Avaliação de resistência do milho a ferrugem causada por Puccinia polysora Underw.

• Autor(a) principal: Fantin, Gisèle Maria
• Data de Publicação: 1997
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20231122-093340/
• topic: FERRUGEM; FUNGOS FITOPATOGÊNICOS; MILHO; RESISTÊNCIA GENÉTICA VEGETAL

A resistência parcial ou “slow rusting” do milho à ferrugem causada por Puccinia polysora, responsável por um desenvolvimento mais lento de epidemias da doença no campo, foi objeto de estudo neste trabalho. Procurou-se identificar populações de milho (materiais geneticamente heterogêneos) mais resistentes à doença, para posterior uso como fontes de resistência; e trazer informações, através do estudo em linhagens e híbridos (geneticamente homogêneos), sobre a forma como a resistência se manifesta. Populações, linhagens e híbridos foram avaliados no estádio de planta jovem, em condições de casa-de-vegetação, e no estádio de planta adulta, em condições de campo. As plantas, em casa-de-vegetação, foram inoculadas ao atingirem o estádio de 3 a 4 folhas, e sob condições de campo, em estádios variáveis de urediniosporos de P. polysora no cartucho das plantas. Nas plantas jovens de populações de milho foram estudadas as variáveis: tipo de reação, tamanho e número estimado de pústulas primárias e formação de pústulas primárias e secundárias. Nas plantas jovens de linhagens e híbridos as principais variáveis estudadas foram: comprimento tamanho e número de pústulas primárias e porcentagem de pústulas primárias rompidas. Em plantas adultas, tanto de populações como de linhagens e híbridos, foram avaliados o tamanho das pústulas e a severidade da doença em duas folhas e na planta inteira. Foi necessária a elaboração de escalas diagramáticas para a estimativa do tamanho de pústulas e da severidade da doença em folhas individualizadas, e de uma escala descritiva para a caracterização dos tipos de reação da planta. O tipo de reação, o tamanho e o número estimado de pústulas primárias, avaliados em plantas jovens de populações, foram as variáveis mais apropriadas para diferenciar estas plantas quanto à resistência. Houve alta correlação destas variáveis entre si e delas com a severidade da doença avaliada em plantas adultas, tanto em duas folhas como na planta inteira. O tamanho de pústulas, avaliado em plantas adultas, também foi eficiente para discriminar níveis de resistência das plantas. Foi possível a identificação de populações resistentes e moderadamente resistentes, tanto em plantas jovens como adultas, através das variáveis descritas. Nas linhagens e híbridos de milho, em plantas jovens, observou-se que reduções do comprimento, tamanho e número de pústulas primárias estão relacionadas com maior resistência dos matérias testados, e que, em genótipos mais resistentes, a resistência pode se manifestar através de reduções em um maior número destas variáveis que em genótipos moderadamente resistentes. Estas variáveis, relacionadas à quantidade de esporos produzidos, permitiram, de forma geral, a diferenciação dos materiais quanto à resistência. Por outro, a porcentagem de pústulas primárias rompidas, relacionada ao tempo para início da produção de esporos, não possibilitou esta discriminação. Houve maior confiabilidade nos resultados obtidos com materiais geneticamente homogêneos através de experimentos realizados com plantas adultas, em condições de campo. Em algumas linhagens, que apresentaram alto nível de resistência associada a reação clorótica em plantas adultas, foram observados, entretanto, níveis variados de resistência no estádio de planta jovem. Em plantas adultas de linhagens e híbridos, a severidade da doença em duas folhas e na planta inteira e o tamanho de pústulas mostraram-se eficientes na diferenciação da resistência.