Atividade antioxidante in vitro em vinhos e sucos de uva
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-13102023-124112/ |
Resumo: | Nas últimas décadas, muita atenção tem sido direcionada ao envolvimento dos radicais livres na patogênese de diversas doenças não transmissíveis; o consumo de antioxidantes é considerado o principal mecanismo de defesa contra o efeito deletério destes radicais. Evidências recentes comprovaram as propriedades antioxidantes dos compostos fenólicos presentes em produtos derivados da uva (Vitis vinifera), como sucos e vinhos, especialmente o vinho tinto. Objetivo. Avaliar a atividade antioxidante de vinhos e sucos de uva brasileiros e quantificar o teor total de compostos fenólicos nestas bebidas, verificando possíveis correlações entre os métodos empregados. Metodologia. Marcas diferentes de vinhos tintos, rosados, brancos e sucos de uva foram submetidos a três testes analíticos in vitro: quantificação de fenólicos totais pelo método de Folin-Ciocalteu, inibição da oxidação lipídica pelo método do tiocianato férrico e avaliação do poder redutor. Resultados. O teor de fenólicos totais, inibição de oxidação lipídica e poder redutor variaram de 297 a 2478 mg/L, 25,75 a 59,66% e 0,087 a 0,751 (densidade ótica, λ = 700 nm) respectivamente. Diferenças significantes (p < 0,05) foram detectadas entre os diferentes tipos e marcas de bebidas. Os vinhos tintos apresentaram os maiores teores de fenólicos e os melhores resultados na avaliação da atividade antioxidante; os rosados apresentaram valores intermediários e os brancos, inferiores. Os teores de fenólicos em sucos de uva foram relativamente altos, porém como antioxidantes não foram tão efetivos quanto os vinhos tintos. Conclusão. Este estudo evidenciou uma forte correlação entre o teor de fenólicos totais e atividade antioxidante, tanto na inibição da oxidação lipídica (r = 0,862) quanto no poder redutor (r = 0,839); entre estes últimos, a correlação foi mais fraca (r = 0,690), sugerindo que o perfil de compostos fenólicos influencia a atividade antioxidante, tanto em termos quantitativos como qualitativos. |
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Atividade antioxidante in vitro em vinhos e sucos de uvaIn vitro antioxidant activity in wines and grape juicesAntioxidant ActivityAtividade AntioxidanteCompostos FenólicosFree RadicalsGrape JuicesPhenolic CompoundsRadicais LivresSucos de UvaVinhosWinesNas últimas décadas, muita atenção tem sido direcionada ao envolvimento dos radicais livres na patogênese de diversas doenças não transmissíveis; o consumo de antioxidantes é considerado o principal mecanismo de defesa contra o efeito deletério destes radicais. Evidências recentes comprovaram as propriedades antioxidantes dos compostos fenólicos presentes em produtos derivados da uva (Vitis vinifera), como sucos e vinhos, especialmente o vinho tinto. Objetivo. Avaliar a atividade antioxidante de vinhos e sucos de uva brasileiros e quantificar o teor total de compostos fenólicos nestas bebidas, verificando possíveis correlações entre os métodos empregados. Metodologia. Marcas diferentes de vinhos tintos, rosados, brancos e sucos de uva foram submetidos a três testes analíticos in vitro: quantificação de fenólicos totais pelo método de Folin-Ciocalteu, inibição da oxidação lipídica pelo método do tiocianato férrico e avaliação do poder redutor. Resultados. O teor de fenólicos totais, inibição de oxidação lipídica e poder redutor variaram de 297 a 2478 mg/L, 25,75 a 59,66% e 0,087 a 0,751 (densidade ótica, λ = 700 nm) respectivamente. Diferenças significantes (p < 0,05) foram detectadas entre os diferentes tipos e marcas de bebidas. Os vinhos tintos apresentaram os maiores teores de fenólicos e os melhores resultados na avaliação da atividade antioxidante; os rosados apresentaram valores intermediários e os brancos, inferiores. Os teores de fenólicos em sucos de uva foram relativamente altos, porém como antioxidantes não foram tão efetivos quanto os vinhos tintos. Conclusão. Este estudo evidenciou uma forte correlação entre o teor de fenólicos totais e atividade antioxidante, tanto na inibição da oxidação lipídica (r = 0,862) quanto no poder redutor (r = 0,839); entre estes últimos, a correlação foi mais fraca (r = 0,690), sugerindo que o perfil de compostos fenólicos influencia a atividade antioxidante, tanto em termos quantitativos como qualitativos.In the last decades increasing attention has been given to the envolvement of free radicals in the pathogenesis of several non-communicable diseases; the consumption of antioxidants is believed to be the main defense rnechanism against the deleterious effects of these radicals. Recent evidences showed the antioxidant properties of phenolic compounds present in products derived trom grape (Vitis vinifera), as juices and wines, specially red wine. Objective. Evaluate the antioxidant activity of Brazilian wines and grape juices, and quantify the content of total phenolics in these beverages, examining possible correlations between the methods. Methodology. Different brand and types of red, pink and white wines, and grape juices were submitted to three in vitro experiments: quantification of total phenolic compounds by Folin-Ciocalteu method, inhibition of lipid oxidation by ferric thiocianate test, and the evaluation of reducing power. Results. The content of total phenolics, inhibition of lipid oxidation and the reducing power varied from 297 to 2478 mgl L IGAE (gallic acid equivalent), 25,75 to 59,66% and 0,087 to 0,751 (optical density, λ = 700 nm), respectively. Significant differences (p < 0,05) were detected between the samples. The red wines presented the highest contents of phenolics and the best results in the evaluation of antioxidant activity; the pink ones presented intermediate values and the white ones, the lowest. The content of phenolics in grape juices were relatively high, but as antioxidant they were not as effective as the red wines. Conclusion. This study showed a strong correlation between the content of phenolics and antioxidant activity, in the inhibition of lipid oxidation (r = 0,862) as in the reducing power (r = 0,839); between these two last methods, however, the correlation was not significant (r = 0,690), suggesting that the profile of phenolic compounds influence the antioxidant activity, both in quantitative and qualitative aspects.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTorres, Elizabeth Aparecida Ferraz da SilvaIshimoto, Emília Yasuko2003-09-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-13102023-124112/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-10-13T15:49:02Zoai:teses.usp.br:tde-13102023-124112Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-10-13T15:49:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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