O efeito da estratégia de periodização baseada na intensificação e tapering nas respostas hormonais, comportamentais, perceptuais e de desempenho em jovens jogadores de basquetebol
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-05042016-072234/ |
Resumo: | O objetivo desta tese foi examinar o efeito de uma etapa de intensificação das cargas de força e de uma subsequente etapa de tapering no desempenho técnico e físico, respostas perceptuais e comportamentais, e respostas hormonais de jogadores adolescentes de basquetebol. Dezesseis jogadores de basquetebol (sub15 e sub 16) foram submetidos a cinco semanas de intensificação das cargas de força e três semanas de tapering. A carga interna de treinamento (CIT) foi registrada utilizando-se o método da Percepção Subjetiva do Esforço (PSE) da sessão. Os atletas responderam os questionários Profile of Mood States (POMS) e Daily Analysis of Life Demands for Athletes (DALDA) semanalmente. A concentração de testosterona salivar, desempenho em testes físicos (teste T, Yo-yo Intermittent Recovery 1 [Yo-yo IR1], supino reto e leg press 45º), e ações de deslocamento e ações técnicas durante jogo reduzido foram registrados no início do treinamento (T1), ao final da intensificação (T2) e final de tapering (T3). Maiores valores de CIT foram registrados durante a intensificação (vs. tapering). Não foram observadas alterações na concentração de testosterona e na tolerância ao estresse durante o experimento. Entretanto, observou-se maior fadiga e menor energy index na etapa de intensificação (vs. tapering), sem alteração para o estado de vigor entre as etapas. Adicionalmente, foi observado aumento da carga levantada no supino reto e no leg press 45º (T1 vs. T2; T1 vs. T3), bem como melhora do desempenho no teste T (T1 vs. T2; T1 vs. T3) e Yo-yo IR1 (T1 vs. T2; T1 vs. T3; T2 vs. T3). O grupo também demonstrou redução do tempo dedicado as ações andar/parado (T1 vs. T2 e T3) e shuffle de baixa intensidade (T1 vs. T3), bem como aumento do tempo de corrida (T1 vs. T2 e T3). O programa de treinamento acarretou aumento com tamanho de efeito pequeno no número de ações de arremesso certo, total de arremessos, desarme realizado, rebote e finta com bola. Os atletas com melhor desempenho no Yo-yo IR1 apresentaram maior tempo dedicado a corrida e número de fintas com bola (vs. pior desempenho); os com melhor desempenho no teste T, maior número de fintas com bola; os com melhor desempenho no leg press 45º, maior número de fintas com bola. Não houve diferença nas ações realizadas pelos grupos melhor e pior desempenho no supino reto. Em conclusão, essas respostas adaptativas sugerem que, a) os jogadores de basquetebol adolescentes foram capazes de lidar apropriadamente com o estresse proveniente da intensificação das cargas de treinamento de força sucedida por uma etapa de tapering; b) que essa estratégia de treinamento foi eficaz para a melhora da aptidão física e do padrão de deslocamento na condição de jogo reduzido, e acarretou em um efeito \"pequeno\", mas possivelmente importante no desempenho técnico observado durante a condição de jogo reduzido; c) que o desempenho em testes físicos pode afetar o desempenho na condição de jogo reduzido |
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O efeito da estratégia de periodização baseada na intensificação e tapering nas respostas hormonais, comportamentais, perceptuais e de desempenho em jovens jogadores de basquetebolThe effect of a periodization strategy based on overloading and tapering on hormonal, behavioral, perceptual and performance responses in young basketball playersAdolescenteAdolescentsEsporteEstresseMonitoramentoMonitoringSportsSports trainingStressTreinamento esportivoO objetivo desta tese foi examinar o efeito de uma etapa de intensificação das cargas de força e de uma subsequente etapa de tapering no desempenho técnico e físico, respostas perceptuais e comportamentais, e respostas hormonais de jogadores adolescentes de basquetebol. Dezesseis jogadores de basquetebol (sub15 e sub 16) foram submetidos a cinco semanas de intensificação das cargas de força e três semanas de tapering. A carga interna de treinamento (CIT) foi registrada utilizando-se o método da Percepção Subjetiva do Esforço (PSE) da sessão. Os atletas responderam os questionários Profile of Mood States (POMS) e Daily Analysis of Life Demands for Athletes (DALDA) semanalmente. A concentração de testosterona salivar, desempenho em testes físicos (teste T, Yo-yo Intermittent Recovery 1 [Yo-yo IR1], supino reto e leg press 45º), e ações de deslocamento e ações técnicas durante jogo reduzido foram registrados no início do treinamento (T1), ao final da intensificação (T2) e final de tapering (T3). Maiores valores de CIT foram registrados durante a intensificação (vs. tapering). Não foram observadas alterações na concentração de testosterona e na tolerância ao estresse durante o experimento. Entretanto, observou-se maior fadiga e menor energy index na etapa de intensificação (vs. tapering), sem alteração para o estado de vigor entre as etapas. Adicionalmente, foi observado aumento da carga levantada no supino reto e no leg press 45º (T1 vs. T2; T1 vs. T3), bem como melhora do desempenho no teste T (T1 vs. T2; T1 vs. T3) e Yo-yo IR1 (T1 vs. T2; T1 vs. T3; T2 vs. T3). O grupo também demonstrou redução do tempo dedicado as ações andar/parado (T1 vs. T2 e T3) e shuffle de baixa intensidade (T1 vs. T3), bem como aumento do tempo de corrida (T1 vs. T2 e T3). O programa de treinamento acarretou aumento com tamanho de efeito pequeno no número de ações de arremesso certo, total de arremessos, desarme realizado, rebote e finta com bola. Os atletas com melhor desempenho no Yo-yo IR1 apresentaram maior tempo dedicado a corrida e número de fintas com bola (vs. pior desempenho); os com melhor desempenho no teste T, maior número de fintas com bola; os com melhor desempenho no leg press 45º, maior número de fintas com bola. Não houve diferença nas ações realizadas pelos grupos melhor e pior desempenho no supino reto. Em conclusão, essas respostas adaptativas sugerem que, a) os jogadores de basquetebol adolescentes foram capazes de lidar apropriadamente com o estresse proveniente da intensificação das cargas de treinamento de força sucedida por uma etapa de tapering; b) que essa estratégia de treinamento foi eficaz para a melhora da aptidão física e do padrão de deslocamento na condição de jogo reduzido, e acarretou em um efeito \"pequeno\", mas possivelmente importante no desempenho técnico observado durante a condição de jogo reduzido; c) que o desempenho em testes físicos pode afetar o desempenho na condição de jogo reduzidoThe aim of this thesis was to examine the effect of strength overloading and tapering on technical and physical performance, perceptual, behavioral and hormonal responses in adolescent basketball players. Sixteen basketball players (under15 and under16) were submitted to five weeks of strength overloading and three tapering weeks. Internal load training (ITL) was recorded using the session Rating of perceived exertion (RPE) method. Profile of Mood States (POMS) and Daily Analysis of Life Demands for Athletes (DALDA) were recorded weekly. Salivary testosterone concentration, performance in physical tests (T test, Yo-yo Intermittent Recovery 1 [Yo-yo IR1], bench press and leg press 45º), displacement action, and technical actions performed during small-sided game were recorded at the beginning of the study (T1), after overloading (T2) and tapering (T3). Higher values for ITL in overloading (vs. tapering) were observed. As well as higher fatigue and lower energy index in overloading (vs. tapering), but without difference for vigor state between periods. However, it was not observed changes in testosterone concentration and stress tolerance across the training program. There were increases in lifted load in bench press and leg press 45º (T1 vs. T2; T1 vs. T3), as well as improvements in T test (T1 vs. T2; T1 vs. T3) and Yo-yo IR1 performances (T1 vs. T2; T1 vs. T3; T2 vs. T3). A decrease in percentage time of standing/walking (T1 vs. T2 e T3) and low intensity shuffle actions (T1 vs. T3), and am increase in percentage time of running (T1 vs. T2 e T3) were observed. It was verified that the training program causes an increase with a small effect in number of successful shoots, total shoot, tackles made, rebounds and dribbling with the ball. Better performers in the Yo-yo IR1 showed higher number of dribbling with the ball, percentage of running time (vs. worse performance). Better performers in T test showed higher number of dribbling with the ball; the top performers in leg press 45º had higher number of dribbling with the ball. There was no difference for actions performed between athletes with better and worse performance in the bench press. In conclusion, these adaptive responses suggest that, a) adolescent basketball players were able to cope with stress from strength overloading, followed by a tapering period; b) this strategy was efficient to improve physical performance and displacement actions pattern in small sided games, and shows a small effect but, possibly, with an important practical effect on technical performance in small sided games; c) performance in physical tests affects the performance in small sided gamesBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMoreira, AlexandreDias, Bernardo Miloski2015-12-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-05042016-072234/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-09-04T21:06:17Zoai:teses.usp.br:tde-05042016-072234Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:06:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O objetivo desta tese foi examinar o efeito de uma etapa de intensificação das cargas de força e de uma subsequente etapa de tapering no desempenho técnico e físico, respostas perceptuais e comportamentais, e respostas hormonais de jogadores adolescentes de basquetebol. Dezesseis jogadores de basquetebol (sub15 e sub 16) foram submetidos a cinco semanas de intensificação das cargas de força e três semanas de tapering. A carga interna de treinamento (CIT) foi registrada utilizando-se o método da Percepção Subjetiva do Esforço (PSE) da sessão. Os atletas responderam os questionários Profile of Mood States (POMS) e Daily Analysis of Life Demands for Athletes (DALDA) semanalmente. A concentração de testosterona salivar, desempenho em testes físicos (teste T, Yo-yo Intermittent Recovery 1 [Yo-yo IR1], supino reto e leg press 45º), e ações de deslocamento e ações técnicas durante jogo reduzido foram registrados no início do treinamento (T1), ao final da intensificação (T2) e final de tapering (T3). Maiores valores de CIT foram registrados durante a intensificação (vs. tapering). Não foram observadas alterações na concentração de testosterona e na tolerância ao estresse durante o experimento. Entretanto, observou-se maior fadiga e menor energy index na etapa de intensificação (vs. tapering), sem alteração para o estado de vigor entre as etapas. Adicionalmente, foi observado aumento da carga levantada no supino reto e no leg press 45º (T1 vs. T2; T1 vs. T3), bem como melhora do desempenho no teste T (T1 vs. T2; T1 vs. T3) e Yo-yo IR1 (T1 vs. T2; T1 vs. T3; T2 vs. T3). O grupo também demonstrou redução do tempo dedicado as ações andar/parado (T1 vs. T2 e T3) e shuffle de baixa intensidade (T1 vs. T3), bem como aumento do tempo de corrida (T1 vs. T2 e T3). O programa de treinamento acarretou aumento com tamanho de efeito pequeno no número de ações de arremesso certo, total de arremessos, desarme realizado, rebote e finta com bola. Os atletas com melhor desempenho no Yo-yo IR1 apresentaram maior tempo dedicado a corrida e número de fintas com bola (vs. pior desempenho); os com melhor desempenho no teste T, maior número de fintas com bola; os com melhor desempenho no leg press 45º, maior número de fintas com bola. Não houve diferença nas ações realizadas pelos grupos melhor e pior desempenho no supino reto. Em conclusão, essas respostas adaptativas sugerem que, a) os jogadores de basquetebol adolescentes foram capazes de lidar apropriadamente com o estresse proveniente da intensificação das cargas de treinamento de força sucedida por uma etapa de tapering; b) que essa estratégia de treinamento foi eficaz para a melhora da aptidão física e do padrão de deslocamento na condição de jogo reduzido, e acarretou em um efeito \"pequeno\", mas possivelmente importante no desempenho técnico observado durante a condição de jogo reduzido; c) que o desempenho em testes físicos pode afetar o desempenho na condição de jogo reduzido |
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