessoas com mieloma múltiplo com média de idade de 62,7 anos, maioria de homens (64%). O esquema quimioterápico mais utilizado (60%) foi o bortezomibe, dexametasona e ciclofosfamida; 20% dos pacientes apresentavam neuropatia periférica antes do tratamento, 68% desenvolveram durante o tratamento e 56% ao finalizar o tratamento. Não houve associação entre os esquemas quimioterápicos e a neuropatia periférica após o tratamento. Conclusão O presente estudo mostrou um aumento da incidência de NP em indivíduos em tratamento para o MM, 80% apresentaram sintomas de neuropatia antes e/ou durante e/ou após o tratamento com esquemas quimioterápicos. A predominância foi de homens idosos aposentados. O esquema quimioterápico mais utilizado foi o VDC e não foi identificada associação entre os esquemas utilizados e a NP após término o tratamento. As implicações dessas observações recaem sobre a necessidade de avaliação contínua da NP em pessoas com MM, além da monitorização rigorosa desse evento no decorrer do tratamento e após o mesmo, bem como o manejo dos eventos adversos e alterações relacionadas a doença. Não houve associação entre os esquemas quimioterápicos e a neuropatia periférica após o tratamento. Espera-se que os resultados obtidos auxiliem na organização de um registro de dados sobre NP em pacientes com câncer, com o objetivo principal de determinar alvos de intervenção, tornando o cuidado mais eficiente e integral.
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