Propagação vegetativa de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden por enxertia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Higa, Antonio Rioyei
Data de Publicação: 1979
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-151852/
Resumo: Este trabalho faz parte do programa desenvolvido pela Comissão de Propagação Vegetativa de Essências Florestais do Departamento de Silvicultura da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. O experimento foi conduzido no viveiro do Curso de Engenharia Florestal em Piracicaba (SP), visando a estudar a sobrevivência e odesenvolvimento de enxertos de Eucaliyptus grandis Hill ex Maiden em função de: a) Idade de Avaliação (30, 60 e 90 dias); b) Métodos de Enxertia (garfagem em fenda cheia e borbulhia em janela aberta); c) Epibiotos (material vegetativo de árvores selecionadas); d) Hipobiotos (progênies de polinização aberta das árvores selecionadas enxertadas); e e) Combinação relacionada (enxertia do material vegetativo em sua própria progênie) e não relacionada entre epibioto e hipobioto. O trabalho obedeceu a um delineamento estatístico de parcelas subdivididas num esquema fatorial 5 x 5 x 2 (epibiotos, hipobiotos e métodos de enxertia) distribuídas em blocos casualizados com 3 repetições. As 3 avaliações foram tomadas como sub-parcelas. As análises dos dados de sobrevivência e número de enxertos em desenvolvimento, coletados aos 30, 60 e 90 dias após a enxertia, mostraram que, para o método garfagem em fenda cheia, a avaliação realizada aos 60 dias é suficiente para expressar os resultados, o mesmo não ocorrendo para a borbulhia em janela aberta, que necessita um período maior de observação. A comparação dos resultados em função dos métodos de enxertia, no período avaliado, mostrou superioridade para o método garfagem em fenda cheia, que apresentou aos 90 dias uma sobrevivência de 38,40%, comparado com 28,80% para o método borbulhia em janela aberta. Para o número de enxertos em desenvolvimento, a diferença foi maior nessa avaliação, com 37,33% para a garfagem em fenda cheia e 10,40% para a borbulhia em janela aberta. Os resultados não diferiram em função do uso de epibiotos provenientes das 5 árvores relacionadas. O uso de famílias de hipobiatos formadas a partir de sementes de polinização aberta das 5 árvores selecionadas influiu nos resultados de sobrevivência, mostrando a possibilidade de selecionar hipobiotos especiais. A enxertia do material vegetativo sobre sua própria progênie obtida por polinização aberta não diferiu estatisticamente da enxertia entre partes não selecionadas; no entanto, deve ser salientado que esses resultados corresponderam a sobrevivência e número de enxertos em desenvolvimento no período avaliado. Em função dos resultados salienta-se a necessidade de mais estudos relacionados com a escolha de gemas a serem enxertadas em função do período do ano e ao uso de substâncias promotoras do crescimento e desenvolvimento de gemas, para enxertias através do método borbulhia em janela aberta. Além disso, recomenda-se que sejam estabelecidos os parâmetros e épocas de avaliações bem definidos, e um período maior de observação para verificar os efeitos dos tratamentos usados em relação à incompatibilidade na enxertia.
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O trabalho obedeceu a um delineamento estatístico de parcelas subdivididas num esquema fatorial 5 x 5 x 2 (epibiotos, hipobiotos e métodos de enxertia) distribuídas em blocos casualizados com 3 repetições. As 3 avaliações foram tomadas como sub-parcelas. As análises dos dados de sobrevivência e número de enxertos em desenvolvimento, coletados aos 30, 60 e 90 dias após a enxertia, mostraram que, para o método garfagem em fenda cheia, a avaliação realizada aos 60 dias é suficiente para expressar os resultados, o mesmo não ocorrendo para a borbulhia em janela aberta, que necessita um período maior de observação. A comparação dos resultados em função dos métodos de enxertia, no período avaliado, mostrou superioridade para o método garfagem em fenda cheia, que apresentou aos 90 dias uma sobrevivência de 38,40%, comparado com 28,80% para o método borbulhia em janela aberta. Para o número de enxertos em desenvolvimento, a diferença foi maior nessa avaliação, com 37,33% para a garfagem em fenda cheia e 10,40% para a borbulhia em janela aberta. Os resultados não diferiram em função do uso de epibiotos provenientes das 5 árvores relacionadas. O uso de famílias de hipobiatos formadas a partir de sementes de polinização aberta das 5 árvores selecionadas influiu nos resultados de sobrevivência, mostrando a possibilidade de selecionar hipobiotos especiais. A enxertia do material vegetativo sobre sua própria progênie obtida por polinização aberta não diferiu estatisticamente da enxertia entre partes não selecionadas; no entanto, deve ser salientado que esses resultados corresponderam a sobrevivência e número de enxertos em desenvolvimento no período avaliado. Em função dos resultados salienta-se a necessidade de mais estudos relacionados com a escolha de gemas a serem enxertadas em função do período do ano e ao uso de substâncias promotoras do crescimento e desenvolvimento de gemas, para enxertias através do método borbulhia em janela aberta. Além disso, recomenda-se que sejam estabelecidos os parâmetros e épocas de avaliações bem definidos, e um período maior de observação para verificar os efeitos dos tratamentos usados em relação à incompatibilidade na enxertia.This study is a part of the program developed by the Forest Tree Vegetative Propagation Committee of the Department of Silviculture of the Universidade de São Paulo. The experiment was conducted in the nursery at the Forestry School in Piracicaba (SP) to study the effects of different factors on the survival and development of grafts of Eucalyptus grandis Hill ex Maiden as follow: a) Ages for evaluation (30, 60 and 90 days); b) Grafting methods (top-cleft and patch grafts); c) Scions (scions from selected trees); d) Root-stocks (open pollinated progenies of the selected trees); e) Grafting on related (of scions on their progenies) and unrelated root-stocks. The experiment was laid out as split plots in a 5 x 5 x 2 factorial design (scion x root-stock x grafting method) distributed in randomized blocks with 3 replications. Three ages for evaluation were taken as sub-plots. Monthly observations for 3 consecutive months showed that if top-cleft grafting method is used, reliable results are obtained 2 months after grafting. The same was not true for patch grafting method which needed a longer period of observation. Three months after grafting, the top-cleft method showed a better result with 38,40% survival as compared to 28,80% with patch grafting method. A greater difference was observed in the number of developing grafts. With top-cleft method resulted 37,33% of grafts in development while patch graft method gave only 10,40%. There was no difference due to scions from the 5 selected trees. However, the survival differed due to root-stock families of open pollinated progenies. There was also no difference in survival and number of development grafts when the scions were grafted on either related or unrelated roots-stocks. These results suggest the need for further studies on the choice of buds for patch grafting as affected by the period of year and the use of growth promoters. lt is also recommended that well defined parameters and periods after grafting for the evaluations be stablished. Further recomendations include a longer period of observation to see effects of the treatments on the incompatibility of grafts.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFerreira, MárioHiga, Antonio Rioyei1979-09-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-151852/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-03-14T16:58:02Zoai:teses.usp.br:tde-20240301-151852Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-03-14T16:58:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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