Cinema inocente: artes plásticas e erotismo em Filme de Amor, de Júlio Bressane
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-22092016-141955/ |
Resumo: | Em Júlio Bressane, artes plásticas e erotismo são dois dos principais elementos de uma constelação particular que inclui a literatura, o modernismo brasileiro, a canção popular e, é claro, o próprio cinema. Em Filme de amor (2003), Bressane coloca em pauta o corpo nu e a questão do olhar, em uma pesquisa estética ligada a uma tradição pictórica que vai do Renascimento italiano (Sandro Botticelli, Raphael Sanzio) e da pintura espanhola (Diego Velázquez, Francisco Goya) até o realismo (Gustave Courbet) e o surrealismo de Balthus - nome central para o longa de 2003 - passando pela psicanálise (Lacan). Para Bressane, \"cinema inocente\" pode referir-se tanto aos filmes eróticos do Primeiro Cinema quanto ao momento da história das formas cinematográficas em que, dada a falta de referências anteriores, tudo é invenção. Nesse sentido, liberdade formal e liberalidade comportamental aproximam-se para criar uma espécie de utopia, uma \"Arcádia\" pessoal idealizada por seu cinema - época \"inocente\" e mitológica, anterior ao homem provar da árvore do fruto do conhecimento. A questão da melancolia (Benjamin) será central para entender o cinema de Bressane, bem como a ideia da História como fragmento e ruína. |
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